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Paulo, o Judeu

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O apóstolo Paulo é uma das figuras mais influentes do Cristianismo, mas também uma das mais mal compreendidas. Como um judeu fariseu do primeiro século, nascido em Tarso e educado sob os pés de Gamaliel, Paulo viveu em uma encruzilhada de culturas – profundamente enraizado na tradição judaica, mas também imerso no mundo helenístico e romano. Isso influenciou sua forma de pensar e ensinar, especialmente no que diz respeito à relação dos seguidores de Cristo entre as nações com a Torá de Israel. O Contexto Socioeconômico e Cultural do Primeiro Século O Império Romano dominava a maior parte do mundo conhecido, incluindo a Judeia, onde o judaísmo florescia em meio a constantes tensões políticas e religiosas. Havia diferentes correntes dentro do judaísmo: os fariseus, que enfatizavam a Torá oral e escrita; os saduceus, que controlavam o Templo e rejeitavam a tradição oral; e os essênios, que viviam retirados da sociedade. Além disso, havia os judeus da diáspora, como Paulo, que mantinham ...

A Graça na Lei

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  A soteriologia cristã é fundamentada na graça divina, mas não exclui a importância da lei. A graça, manifestada na obra redentora de Cristo, é o meio pelo qual o pecador é justificado diante de Deus (Efésios 2:8-9). No entanto, a lei revela a santidade de Deus e a necessidade de redenção, conduzindo o homem ao reconhecimento de sua condição pecaminosa (Romanos 3:20). A salvação é exclusivamente pela graça, sem mérito humano, mas a lei, em seu papel pedagógico, guia o crente na santificação. Em Cristo, a justiça da lei se cumpre naqueles que vivem segundo o Espírito (Romanos 8:4). O Novo Testamento esclarece que a lei mosaica não é meio de salvação, mas a graça não anula o chamado à obediência e à vida reta (Tito 2:11-12). A relação entre graça e lei não deve ser vista como oposta, mas complementar: a graça salva, a lei orienta. O crente vive pela graça, sendo transformado pela renovação da mente (Romanos 12:2), e demonstra sua fé por meio de obras que refletem a vontade de Deus (...

Quando a Lei condena, a Graça restaura

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A tristeza e a dúvida são emoções que fazem parte da experiência humana. Muitas vezes, elas surgem quando nos confrontamos com nossas falhas e limitações. No entanto, quando refletimos sobre a relação entre a lei e a graça de Deus, podemos encontrar uma maneira de lidar com essas emoções de forma transformadora. A lei e a graça são duas forças que moldam a nossa caminhada espiritual, sendo fundamentais para entender o papel da tristeza e da dúvida na nossa vida cristã. A lei, de acordo com a Escritura, revela o padrão perfeito de Deus para a humanidade. Ela nos mostra o que é certo e errado e, ao fazer isso, destaca nossas imperfeições. Quando tentamos viver sob a lei, sem compreender sua verdadeira função, podemos nos sentir frustrados e tristes por não sermos capazes de cumprir seus mandamentos de maneira perfeita. A tristeza gerada pela lei é uma resposta natural à nossa incapacidade de alcançar o padrão divino. Ela nos lembra de que, por nossas próprias forças, jamais poderemos ser...

Desacelerando a Mente com a Palavra de Deus

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Vivemos em uma era de constante aceleração. A rotina agitada, as pressões diárias e o excesso de informação tornam nossa mente um terreno fértil para a ansiedade e o estresse. Desacelerar parece um objetivo inalcançável, mas a Palavra de Deus nos oferece ferramentas práticas e espirituais para experimentar a paz em meio ao caos. A Paz que Excede Todo Entendimento Em Filipenses 4:6-7, encontramos uma das promessas mais poderosas: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus." Essa passagem nos lembra que a paz verdadeira não vem de circunstâncias externas, mas de um relacionamento íntimo com Deus. A oração, como um ato de entrega, nos ajuda a esvaziar a mente das preocupações e preencher o coração com gratidão e confiança. Meditação na Palavra de Deus O Salmo 1:2 destaca o prazer e os benef...

Encontrando Segurança na Salvação

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A dúvida sobre a salvação é uma das questões mais comuns que muitos cristãos enfrentam ao longo de sua jornada de fé. Em momentos de dificuldades, insegurança ou quando nos vemos falhando em nossas próprias expectativas, surge a pergunta: "Será que estou realmente salvo?" Se você já passou por essa dúvida, saiba que não está sozinho. Neste artigo, vamos explorar o que a Bíblia diz sobre a segurança da salvação e como podemos viver com confiança, sabendo que em Cristo, nossa salvação é garantida. 1. O Que é a Salvação? A salvação, segundo as Escrituras, é a reconciliação do ser humano com Deus, alcançada através da fé em Jesus Cristo. A Bíblia afirma que todos nós fomos separados de Deus pelo pecado, mas através da morte e ressurreição de Jesus, temos a oportunidade de ser reconciliados com Ele (Romanos 5:8-10). A salvação é, portanto, um presente que não podemos conquistar, mas receber pela graça de Deus. 2. A Promessa de Vida Eterna Um dos aspectos mais seguros da salvação ...

