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Do Katan ao Gadol: O Segredo da Parábola do Grão de Mostarda

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"O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes; e, crescendo, é maior do que as hortaliças e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos." (Mateus 13:31-32) Você provavelmente já ouviu esta parábola muitas vezes. Mas há um detalhe precioso do idioma bíblico que muitas traduções não conseguem transmitir. Quando Jesus fala do “grão de mostarda”, não está apenas destacando o tamanho diminuto da semente, mas evocando uma ideia muito mais profunda enraizada na língua hebraica. O jogo de palavras hebraico No hebraico, a palavra קָטָן ( katan ) significa “pequeno”. Mas seu uso na Bíblia não se restringe ao tamanho físico. Katan muitas vezes descreve aquilo que é insignificante, desprezado ou socialmente irrelevante . Já a palavra גָּדוֹל ( gadol ) , “grande”, aponta não apenas para proporção, mas para o que é grandioso, poderoso, ou resultado da inte...

Reino de Deus semelhantes a Dez Virgens

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 A parábola das dez virgens em Mateus 25,1-13 é uma das passagens mais comentadas do Evangelho de Mateus. O texto é geralmente aceito como uma unidade coerente, mas há debates sobre seu gênero literário, entre definição como parábola ou alegoria, o que influencia diretamente as possibilidades de interpretação. Este artigo utiliza o método histórico-crítico para analisar a perícope, oferecendo uma segmentação, tradução, crítica textual, análise da forma e gênero, além de um comentário exegético dos principais termos e a história da interpretação. Estrutura e segmento do texto A perícope inicia com a fórmula típica mateana: “Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens, que tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo” (Mateus 25,1). O texto se divide em quatro quadros principais: apresentação dos dois grupos (virgens sábias e tolas), seu sono, o diálogo entre elas, e a entrada ou exclusão na festa de bodas, encerrando com o ensino final para vigiar, pois não se sabe ...

Quando perdemos um filho....

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O versículo de Mateus 19:14 nos traz um conforto imenso em momentos de dor, especialmente quando enfrentamos a perda de uma criança. Jesus, ao dizer "Deixem que os pequeninos venham a mim", não está apenas mostrando Seu amor pelas crianças, mas também ensinando uma verdade profunda sobre a natureza do Reino dos céus. As crianças, em sua inocência e confiança plena, representam o tipo de fé que Deus deseja que tenhamos. Elas confiam sem reservas, entregam-se completamente, e é esse espírito de confiança e dependência que Jesus nos convida a imitar. Quando enfrentamos o sofrimento da perda, especialmente a de uma criança, o peso da dor pode parecer insuportável. É natural questionar, tentar entender o porquê, e até se sentir perdido em meio à tristeza. No entanto, Jesus nos lembra que as crianças têm um lugar especial em Seu coração. Ele cuida delas de uma maneira única, e isso nos dá a certeza de que, embora a separação neste mundo seja dolorosa, elas estão seguras em Seus bra...