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Mostrando postagens de julho 8, 2025

Entre a Vida e a Morte

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   Um Chamado à Escolha Vivemos em uma época de decisões rápidas, escolhas impensadas e caminhos que se bifurcam a cada passo. Em meio ao ruído das opiniões e à velocidade das mudanças, Deus ainda nos faz um convite antigo, mas atual: “Escolhe, pois, a vida” (Deuteronômio 30:19, ARA). Essa frase, que ecoa desde os dias de Moisés, continua sendo um chamado urgente para todo cristão. A Bíblia é marcada por escolhas: Adão escolheu desobedecer, Daniel escolheu se manter puro, Rute escolheu seguir a voz do Espírito, e um dos ladrões na cruz escolheu crer. Jesus, o próprio Filho de Deus, escolheu vir em carne e morrer por nós , oferecendo-nos a chance de vida eterna. O Reino de Deus não é automático — ele se revela nas decisões conscientes de seguir, renunciar, confiar e obedecer. Nosso plano devocional "Entre a Vida e a Morte" nos conduz por seis dias de reflexões profundas, mostrando que cada dia é uma nova oportunidade de escolher Cristo. Desde a obediência no Éden até a mat...

Obedecer ou Apenas Receber? A Pergunta que Revela o Coração

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  Vivemos em uma geração que ora para conquistar, mas reluta para obedecer. Muitos se aproximam de Deus com a expectativa de receber, mas não com a disposição de se submeter. A frase provocativa — “Quando Deus pede algo que eu não quero, eu oro. Mas quando Ele quer me dar um carro zero, eu aceito na hora” — escancara um comportamento mais comum do que imaginamos: espiritualidade seletiva. Essa seletividade tem um nome: evangelho utilitário . É aquele que transforma Deus em um “resolvedor de problemas” e não em Senhor das nossas decisões. Nele, as bênçãos são mais valorizadas que a presença, e a oração se torna moeda de troca, não lugar de rendição. O Chamado de Cristo Sempre Foi à Cruz, Não ao Conforto Quando Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24), Ele deixou claro que o discipulado exigiria renúncia. O problema não está em pedir — está em pedir sem estar disposto a obedecer. Está em querer os frutos do Reino s...

Salmo 3 no Contexto Judaico: Confiança Radical em Meio ao Caos

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O Salmo 3 não é apenas uma bela poesia — é um grito da alma em meio à dor mais intensa. Ele começa com uma inscrição histórica: “Salmo de Davi, quando fugia de Absalão, seu filho…” (Salmo 3:1, ARA). Esta não é uma oração feita em segurança, no conforto do palácio. É uma súplica escrita no deserto, no ápice de uma crise familiar, onde um pai foge de um filho que o traiu. Uma Dor Que Vem de Dentro A dor causada por Absalão não era apenas política, era pessoal. Davi não estava apenas tentando salvar sua vida — ele estava tentando lidar com o colapso de sua família, seu reinado e talvez sua própria identidade. Em vez de reagir com raiva ou desespero, ele se volta para Deus. Magen: O Escudo Que Envolve Em meio à traição, Davi declara algo surpreendente: “Mas Tu, Senhor, és o meu escudo...” (v. 3) No hebraico, a palavra usada é מָגֵן (magen) . Este termo vai além de um escudo físico: refere-se a um protetor que envolve por completo , como uma muralha viva. Na tradição judaica, o te...

A Intimidade que Abraça e Sustenta

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"A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abrace." (Cantares 8:3, ARA) Este versículo retrata mais que um gesto físico: é um símbolo de cuidado, segurança e amor no casamento. A mão que sustenta a cabeça fala de apoio emocional e mental — o cônjuge é um porto seguro nos dias de cansaço e confusão. O abraço da mão direita fala de carinho e afeição — a celebração da intimidade e do amor que fortalece o vínculo. No casamento, esses gestos devem ser diários: não apenas no toque físico, mas no respeito, nas palavras que confortam, no tempo de qualidade, no ouvir atento. Um relacionamento forte se constrói com gestos de amor e compromisso constantes. Que os casais aprendam a ser, um para o outro, esse lugar de repouso e abraço. Em um mundo de pressões e lutas, o lar deve ser o espaço onde os corações se entrelaçam com ternura e segurança. Reflexão:  Como posso hoje ser esse abraço e esse apoio para o meu cônjuge?  Tenho sido intencional em cultiva...

O Leão que se levanta

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O rei Balaque, governante de Moabe, ficou completamente aterrorizado diante da aproximação do povo de Israel. O avanço dos hebreus pelo deserto causava espanto e medo, pois o que os cercava não era apenas uma multidão — mas uma promessa em movimento. Dominado pelo medo, Balaque buscou ajuda não entre seus guerreiros, mas entre os espiritistas de sua época. Contratou, portanto, Balaão, um profeta pagão conhecido por sua reputação: quem ele abençoava era abençoado, e quem amaldiçoava, era amaldiçoado. Mas o que estava prestes a acontecer fugiria completamente do controle humano. Quando Balaão se colocou a caminho, fenômenos incomuns começaram a acontecer. Sua jumenta — um animal geralmente obediente e acostumado às trilhas — simplesmente se recusou a prosseguir. Balaão, furioso, espancava o animal sem entender. Mas o obstáculo não era físico. A jumenta enxergava o que Balaão, o “vidente”, não via: um anjo do Senhor com espada desembainhada bloqueando o caminho . Ironicamente, o profeta ...