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Mostrando postagens de dezembro 17, 2025

Estações da Vida

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“Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.” (Ct 2:11-13) “Enquanto durar a terra não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.” (Gn 8:22) Introdução A natureza conhece o seu tempo. Ela não discute com as estações: aprende a linguagem de cada uma e se move conforme a sabedoria do Criador. Cada período do ano carrega traços próprios e, juntos, compõem a beleza da harmonia dos contrastes. O outono sopra ventos e derrama folhas: é renovação. O inverno traz frio, chuvas e pouca luz: é retraimento. A primavera veste a terra de cores e perfume: é esperança. O verão exalta o brilho do sol e a força da luz: é plenitude. Assim também acontece conosco. A vida humana — e a vida espiritual — atravessa estações. Porém, diferentemen...

Café com o Diabo ou Cruz com o Senhor?

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Uma reflexão a partir de Lucas 23:39 Em Lucas 23:39, somos colocados diante de uma das cenas mais profundas e desconcertantes das Escrituras: três cruzes, três homens, dois destinos eternos definidos em poucas palavras. Ali não há tempo para discursos longos, nem para performances religiosas. Há apenas verdade, revelação do coração e a resposta final à pessoa de Cristo. A cruz não é um lugar neutro. Ela sempre revela com quem estamos. Dois ladrões, dois corações Os dois homens crucificados ao lado de Jesus eram semelhantes em condição externa: criminosos, condenados, sem futuro humano. Ambos estavam no último momento da vida. Contudo, internamente, eram completamente diferentes. Um deles reage com raiva, escárnio e desprezo. Mesmo diante da morte, seu coração continua endurecido. Ele vê Jesus, mas não O reconhece. Sua dor não o conduz ao arrependimento, apenas ao cinismo. É o retrato do coração humano que sofre, mas não se rende. O outro ladrão, embora igualmente culpado, reage de form...