A Importância da Lei no Evangelismo

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  A Importância da Lei para o Evangelismo dos Ímpios O evangelismo é o coração pulsante da missão da igreja, e o anúncio das boas-novas de salvação em Cristo Jesus é uma responsabilidade de todos os cristãos. Contudo, para que a mensagem do Evangelho seja compreendida em sua plenitude, é fundamental que o papel da Lei de Deus seja claramente ensinado e entendido. A Lei não é um oposto do amor de Deus, mas um reflexo de Sua santidade e justiça, funcionando como um guia para revelar a necessidade de salvação e a gravidade do pecado. A Lei Como Espelho da Condição Humana O apóstolo Paulo afirma em Romanos 3:20 que “ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei; pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado”. Este versículo destaca o primeiro papel da Lei: revelar o pecado. Ao abordar pessoas que ainda não conhecem a graça salvadora de Cristo, o entendimento de sua condição pecaminosa é essencial para que possam reconhecer a necessi...

A Importância da Lei na Exposição do Evangelho da Graça

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A relação entre a Lei e a Graça é um tema fundamental para a compreensão do evangelho. A Lei, conforme revelada nas Escrituras, estabelece os padrões divinos de justiça e santidade, enquanto a Graça manifesta o amor redentor de Deus em Cristo para aqueles que reconhecem sua incapacidade de cumprir plenamente esses padrões. Longe de serem opostas, Lei e Graça se complementam no plano de salvação, revelando a plenitude do caráter divino. Este artigo explora como a Lei desempenha um papel indispensável na pregação do evangelho da Graça. 1. A Lei como Revelação do Pecado A função primária da Lei é revelar o pecado. Paulo, em Romanos 3:20 , afirma: “Pois ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.” Sem o conhecimento da Lei, o pecado permanece oculto. A Lei ilumina a verdadeira condição humana diante de Deus, destacando a necessidade de um Salvador. A exposição clara da Lei em uma apresen...

Vivendo pela Graça e Não pela Lei – Um Relato Pessoal

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Recentemente, passei por uma experiência simples, mas que me fez refletir profundamente sobre a diferença entre viver pela lei e viver pela graça. Não era um momento grandioso ou uma revelação espiritual impactante; era, na verdade, uma cena cotidiana: uma ida ao banco. Contudo, Deus, em Sua infinita sabedoria, consegue nos ensinar através das situações mais comuns, e foi exatamente isso que Ele fez comigo naquele dia. A Cena: A Fila e o Espírito da Reclamação Era um dia comum, e, como muitos de nós fazemos, fui ao banco para resolver algumas pendências. Ao chegar, me deparei com uma fila longa. Havia cerca de quinze pessoas à minha frente. Algumas aguardavam pacientemente, mas logo percebi que, entre murmúrios e suspiros de impaciência, as reclamações começaram a surgir. Uma voz, em particular, chamou minha atenção. Um homem, claramente irritado, começou a expressar sua frustração com o atendimento do banco: "O banco da frente é muito mais rápido!" "Esses funcionários p...

Sara e Hagar: Um Estudo em Gálatas

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Introdução No livro de Gálatas, o apóstolo Paulo utiliza a história de Sara e Hagar para ilustrar uma verdade espiritual profunda sobre a velha e a nova aliança. Essa alegoria não é apenas uma narrativa histórica, mas uma representação simbólica da relação entre a lei e a promessa, entre a escravidão e a liberdade. Através de Gálatas 4:22-31, Paulo apresenta uma argumentação poderosa sobre a identidade e a liberdade dos crentes em Cristo. A Alegoria de Sara e Hagar (Gálatas 4:22) Paulo começa recordando aos Gálatas a história de Abraão, Sara e Hagar. Hagar, a escrava, representa o Monte Sinai, onde a lei foi dada, simbolizando a escravidão à lei. Sara, por outro lado, representa a promessa de Deus e a liberdade que vem através dela. A escolha de Paulo por essas figuras é significativa; ele usa Sara e Hagar para contrastar a dependência da lei com a vida na promessa de Deus. Hagar, cujo nome significa "estrangeira", é associada à escravidão e ao cumprimento literal da lei. Sar...

