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Não costure o véu

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Pelos anos 80, meu falecido marido trabalhava numa grande multinacional que dentre outras coisas, fabricava tecido masculino. Ele era vendedor e enquanto nós não tínhamos filhos, era comum que ele me chamasse para viajar com ele nos dias que eu não precisaria trabalhar. Visitávamos lojas e também alfaiates. Ele ganhava tecidos para fazer um terno e duas calças duas vezes por ano, e de vez em quando aparecia com tecidos para que eu pudesse fazer algo para mim também. Eu ia então para a costureira e fazia um terninho, composto de saia e blazer, as vezes calça e blazer. Lá se vão mais de 30 anos. As calças e saias não servem mais, mais ainda tenho alguns blazers, que muitas vezes insistem em não fechar. Mas o pano ainda está bom, resistente e suave. Sem remendos, apenas com alguns ajustes para se adequar ao corpo de uma mulher de cinquenta anos. Acredito que assim era o tecido do véu do templo: Bom, suave e resistente. Mas para o que ele servia? Para mostrar a separação que havia en