Conversão ou Emoção? O que sustenta a tua fé?
Vivemos uma geração movida pelo sentir. Em muitos cultos, a busca pelo arrepio, pelo choro e pela “presença palpável” de Deus tornou-se o critério para se avaliar se Deus “falou ou não”. Mas será que fé se mede pelo que sentimos? E se a emoção for passageira, como saber se houve conversão real?
A Bíblia nos mostra que a verdadeira conversão não nasce de um impulso, mas de um encontro. Quando Pedro pregou em Atos 2, as pessoas ficaram “compungidas” — não apenas tocadas, mas profundamente confrontadas. Perguntaram o que deveriam fazer, e a resposta foi clara: “Arrependei-vos e sede batizados”.
O arrependimento é a raiz da conversão, não o entusiasmo. A fé bíblica começa com um quebrantamento diante do pecado, um reconhecimento de que sem Cristo não há salvação. Isso vai além das lágrimas. É decisão, mudança, morte do velho homem e nascimento do novo.
A emoção pode até acompanhar a conversão, mas não pode sustentá-la. O convertido não vive de culto em culto, de louvor em louvor. Ele permanece quando não sente, quando Deus parece em silêncio, quando a alma está cansada. Ele aprende a descansar no colo do Pai, mesmo sem sinais visíveis.
Frutos são a verdadeira evidência da conversão (Mateus 7:16). Amor, perdão, domínio próprio, constância, fome pela Palavra — essas marcas não vêm da emoção, mas do Espírito. Não são produzidas por eventos, mas pelo relacionamento com Deus.
Talvez você tenha vivido experiências profundas e tocantes. Mas a pergunta permanece: sua fé nasceu da emoção ou da entrega? Se foi emoção, ainda é tempo de se render de verdade. Jesus não quer apenas nos tocar. Ele quer nos transformar.
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