A Andorinha e o Pardal: Quem Habita, Quem Permanece?
“Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde ponha os seus filhotes, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.”
(Salmo 84:3 – ARC)
A Analogia
A andorinha é uma ave leve, elegante, veloz — símbolo da liberdade, do movimento e, muitas vezes, do entusiasmo. Ela migra com as estações. Procura o calor, o ambiente favorável, e se vai quando as condições mudam.
O pardal, por outro lado, é simples. Sem plumagem formosa, sem canto encantador, quase invisível ao olhar humano. Mas ele permanece, mesmo quando o frio chega, mesmo sem honra, mesmo sem reconhecimento.
Aplicação espiritual
A andorinha representa aqueles que buscam Deus apenas quando há calor:
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Quando sentem emoção.
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Quando os cultos são “avivados”.
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Quando tudo está a favor.
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Quando há milagres, visões, sinais.
Mas, assim que a emoção cessa, ou quando vêm os invernos espirituais, voam para longe. São os que buscam um Deus sensorial, condicional, que apenas “sente bom” quando está tudo bem.
O pardal representa os fiéis silenciosos:
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Que permanecem mesmo sem sentir.
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Que não têm palco, nem aparência chamativa.
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Que adoram quando há silêncio, frio, solidão.
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Que encontram seu lugar junto ao altar, não pelos benefícios, mas por quem Deus é.
Ambos habitam o templo… mas só um permanece.
A andorinha faz ninho provisório. O pardal encontra casa.
Casa é compromisso. Ninho é abrigo temporário.
A andorinha voa quando muda o clima. O pardal fica, mesmo desprezado.
Reflexão para o coração
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Sou andorinha ou pardal?
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Permaneço junto ao altar mesmo quando não há glória visível?
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Tenho um relacionamento com Deus baseado em quem Ele é ou no que Ele me proporciona?
Conclusão
Deus não está procurando adoradores passageiros. Está à procura de pardais — fiéis humildes, constantes, que encontram sua morada junto ao altar.
Porque, no final, não é quem voa mais alto que será lembrado… mas quem permanece até o fim.
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