Quando a ansiedade não deixa os filhos crescerem
Ser mãe é viver com o coração fora do peito. É se preocupar, querer proteger, acolher e, muitas vezes, tentar evitar que os filhos sintam dor. Porém, existe uma linha tênue entre o cuidado que fortalece e o excesso de ansiedade que sufoca.
A ansiedade materna pode se manifestar de várias formas: não deixar que o filho faça escolhas sozinho, resolver problemas que ele mesmo deveria encarar, ou ainda correr para apagar os incêndios que a própria vida acende — sem permitir que ele aprenda com seus erros.
Um exemplo muito comum acontece no campo financeiro. Imagine um jovem que recebeu o salário do estágio, mas gastou tudo no início do mês. Quando chega a hora de pagar a faculdade, não tem como arcar com a responsabilidade. Ele pede ajuda, e a mãe, ansiosa por vê-lo bem, empresta ou paga a conta. Mas, no fundo, o que aconteceu?
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O filho não aprendeu sobre planejamento.
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Ele não sentiu o peso das consequências.
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A mãe carregou um fardo que não era dela.
O resultado é que ambos saem prejudicados: a mãe sobrecarregada, e o filho infantilizado.
Permitir que os filhos cresçam é uma forma de amor. Amar é também soltar, permitir que caiam e se levantem. A Bíblia nos ensina que até o filho pródigo precisou experimentar a escassez para voltar ao pai com arrependimento e maturidade (Lucas 15:11-32).
A maternidade equilibrada não é ausência de cuidado, mas sabedoria em discernir quando agir e quando esperar. Ansiedade não pode ser bússola; fé e confiança no Senhor precisam guiar nossas decisões.
"O filho que não aprende com seus próprios passos, jamais caminhará com firmeza."
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