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Mostrando postagens com o rótulo redenção

Os quatro cálices da páscoa judaica eas promessas cumpridas em Cridto

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“Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor...” (Êxodo 6:6–7) Na celebração da Páscoa judaica (Pêssach), cada elemento da mesa tem um significado profundo. Entre eles, estão os quatro cálices de vinho, que não representam apenas uma sequência cerimonial, mas quatro promessas divinas extraídas diretamente das palavras de Deus a Moisés em Êxodo 6:6-7. Esses cálices formam uma linha profética que aponta para o plano completo da redenção — desde a libertação do Egito até a comunhão eterna com o Criador. 1. O Cálice da Santificação – “Eu vos tirarei...” > “Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios...” (Êx 6:6a) O primeiro cálice, chamado Kósh haKiddush (Cálice da Santificação), é o início da Páscoa. Ele simboliza a separação do povo de Deus do jugo egípcio. No sentido espiritual, fala da libertação do pecado e da escravidão do mundo. Quando Jesus ergueu o cálice com os discípulos, Ele santificou um novo ca...

Yom Kippur e a Obra Redentora de Cristo

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Estamos a poucos dias do período mais sagrado do calendário hebraico: Yom Kippur, o Dia da Expiação . O Yom Kippur é diferente de todos os outros festivais bíblicos. Não é uma festa, mas um jejum , um dia separado para humildade, confissão e reconciliação com Deus e com o próximo . Em Levítico 16 e 23, Deus instrui Israel a “afligir suas almas”. Isso nos chama a deixar de lado o orgulho e voltar a Deus com um coração limpo . Nesse dia, eram oferecidos sacrifícios de expiação , incluindo o ritual do bode expiatório , que levava simbolicamente os pecados do povo para o deserto. O Sumo Sacerdote , chamado Kohen Gadol , tinha permissão para entrar no Santo dos Santos , o Kodesh ha-Kodashim , apenas nesse dia — o Yom Kippur. Ali, ele oferecia incenso e aspergia o sangue dos sacrifícios diante da Arca , permanecendo na presença de Deus para interceder pelo povo . Para nós, cristãos, essa época aponta para Jesus, nosso Sumo Sacerdote supremo . Levítico 16 mostra como o sumo sacerdote ent...

O Mel da Promessa Cumprida em Cristo - Ano 5786

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Hoje é 22 de setembro de 2025 , um dia que carrega tanto o peso do calendário civil quanto o perfume do calendário bíblico. No calendário gregoriano, marca a transição entre as estações — o equinócio de primavera no hemisfério sul e o equinócio de outono no hemisfério norte. Já no calendário judaico, estamos no 29º dia do mês de Elul, ano 5785 , às vésperas de um tempo sagrado. Ao pôr do sol de amanhã, dia 23 de setembro de 2025 , inicia-se Rosh HaShanah (1º de Tishrei, 5786), o Ano Novo judaico. É o começo de um ciclo de dez dias de arrependimento , que culminam em Yom Kippur (Dia da Expiação), no 2 de outubro de 2025 . Assim, este 22 de setembro é um marco: o último dia do ano judaico 5785 , um tempo de preparar o coração para entrar no novo ano — 5786 — em santidade, reflexão e esperança. O Rosh HaShanah, o Ano Novo Judaico é um tempo sagrado de reflexão, renovação e oração no calendário bíblico. Este período nos convida a olhar para trás com gratidão, a reconhecer nossas fal...

