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Mostrando postagens de setembro 10, 2024

Fundamentos da Missão da Igreja de Cristo

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A missão da igreja é um chamado universal e inegociável para todos os cristãos. Desde as últimas palavras de Jesus registradas no Novo Testamento até a prática da igreja primitiva, a Grande Comissão tem sido o centro da atividade da igreja. É mais do que uma simples instrução; é uma convocação a viver de acordo com o propósito de Deus, expandindo Seu reino na Terra. Neste artigo, exploraremos os fundamentos da missão da igreja, com base nos textos da Grande Comissão, e como essa missão é uma responsabilidade individual e coletiva de todos os seguidores de Cristo. O Propósito da Igreja: Realizando a Missão de Deus A missão da igreja não é simplesmente melhorar o mundo através de boas obras ou justiça social. Embora essas sejam expressões importantes do amor cristão, o objetivo principal da igreja é proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. A verdadeira missão é espiritual: fazer discípulos, batizar e ensinar todos a obedecer aos mandamentos de Jesus. Conforme visto em Mateus 28:18-20 , a G

Exegese do Capítulo 3 de Cantares

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O capítulo 3 de Cantares de Salomão continua a explorar a rica alegoria do relacionamento amoroso entre Deus e o povo de Israel, sendo interpretado na tradição rabínica como uma metáfora espiritual. A linguagem poética descreve a busca pela presença de Deus, o encontro com o amado e a celebração da aliança divina. Exegese do Capítulo 3 de Cantares de Salomão (Shir HaShirim) O capítulo 3 de Cantares de Salomão continua a expressar o relacionamento entre Deus e Israel, envolvendo imagens de busca espiritual, segurança divina e união. Na tradição rabínica, o texto revela um paralelo com a história de Israel, seu êxodo, e os períodos de proximidade e afastamento de Deus. Contexto Social e Histórico Autor e Data : Atribuído ao rei Salomão, o capítulo 3 continua a refletir a riqueza e a sabedoria de sua era. Salomão, considerado o rei mais sábio de Israel, é retratado como uma figura central de prosperidade espiritual e material. Contexto Social : A sociedade israelita no tempo de Salomão es

A Figueira Brava e a Cruz de Cristo

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A história de Zaqueu, registrada em Lucas 19:1-10, oferece uma rica analogia entre a vida do cobrador de impostos e a figueira brava, conhecida por produzir frutos amargos. Na tradição hebraica, essa árvore, chamada de "shiqmah" (שִׁקְמָה), era comum em Israel e muitas vezes representava algo que precisava de intervenção para ser aproveitado. O processo de tornar os frutos da figueira brava comestíveis reflete o que Cristo faz conosco — purificando e transformando nossa natureza amarga em algo doce e agradável. A Figueira Brava e o Processo de Incisão A figueira brava, ou sicômoro, era famosa por seus frutos amargos e inadequados para o consumo. Para que seus frutos fossem aproveitados, era necessário fazer uma incisão no fruto para que a seiva amarga fosse expulsa, permitindo que a água da chuva o purificasse. Esse processo era conhecido como "patash" (פָּתַשׁ), que significa "abrir" ou "cortar". No contexto espiritual, isso representa a necessi

Amando um Deus que não se vê

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A pergunta sobre como amar um Deus invisível tem sido refletida por teólogos e filósofos ao longo dos séculos. A Bíblia, especialmente nos escritos dos primeiros seguidores de Jesus, confirma que Deus é, em muitas ocasiões, invisível aos seres humanos. Em Colossenses, lemos que Yeshua é "a imagem do Deus invisível (ἀοράτου, aorátou), o primogênito de toda criação" (Colossenses 1:15). Da mesma forma, 1 Timóteo 1:17 refere-se a Deus como "imortal e invisível (ἀοράτῳ, aoráto)". Deus habita "em luz inacessível" (1 Timóteo 6:16), o que torna impossível para os seres humanos vê-Lo diretamente, assim como os israelitas "não viram forma alguma" quando Deus Se manifestou no Monte Sinai (Deuteronômio 4:15). No pensamento hebraico, a invisibilidade de Deus não significa ausência, mas destaca Sua santidade e transcendência. A palavra hebraica para "ver" é ra'ah , que muitas vezes está associada a uma percepção espiritual além da visão física. D

A primeira Promessa Messiânica

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A exegese de Gênesis 3:15 requer uma análise detalhada do texto hebraico e da teologia bíblica, especialmente no que se refere à promessa messiânica cumprida em Jesus Cristo. Vamos analisar o versículo em seu contexto, destacando o significado das palavras-chave em hebraico e explorando o significado dessa profecia. Texto Hebraico de Gênesis 3:15 ״ואיבה אשית ביןך ובין האשה ובין זרעך ובין זרעה הוא ישופך ראש ואתה תשופנו עקב״ Transliteração : "Ve'evá ashít beincha uvein ha'isha, uvein zar'acha uvein zar'ah; hu yeshufcha rosh ve'atah teshu'efenu akev." Análise das Palavras em Hebraico ואיבה (Ve'evá) – Inimizade : Esta palavra hebraica significa "inimizade" ou "hostilidade." Aqui, refere-se à constante luta entre Satanás (representado pela serpente) e a humanidade, simbolizada pela mulher e sua descendência. זרע (Zera) – Descendência ou semente : "Zera" é uma palavra hebraica que significa "semente" ou "de

As Pedras na Estola do Rei de Tiro

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Contexto Histórico Tiro era uma cidade-estado fenícia, conhecida por seu poder marítimo e comercial. A cidade era famosa pela sua riqueza, devido ao comércio e à navegação, e pela sua localização estratégica no Mediterrâneo. Tiro era frequentemente mencionada na Bíblia devido ao seu orgulho, luxo e práticas idólatras. Exegese de Ezequiel 28 Ezequiel 28:1-10 : Nesta seção, Ezequiel recebe uma mensagem de Deus para o "príncipe de Tiro". O termo "príncipe" aqui é geralmente interpretado como uma referência ao líder humano da cidade. Este príncipe é acusado de orgulho excessivo, acreditando ser um deus devido à sua sabedoria e riqueza. Deus, através de Ezequiel, profetiza a queda do príncipe por causa do seu orgulho e arrogância, prometendo que ele morrerá como um homem mortal, não como um deus. Ezequiel 28:11-19 : Esta parte da passagem é mais complexa e tem gerado muitas interpretações. O "rei de Tiro" é descrito com uma linguagem exaltada, que muitos estudi