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Quando as palavras me faltam, eu escolho escrever

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À Dor que Não Cessa e À Alegria que me sustenta Ó dia das mães, chegas com teu manto de silêncio,   Neste coração que sangra, uma perda imensa;   Meu filho, meu amado, em vícios te perdeste,   Deixaste-me aqui, com a dor que não cessa. Desde jovem, teus passos foram de luta e dor,   Nas sombras das ruas, em busca de algum calor.   Fugiste de casa, oh quão vazia ficou minha alma,   E no final, uma overdose roubou tua calma. Neste dia das mães, enquanto o mundo celebra,   Eu guardo o luto, na quietude que me cerca.   Te celebro, meu filho, em cada lágrima que cai,   Pois mesmo na dor mais profunda, o amor não trai. No entanto, neste dia, há também luz a brilhar,   Nos rostos dos filhos que ainda tenho para abraçar.   Eles são o sol que rompe a mais escura nuvem,   Em seus sorrisos, a vida novamente se atreve. Com eles, o amor se refaz e a casa se enche de ri...

A Dor do Luto

Salmo 30:5b: O Choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã Desde muito nova, aprendi a transformar minha dor em palavras. Cada vez que a tristeza, a frustração ou a saudade se tornavam quase insuportáveis, eu as transportava para o universo das palavras, dissolvendo-as entre as linhas e os espaços em branco de folhas de papel. Minhas canetas tornaram-se as ferramentas com as quais eu esculpia meu refúgio, minha forma de dialogar com o mundo e comigo mesma. Neste processo, percebi que a dor, quando compartilhada em palavras, perde parte de seu peso, transformando-se em algo maior e, paradoxalmente, em um tipo de alívio. Cada palavra escrita era como uma pequena libertação, um passo em direção à compreensão e aceitação de meus sentimentos mais profundos. Isso me ensinou que escrever a é uma forma  de cura. Por meio dela, somos capazes de dar voz ao que muitas vezes permanece inexprimível por outros meios. As folhas de papel tornaram-se testemunhas silenciosas de minha id...