Escatologia Judaica

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 As tradições judaicas sobre o apocalipse (fim dos tempos) diferem das visões apocalípticas cristãs, priorizando uma era de redenção e messianismo ao invés da destruição global. A escatologia judaica se fundamenta principalmente no Tanakh (Bíblia Hebraica) e em textos rabínicos, sem a noção cristã de um apocalipse catastrófico. Conceito Judaico de Apocalipse No judaísmo não existe o conceito de destruição total do mundo, sendo que após o Dilúvio (Gênesis 9:11), Deus fez um pacto de que nunca destruiria completamente a humanidade. O foco maior está na promessa de uma “Era Messiânica”, caracterizada por paz, justiça e reconciliação, não pelo fim abrupto do mundo. Referências Bíblicas Essenciais Tanakh : O termo “fim dos dias” (“aharit ha-yamim”, אחרית הימים) aparece em diversos textos proféticos, como Isaías 2, Miqueias 4, Daniel 12 e Ezequiel 38-39. Estes textos abordam a reunião dos exilados de Israel, a vinda do Messias judeu, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final. De...

Salvos da Ira de Deus

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Quando falamos de salvação, é comum ouvir expressões como: “Jesus me salvou do inferno” ou “Cristo me libertou do diabo”. Embora essas frases carreguem certa verdade, não revelam o coração da mensagem bíblica. A Escritura é clara: o maior perigo do homem não é o diabo em si, mas a ira de Deus contra o pecado . O pecado é, antes de tudo, uma afronta contra a santidade do Criador. Ele não é apenas uma falha moral ou um deslize humano, mas uma rebelião aberta contra o Deus eterno . Por isso, Paulo afirma que “éramos, por natureza, filhos da ira” (Ef 2:3). Não nascemos neutros: nascemos debaixo de condenação. O diabo é um acusador, mas quem decreta a sentença é o próprio Deus justo e santo. E essa sentença é clara: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Portanto, sem Cristo, não apenas corremos o risco de cair nas armadilhas do inimigo — já estamos condenados diante do tribunal divino. A boa notícia é que Deus, em Seu imenso amor, providenciou o escape. Cristo assumiu sobre Si a pun...

A Ética Divina: O Bem em Deus e Deus no Bem

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Deus existe. E, sendo Ele o fundamento de toda realidade, surge a questão inevitável: o bem é bom porque Deus o faz, ou Deus faz porque é bom? Essa reflexão não é meramente filosófica, mas profundamente prática. Afinal, se o Criador é a fonte da moralidade, então a definição do que é bom e justo não depende de convenções humanas, mas da Sua própria natureza. A ética divina nos leva a compreender que Deus não apenas pratica o bem, mas é o próprio Bem em essência . Ele não age conforme uma regra externa, pois não há padrão acima d’Ele; pelo contrário, é a Sua natureza santa que estabelece o que é justo. Isso significa que o que Deus faz não é bom por ser arbitrário, mas porque Ele é santo, perfeito e absolutamente coerente com Sua essência. Por isso, quando nos perguntamos o que Deus faria ou não faria em determinada situação, não se trata de especulação teórica, mas de confiança no Seu caráter. Diferente da ética humana — que é limitada, mutável e influenciada por interesses e conte...

Deus se abala quando pecamos?

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  O que acontece com Deus quando pecamos? A maioria dos leitores da Bíblia sabe que  o pecado traz consequências para nós, seres humanos . A história bíblica é clara: A iniquidade de Caim leva ao afastamento e isolamento (Gn 4:13-16). A maldade extrema da humanidade provoca o dilúvio (Gn 6:5-7). Paulo resume de forma definitiva:  "O salário do pecado é a morte"  (Rm 6:23). Mas a pergunta que muitas vezes não fazemos é: O pecado também afeta a Deus? E se sim,  de que maneira ? 1.  O peso do pecado na experiência humana Na Bíblia, o pecado não é apenas uma "mancha espiritual" ou um "problema moral". Muitas vezes, ele é descrito como um  peso físico . Após matar Abel, Caim diz a Deus: "A minha iniquidade é maior do que eu posso suportar"  (Gn 4:13). No hebraico, essa frase não é apenas uma metáfora: é como se Caim dissesse que o pecado é  uma carga insuportável sobre seus ombros . Até o Faraó, em meio às pragas, reconheceu essa realidade: "Leva...