Nome dos capangas do Diabo

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Quando o perecível coloca o imperecível e o mortal coloca a imortalidade, então acontecerá o ditado que está escrito: "A morte é tragada pela vitória".  (1 Coríntios 15:54) Aqui está a morte, e a morte é o grande devorador da raça humana.  Um por um, a morte engole todos nós.  Um escritor diz sobre a morte: O ouro não pode suborná-lo, a sabedoria não pode iludi-lo, a eloquência não pode encantá-lo, a grandeza não pode admirá-lo, o poder não pode resistir a ele e as lágrimas não podem derreter.  A morte está em todo lugar;  fez do mundo um campo de sepulturas.  (Adaptado de Andrew Symington em “Precious Seed”, p. 215, Solid Ground, 2007) A morte é o grande devorador da raça humana, mas aqui nos dizem que a própria morte será tragada pela vitória. Morte e seus dois capangas A morte, o velho ceifador, tem dois capangas terríveis.  Um dos capangas da morte é chamado PECADO, "o aguilhão da morte é o pecado" (1 Coríntios 15:56).  O outro ...

Julgando o julgamento

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Romanos 2:1-16 O Apóstolo Paulo está redigindo esta epístola e, no primeiro capítulo, ele escreveu de maneira a evidenciar que toda a humanidade é culpada pelo pecado. Ele tem em vista especialmente os incrédulos, os pagãos, os gentios, aqueles que não pertencem ao povo judeu. E ele tem destacado que todas as pessoas, sem exceção, são culpadas de transgressão. Lembre-se de que esta carta seria lida para pequenas congregações domésticas espalhadas por Roma, a cidade principal do Império Romano. Essas igrejas eram formadas por dois grupos distintos: gentios que anteriormente não criam, mas aceitaram o evangelho, e judeus convertidos, aqueles que creram na mensagem de Cristo. Tenham isso em mente. Aqui, Paulo está abordando o pecado de toda a humanidade, enfatizando particularmente os gentios, os não judeus. É possível que os judeus crentes tenham ouvido a leitura dessa carta e concordado, acenando a cabeça. Talvez tenham pensado: “Sim, esses pagãos, esses descrentes, que comportamento d...

Mais Deus, menos blá, blá, blá!

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Porque nossas igrejas tem esquecido tanto de adorar ao Senhor? Falam mais sobre o pecado do que sobre a glória de Deus! tem tentado lutar contra o pecado usando armas humanas em vez de espirituais.  Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Efésios 6:11 Não serão regras do que pode ou do que proibido trará a força necessária para lutar contra o pecado. Não há distinção,  pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,  sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:22b-24 Afinal, para que fomos criados? As árvores servem para purificar o ambiente, fornecer-nos madeira, sombra, alimento e muitas outras coisas. As flores servem para enfeitar, purificar e alimentar os seres vivos dentre outras coisas. Os pássaros servem para fertilizar o ambiente, espalhar sementes, encher-nos os ouvidos com seus cantos e outras coisas mais...

Escravos da justiça

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“ Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça ” (Rm 6:16-18) Em Romanos 6:16-18, a palavra “servos” é tradução de um vocábulo grego que se deriva de outro cujo sentido é “amarrar”. Assim sendo, em Romanos aquela palavra se refere a alguém que está amarrado a outro – um escravo. No grego existem duas palavras que se referem a um indivíduo em estado de escravidão. A primeira fala de um pessoa tomada como escravo durante uma guerra. A outra diz respeito a alguém que já nasceu na escravidão. Esta última é a empregada em nosso texto. Essa palavra apresenta o escravo em diversos aspectos. Trata-se de alguém lig...

A justiça de Deus e a nossa

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E se desse a louca na “igreja” e ela… quisesse ser IGREJA?

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Quais são as atitudes que teriam que ser tomadas para que isto ocorresse? Pense nisto: 1. Crer  que o Evangelho não está em disputa com as Religiões do mundo, e nem tampouco pretende ser uma delas. 2. Crer  que a obra de evangelização nada é além do viver em fé a revelação do amor e da Graça de Deus em Cristo Jesus, sem nenhuma questão. 3. Crer  que toda “missão” com o tempo estraga a Missão Original, pois esta só permanece pura enquanto é fruto do amor que faz sem perceber e sem contar… 4. Crer  que ela não é a Juíza do Homens, nem a mantenedora dos bons costumes, mas a propagadora da Palavra que a atingiu como Boa Nova, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões. 5. Crer  que o Espírito Santo é Vivo, Livre e Soberano, e que a Palavra é Viva e Eficaz, sendo, portanto, trabalho do Espírito e da Palavra, convencer os homens do pecado, da justiça e do juízo—não sendo esta, ...