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O perigo da naturalização do feminicídio

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Ela caiu do alto, não por acidente, mas por um ato de violência fria e calculada. Seu corpo foi esmagado, pisoteado, despedaçado, irreconhecível aos olhos humanos. Mas a tragédia não termina na morte física; o silêncio que a segue, a naturalização de sua dor, é outra forma de brutalidade. Este é o eco de um feminicídio que atravessa séculos, do Antigo Testamento até hoje, quando algumas mortes de mulheres são vistas como “merecidas”, enquanto outras provocam indignação. Jezabel, rainha de Israel, viveu um destino cruel. Traída por aqueles em quem confiava, lançada do alto de seu palácio, esmagada por cavalos, seu corpo foi degradado, e nem a sepultura lhe foi concedida (2Rs 9.33-35). Muitos, inclusive dentro das igrejas, justificam sua morte, lembrando que era idólatra, estrangeira, mulher de poder. Mas ao naturalizar sua morte como consequência de sua vida, ignoramos que Deus não mede o valor de uma vida pela religião, origem ou posição social. Jezabel é reduzida a uma lição moral, q...

A mulher estrangeira como símbolo do perigo espiritual durante o exilio

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A mulher estrangeira como símbolo do perigo espiritual Introdução No período do exílio (século VI a.C.), a queda de Judá foi interpretada como consequência da idolatria. As mulheres estrangeiras passaram a ser retratadas como sedutoras e corruptoras. Dalila – a filisteia sedutora 📖 Juízes 16.16-17 (ARA) – “Dalila o importunava todos os dias... Descobriu-lhe todo o coração.” Origem: Filístia. História: Traiu Sansão, entregando-o aos filisteus. Símbolo: A mulher estrangeira associada à traição e corrupção. Jezabel – a fenícia idólatra 📖 2 Reis 9.33 (ARA) – “Lançai-a daí abaixo... e Jeú a atropelou.” Origem: Sidônia (Fenícia). História: Esposa do rei Acabe, introduziu o culto a Baal. Símbolo: Idolatria e violência contra os profetas do Senhor (1Rs 18.4). Atalia – a usurpadora 📖 2 Reis 11.16 (ARA) – “E lançaram mão dela... ali a mataram.” Origem: Fenícia-Israel (filha de Jezabel). História: Usurpou o trono de Judá e exterminou descendentes reais. Símbolo: Idolatria e destrui...

Mulheres estrangeiras no período pré exílio biblico

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A mulher estrangeira como sinal de fé e acolhimento no Antigo Testamento e como elas eram vistas Introdução Antes do exílio babilônico (586 a.C.), a história de Israel foi marcada por contatos constantes com nações vizinhas. Havia guerras, alianças, comércio e também casamentos mistos. Em meio a esse cenário, algumas mulheres estrangeiras se destacaram nas páginas da Bíblia. Apesar de virem de povos muitas vezes hostis a Israel, elas foram retratadas de forma positiva, como símbolos de fé, coragem, hospitalidade e, em alguns casos, inseridas na genealogia messiânica. Isso mostra que o Deus de Israel não estava restrito a uma só nação, mas abria espaço para todo aquele que se aproximasse d’Ele em fé, preparando o caminho para a bênção prometida a todas as famílias da terra (Gn 12.3). Rute – a moabita fiel Origem: Moabe, povo frequentemente em conflito com Israel (Nm 25.1-3). História: Viúva de Malom, Rute poderia ter retornado para sua terra e seus deuses, mas escolheu acomp...

Judá, Tamar e Perez

Judá era bisneto de Abrão, a quem Deus prometeu que ele seria paiu de muitas nações. O seu nome quer dizer "louvor". Abrão teve dois filhos: Ismael, filho de sua concubina Agar e Isaque, filho de sua esposa amada esposa Sara. Isaque teve um casal de gemeos com Rebeca: Esaú e Jacó. Jacó teve duas esposas e duas concubinas. Suas esposas foram Lia e Raquel e suas concubinas foram Zilpa e Bila. A mãe de Judá foi Lia, a esposa desprezada de Jacó.Foi Judá que convenceu seus irmãos a venderem José como escravo, a fim de não serem culpados de sua morte (Gn 37:26-27) Passados alguns anos Judá se mudou para Adulão numa altitude um pouco abaixo de Hebrom, a cerca de 900 metros acima do nivel do mar. Algumas versões da Biblia afirmam que ele "desceu" para Adulão, o que é geograficamente e espiritualmente correto. Geograficamente em virtude de sua localização e espiritualmente pelo fato dele ter ido morar na casa de Hira, homem pagão e idolatra. Em Adulão Judá se casou co...

A família de Davi

1. Os favores de Deus a Davi a) Deus escolheu Davi e o tirou do meio da manada de ovelhas e o ungiu para ser rei de Israel . b) O Espírito de Deus passou a habitar em Davi e ele foi capacitado para enfrentar o gigante, a ganhar importantes batalhas contra os inimigos do povo de Deus. c) A boa mão de Deus era com Davi e ele ganhou a confiança de todo o povo. d) Embora, fosse ungido rei, Davi nunca conspirou contra Saul. Deus usou o Saul externo para tirar o Saul do coração de Davi, para que Davi não fosse um Saul II. e) Deus deu a Davi o reino, o povo, e a vitória contra os seus inimigos. 2. Os descuidos de Davi a) As vitórias de ontem não servem para hoje. Os grandes homens também caem. É preciso vigilência constante. Davi multiplicou mulheres e os reis não deviam fazer isso. b) Davi não ministrava às suas mulheres. c) Davi tinha 23 filhos. Seus filhos eram seus ministros, mas Davi não dialogava com eles. 3. A exaustação de Davi a) O pecado nos deixa estressados. O p...