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Mostrando postagens com o rótulo Religião

Mateus 17:24-28: O Tributo do Templo e a Provisão Divina

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A compreensão plena de Mateus 17:24-28 exige um olhar analítico que vá além da superfície do relato, explorando as implicações históricas, econômicas, teológicas e simbólicas desse episódio singular. Esse evento revela nuances da identidade de Jesus, sua interação com as estruturas religiosas judaicas e sua forma peculiar de responder às exigências sociais e financeiras. Contexto Histórico O Tributo do Templo e sua Origem O imposto mencionado era o didracma , um tributo anual instituído na Torá (Êxodo 30:13-16) para a manutenção do Templo de Jerusalém. Cada judeu adulto do sexo masculino deveria pagar esse valor, independentemente de sua localização geográfica, pois o Templo era o centro espiritual do judaísmo. A Palestina sob Domínio Romano Na época de Jesus, a Palestina estava sob controle romano, mas o Templo ainda mantinha autonomia religiosa. O imposto era cobrado por oficiais judaicos e não por romanos, o que reforçava seu caráter religioso. No entanto, havia tensões sob...

O Tributo do Templo e a Provisão Divina

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  Uma Análise de Mateus 17:24-28 A compreensão plena de Mateus 17:24-28 exige um olhar analítico que vá além da superfície do relato, explorando as implicações históricas, econômicas, teológicas e simbólicas desse episódio singular. Esse evento revela nuances da identidade de Jesus, sua interação com as estruturas religiosas judaicas e sua forma peculiar de responder às exigências sociais e financeiras. Contexto Histórico O Tributo do Templo e sua Origem O imposto mencionado era o didracma , um tributo anual instituído na Torá (Êxodo 30:13-16) para a manutenção do Templo de Jerusalém. Cada judeu adulto do sexo masculino deveria pagar esse valor, independentemente de sua localização geográfica, pois o Templo era o centro espiritual do judaísmo. A Palestina sob Domínio Romano Na época de Jesus, a Palestina estava sob controle romano, mas o Templo ainda mantinha autonomia religiosa. O imposto era cobrado por oficiais judaicos e não por romanos, o que reforçava seu caráter r...

Resenha: Warranted Christian Belief - Alvin Plantinga

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e-book completo em inglês:  Warranted Christian Belief 26 páginas do livro em portugues:  crenca_crista_avalizada_trecho.pdf Warranted Christian Belief (publicado em 2000) é a terceira parte da trilogia de Alvin Plantinga sobre a noção de "warrant" (que pode ser traduzida como "justificação garantida" ou "base epistemológica válida") no campo da epistemologia. A obra aborda uma questão central: é racional ou intelectualmente responsável acreditar nas doutrinas fundamentais do cristianismo? Plantinga argumenta que sim, defendendo que a crença em Deus pode ser epistemicamente justificada mesmo sem evidências formais no sentido clássico. Em Portugues foi lançado como "Crença Cristã Avalizada" pela Editora Vida Nova Resumo da Obra Plantinga propõe que as crenças religiosas, particularmente as cristãs, podem ser "properly basic" , ou seja, básicas de forma adequada. Ele refuta a visão de que crenças religiosas precisam ser baseadas em argum...

Protestantismo no Brasil: Invasão Holandesa

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A história da Invasão Holandesa no Brasil (1624–1654) é mais do que um capítulo de batalhas por poder e riqueza. Esse período revela o impacto das disputas religiosas entre católicos e protestantes e destaca a busca pela expressão de fé em um mundo em transformação. Nesse contexto, o Brasil se tornou palco de uma tentativa única de coexistência entre diferentes tradições cristãs, marcada pela presença do calvinismo trazido pelos holandeses. Contexto Histórico e Religioso No século XVII, a Europa vivia os desdobramentos da Reforma Protestante , que havia dividido cristãos entre católicos e protestantes. A Holanda, uma potência protestante e adepta do calvinismo, expandia seu poder econômico e político por meio de suas companhias comerciais, como a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais . Já o Brasil, sob domínio português, era uma colônia católica administrada com o apoio da Igreja Católica. Ao invadirem partes do Nordeste brasileiro, como Salvador em 1624 e, posteriormente, Pernam...

Protestantismo no Brasil: Os Huguenotes

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Os huguenotes foram protestantes franceses de tradição calvinista que, no contexto das perseguições religiosas na França, buscaram refúgio em diversos lugares, incluindo o Brasil. Sua presença no território brasileiro ocorreu especialmente durante o século XVI, em um período de disputas religiosas e coloniais entre católicos e protestantes na Europa. Principais Aspectos do Protestantismo na Europa no Século XVI No século XVI, o protestantismo emergiu com a Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero e João Calvino, desafiando a Igreja Católica e propondo uma fé centrada na Bíblia e na justificação pela fé. Na França, os huguenotes, seguidores do calvinismo, enfrentaram intensa perseguição durante as Guerras de Religião , como no Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572). Para escapar da violência, muitos buscaram refúgio em outros países e colônias, incluindo o Brasil. A França Antártica e a Expedição Huguenote (1555–1567) A tentativa mais notável de estabelecer uma colônia hug...

A Placa na Cruz de Cristo

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Quando Jesus foi crucificado, Pilatos ordenou que uma placa fosse colocada sobre a cruz com a inscrição: "JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS". Este título, embora simples, foi escrito em três idiomas: hebraico, latim e grego (João 19:19-20). Esses idiomas não foram escolhidos por acaso; cada um representava uma esfera de influência relevante na época. A presença dessas três línguas na placa aponta para algo mais profundo do que um simples anúncio de condenação – ela simboliza a universalidade da mensagem de Cristo e Seu alcance para todas as nações, culturas e povos. 1. Hebraico: A Língua da Religião O hebraico era a língua sagrada dos judeus, a língua da Lei e da adoração a Deus. Ao escrever em hebraico, a mensagem de que Jesus era o Rei dos judeus foi dirigida diretamente ao povo de Israel. Para eles, o Messias deveria vir de sua linhagem, estabelecendo o reino prometido. No entanto, a maioria dos líderes religiosos rejeitou a realeza de Cristo, não reconhecendo o cumpriment...

Nephesh, Ruach e Neshamah: A Alma, o Espírito e o Sopro da Vida na Perspectiva Hebraica

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A Bíblia Hebraica utiliza três palavras principais para descrever as complexidades do ser humano: nephesh (נֶפֶשׁ), ruach (רוּחַ), e neshamah (נְשָׁמָה). Esses termos capturam diferentes aspectos da nossa existência, desde a alma e o espírito até o fôlego divino que nos concede vida. Nephesh: A Alma Vivente O termo nephesh se refere à "alma" ou "vida" no sentido mais amplo. Diferente da noção grega de uma alma imaterial, nephesh representa o ser inteiro e não apenas uma parte espiritual distinta do corpo. Gênesis 2:7 descreve Deus criando o homem e o tornando uma "alma vivente" (nephesh chayah), ou seja, um ser vivo completo. Ruach: O Espírito Ruach pode ser traduzido como "espírito" ou "vento", e é frequentemente associado à energia vital que vem diretamente de Deus. Em Eclesiastes 12:7, por exemplo, lemos que "o espírito retorna a Deus, que o deu." O ruach é aquilo que nos anima e nos conecta ao divino. Neshamah: O Sopr...