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Mulheres estrangeiras no período pré exílio biblico

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A mulher estrangeira como sinal de fé e acolhimento no Antigo Testamento e como elas eram vistas Introdução Antes do exílio babilônico (586 a.C.), a história de Israel foi marcada por contatos constantes com nações vizinhas. Havia guerras, alianças, comércio e também casamentos mistos. Em meio a esse cenário, algumas mulheres estrangeiras se destacaram nas páginas da Bíblia. Apesar de virem de povos muitas vezes hostis a Israel, elas foram retratadas de forma positiva, como símbolos de fé, coragem, hospitalidade e, em alguns casos, inseridas na genealogia messiânica. Isso mostra que o Deus de Israel não estava restrito a uma só nação, mas abria espaço para todo aquele que se aproximasse d’Ele em fé, preparando o caminho para a bênção prometida a todas as famílias da terra (Gn 12.3). Rute – a moabita fiel Origem: Moabe, povo frequentemente em conflito com Israel (Nm 25.1-3). História: Viúva de Malom, Rute poderia ter retornado para sua terra e seus deuses, mas escolheu acomp...

O Legado das Filhas de Zelofeade

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  Referência Bíblica: Números 27:1-11 e Josué 17:3-6 Resumo da história: Zelofeade era da tribo de Manassés e morreu no deserto sem deixar filhos, apenas cinco filhas: Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza. Quando Moisés estava distribuindo a herança da terra, as filhas se apresentaram e pediram seu direito de posse, para que o nome de seu pai não fosse apagado. Moisés levou a causa a Deus, que respondeu que a reivindicação delas era justa. A partir disso, uma nova lei foi estabelecida em Israel, permitindo que filhas herdassem na ausência de irmãos. Lições e legado: 1️⃣ Coragem em tempos de tradição As mulheres não tinham costume de reivindicar herança, mas elas se apresentaram com coragem e respeito diante de Moisés, dos líderes e de toda a congregação (Nm 27:2). Elas nos ensinam que é possível buscar justiça sem desrespeitar a liderança nem as estruturas existentes. 2️⃣ Deus ouve causas justas Moisés não decidiu sozinho — ele levou a causa diante do Senhor (Nm 27:5). Deus res...

Débora, uma mulher usada por Deus

Juízes 5:31   "Assim pereçam todos os teus inimigos, ó Senhor! Mas que aqueles que te amam sejam como o sol quando nasce em sua força." Depois de assistir a uma palestra no seminário onde leciono, vi uma aluna que não via há meses.  Depois de me cumprimentar, ela me contou com entusiasmo sobre os emocionantes ministérios que Deus es tava permitindo em sua vida e por meio dela.  Então ela concluiu com uma declaração intrigante: “É triste pensar que Deus está tendo que me usar porque um homem em algum lugar falhou.” "Com licença?"  Eu tinha certeza que devo ter entendido mal. “Deus queria que um homem piedoso liderasse, mas como ele aparentemente não o fez, eu faço parte do 'Plano B'.  Estou feliz por Deus me usar, mas me sinto mal por alguém ter falhado.”  Eu ouvi uma tristeza marcante em sua voz. Perguntei de onde ela tirou essa ideia e ela disse que saiu direto do livro de Juízes — na verdade, a história de Débora.  Alguém a ensinou que uma mulher pie...

Agar, uma mulher marginalizada

A concubina de Abraão é quase sempre vista de modo ruim nas Escrituras. Primeiro porque ela era a “outra”—como se uma escrava tivesse outra opção! Depois, ela é mal vista por ter gerado os irmãos-inimigos de Israel: os árabes e seus parentes. E, por último, a pobre mulher é mal vista em razão de Paulo ter usado a “figura” de Hagar, a escrava, a fim de “ilustrar” a diferença entre estar na lei e viver na graça (Gl 4). Assim, Hagar virou definitivamente a “escrava” que foi a causa de tantos problemas para o patriarca Abraão. Mas foi Sara quem mandou... E Abraão “anuiu” ao conselho da esposa para que “tomasse” Hagar como concubina. Todos os Abraões do mundo aceitariam. Qual deles ousaria desobedecer à esposa num pedido desses? A questão é que Hagar também existiu como ser humano. E há um caminho de Deus para Hagar como individuo. Primeiro ela é a escrava. Ela é quem ela foi designada para ser. Depois ela foge com o filho. Hagar não q...

Jesus e as mulheres: Maria, Maria...

Lucas 10:38-39 Os doze discípulos de Jesus eram todos homens, mas não eram seus únicos discípulos. O evangelho de Lucas, em particular, torna este ponto claro em duas passagens. O primeiro vem em Lucas 8: 1-3, quando o escritor evangélico explica que, enquanto Jesus viajava por várias aldeias e cidades, ministrando em cada comunidade, Ele e Seus doze discípulos foram "acompanhados por várias mulheres". Lucas continua a identificar as várias mulheres: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios, Joana (serva de Herodes), e Susana, e muitos outros. De acordo com o evangelho, não só estas mulheres viajavam com Jesus e os doze discípulos, o que já era bastante incomum, mas, aparentemente, essas mulheres também estavam financiando o ministério cotidiano de Jesus por meio de seus próprios recursos. Lucas quer que entendamos que o ministério de Jesus, em seu estágio fundamental, era exclusivamente dependente das mulheres.  Apenas dois capítulos depois, ele a...