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Não temas

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  Em um mundo cheio de conflitos, incertezas e ansiedade constante, as palavras de Isaías 41:10 chegam como uma brisa suave no deserto do medo: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” Que promessa profunda e poderosa! Não vem de um deus distante ou de uma força impessoal, mas do próprio Criador dos céus e da terra. Deus não apenas observa de longe — Ele se aproxima, se envolve, e declara: “Eu sou contigo.” Só essa frase já é suficiente para acalmar o coração que treme e levantar a alma cansada. Quando as provações sopram forte e parece que tudo está desmoronando debaixo dos seus pés, lembre-se: você não está sozinho. Deus não apenas te encoraja à distância, Ele diz: “Eu te fortaleço” — ou seja, Ele derrama sobre você a força dEle, uma força que não vem de você, nem das circunstâncias. “Eu te ajudo” — porque Ele não te deixa lutar sozinho; Ele entra com você no meio da ...

A verdadeira felicidade

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Na vida cristã, a felicidade não é um acaso ou mero sentimento passageiro. É fruto de uma comunhão constante, sincera e viva — primeiro com Deus, e depois com aqueles que Ele coloca em nosso caminho. Vivemos em tempos em que o conceito de felicidade está, muitas vezes, atrelado ao consumo, à performance ou ao isolamento emocional. Contudo, a Palavra de Deus nos ensina algo muito diferente: "Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança" (Salmo 40:4). A felicidade, para o cristão, é antes de tudo relacional. É estar na companhia dAquele que nos criou, que nos ama com amor eterno, e que caminha conosco todos os dias. Ela não se resume a grandes conquistas, mas floresce nos pequenos gestos: o acordar ao lado de quem se ama, o compartilhar uma refeição, o caminhar juntos na simplicidade de um dia qualquer. Felicidade é reconhecer Deus nos detalhes — no cheiro de uma flor, no riso sincero, no abraço que acolhe. Jesus nos ensinou que a verdadeira alegria está em amar...

O Que Nunca Se Perde Diante de Deus

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  Texto-chave: "E teve ainda sete filhos e três filhas." — Jó 42:13 Jó, o homem íntegro e temente a Deus, vivia rodeado de bênçãos. Antes da prova, possuía sete filhos e três filhas , uma família grande e considerada ideal segundo a mentalidade da época. O número 7 (שבע, sheva' ) na Bíblia simboliza perfeição, totalidade, conclusão divina — como os sete dias da criação. O número 3 (שלוש, shalosh ) traz a ideia de plenitude espiritual e estabilidade , como a Trindade ou os três patriarcas. Juntos, esses números revelam que Jó vivia numa fase de plenitude: família, fé e favor . Mas, repentinamente, tudo mudou. Num espaço curto de tempo, Jó perdeu tudo: bens, saúde, reputação e — o mais dilacerante — seus dez filhos. O silêncio de Deus, somado à acusação dos amigos, parecia dizer que a bênção havia terminado. Porém, Deus estava apenas começando uma obra mais profunda. No final da história, Deus restaura a sorte de Jó, e lhe dá o dobro de tudo , exceto no número de...

Fé Antiga, Vida Nova

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Ao observarmos a imagem das formações rochosas submersas conhecidas como estromatólitos , somos levados a refletir sobre o mistério da vida, a beleza da criação e as verdades eternas reveladas nas Escrituras. Essas estruturas, formadas por comunidades de microrganismos ao longo de milhares — ou até bilhões — de anos, são testemunhas silenciosas da persistência e da obra criativa de Deus. Mas o que essas “rochas vivas” podem nos ensinar sobre a fé cristã? 1. As Veredas Antigas São Seguras Os estromatólitos são considerados uma das formas de vida mais antigas da Terra. Mesmo assim, continuam crescendo silenciosamente nos ambientes mais adversos. Isso nos lembra da importância das “veredas antigas” mencionadas por Jeremias: “Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas” (Jeremias 6:16). Em tempos modernos, em que a verdade é frequentemente relativizada, somos chamados a valorizar o...

O Chamado para Águas Profundas

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Lucas 5:1-11 Há momentos em nossa caminhada com Deus em que Ele nos convida a ir além da superfície — a abandonar as margens seguras e seguir em direção às águas profundas. Foi isso que aconteceu com Simão Pedro em uma manhã comum à beira do Lago de Genesaré. Cansado e frustrado após uma noite inteira sem resultados, ele mal podia imaginar que sua vida prestes estava a mudar para sempre. Quando Jesus Chama no Meio da Rotina Jesus se aproxima quando menos esperamos. Pedro estava apenas lavando suas redes — repetindo tarefas rotineiras, sem nenhum vislumbre de milagre. Mas Jesus entra no seu barco e diz: “Vá para onde as águas são mais fundas e lance as redes para pesca.” (Lucas 5:4) O chamado de Jesus nunca é raso. Ele nos convida à profundidade: de fé, de entrega, de confiança. Pedro, embora relutante, decide obedecer. E ali, onde o esforço humano havia falhado, a obediência produziu um milagre. Quando o Chamado Confronta Quem Somos Diante do milagre, Pedro não celebra os peixe...

Como Deus Ama o Seu Povo

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João 3:16 é, sem dúvida, um dos versículos mais centrais de toda a Escritura Sagrada: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Escrito originalmente em grego, esse versículo não apenas resume o coração do Evangelho, mas revela o centro da narrativa bíblica: o amor eterno, sacrificial e redentor de Deus pela humanidade. Esse amor não é passageiro, nem condicionado a méritos humanos; é um amor que brota do próprio caráter de Deus, imutável e fiel. Mas o que significa esse amor divino em sua essência? Em que consiste esse amor piedoso, que move o Criador a entregar o mais precioso — Seu próprio Filho — por criaturas falhas? Para compreendermos essa dimensão, precisamos retornar às raízes do texto sagrado, à Bíblia Hebraica, onde encontramos o fundamento da linguagem do amor divino. O Amor em Hebraico: Ahav (אהב) No hebraico bíblico, a palavra mais comumente usada para ...

Desvendando as Dimensões Proféticas das Escrituras

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  Há um chamado eterno que ecoa pelas páginas das Escrituras Sagradas — um convite a adentrarmos nas profundezas onde a Palavra de Deus foi semeada na língua hebraica, terra fértil de mistérios e revelações. A profecia bíblica não foi escrita em inglês, nem em qualquer idioma moderno; ela nasceu no solo sagrado do hebraico, com raízes que atravessam os séculos até alcançar nossos corações sedentos. Na visão dos antigos, profetizar era muito mais do que predizer o futuro. A própria palavra hebraica para "profeta" — "navi" (נָבִיא) — nos ensina que o verdadeiro profeta é aquele por quem flui a mensagem do Altíssimo. Não é apenas um vidente, mas um canal vivo, um vaso moldado pela mão divina para transbordar a vontade e o sopro do Senhor. Com reverência pelas sendas antigas, convidamos você a mergulhar conosco nesse estudo: 1. As Profecias Messiânicas de Isaías: Um Tecido de Significados em Camadas O profeta Isaías, cuja pena era guiada pela inspiração celestial,...