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O Mel da Promessa Cumprida em Cristo - Ano 5786

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Hoje é 22 de setembro de 2025 , um dia que carrega tanto o peso do calendário civil quanto o perfume do calendário bíblico. No calendário gregoriano, marca a transição entre as estações — o equinócio de primavera no hemisfério sul e o equinócio de outono no hemisfério norte. Já no calendário judaico, estamos no 29º dia do mês de Elul, ano 5785 , às vésperas de um tempo sagrado. Ao pôr do sol de amanhã, dia 23 de setembro de 2025 , inicia-se Rosh HaShanah (1º de Tishrei, 5786), o Ano Novo judaico. É o começo de um ciclo de dez dias de arrependimento , que culminam em Yom Kippur (Dia da Expiação), no 2 de outubro de 2025 . Assim, este 22 de setembro é um marco: o último dia do ano judaico 5785 , um tempo de preparar o coração para entrar no novo ano — 5786 — em santidade, reflexão e esperança. O Rosh HaShanah, o Ano Novo Judaico é um tempo sagrado de reflexão, renovação e oração no calendário bíblico. Este período nos convida a olhar para trás com gratidão, a reconhecer nossas fal...

Entre flores de lavanda e café em grãos: Confissões e Graça

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Na última reunião do nosso ministério das Esposas de Fé, éramos oito mulheres reunidas em torno de flores de lavanda e o aroma acolhedor de café em grãos puros. O espaço era simples, mas carregado de presença, cuidado e expectativa silenciosa de Deus. Cada detalhe — a cor suave das flores de lavanda, o suave saber do café em grãos, bolos, biscoitos e o murmúrio  das conversas — uma preparação  para algo mais profundo. Enquanto nos servíamos, precisei enfrentar minha própria vulnerabilidade: para poder me alimentar, tive que tirar a placa odontológica que uso para em virtude  da falta de um meu dente central da boca. Um gesto simples, mas que revelou minha necessidade de verdade, para poder saborear aos quitutes da mesa posta. Esse era um detalhe tão pequeno, perto de tudo o que o Senhor queria descobrir.... O encontro se transformou em um espaço de sinceridade profunda. Uma mulher compartilhou seu sentimento de inadequação ao aconselhar outras mulheres, porque não se se...

Martires Cristãos do Século 21: A Coragem de Maung Than

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  Em março de 2002, Maung Than, um cristão em Mianmar, tornou-se um exemplo vivo do que significa ser fiel a Cristo, mesmo diante da morte. Ao escolher abandonar a religião tradicional de sua família, ele rompeu com tradições milenares e se tornou alvo de ódio, inclusive dentro de sua própria casa. Seu tio gritou: “Você é do nosso sangue, e a menos que volte às nossas tradições, eu mesmo tomarei de volta o seu sangue!” A fé de Maung Than chamou a atenção da ditadura militar. Ele foi preso sob acusações falsas e levado à morte por professar sua crença. Dois amigos cristãos, Maung Maung e Kam Lian Ceu, tentaram visitá-lo para encorajá-lo e compartilhar o Evangelho, enfrentando resistência das autoridades. Quando finalmente puderam falar com ele, Than não pediu salvação para si mesmo; pediu que seus amigos levassem o Evangelho à sua região e permanecessem fiéis até a morte . Pouco depois, ele foi executado por um policial, mas seu testemunho permanece vivo. Lições para toda a igr...

A Fé que Abre Portas

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A história de Rode, encontrada em Atos 12, é uma narrativa curta, mas extremamente rica e significativa para a fé cristã. Embora apareça apenas brevemente nas Escrituras, seu exemplo nos ensina lições profundas sobre coragem, fé, sensibilidade à voz de Deus e a importância da oração na vida da igreja primitiva. Rode é mencionada como uma jovem serva da igreja que desempenha um papel crucial na libertação de Pedro, preso pelo rei Herodes Agripa. Seu nome, que em grego significa “rosa”, reflete não apenas a delicadeza que se associa à feminilidade, mas também a força e o perfume da fé inabalável, que se espalha mesmo em tempos de crise. Contexto Histórico e Bíblico Atos 12 começa com uma perseguição intensa aos seguidores de Jesus. Herodes Agripa, motivado por ambição política e ódio ao movimento cristão, ordena a execução de Tiago, irmão de João, e a prisão de Pedro. Este período é marcado por medo, insegurança e ameaça constante de morte. A prisão de Pedro era estratégica: Herodes pre...

Significado Espiritual da palavra "mel" no Rosh Shana

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Cada letra hebraica da palavra דבש (dvash – “mel”) possui profundo simbolismo espiritual  que amplia o sentido do termo na tradição judaica[3][6][7][8][5]. Dalet (ד) Dalet é a quarta letra do alfabeto hebraico e seu nome literalmente significa “porta”[6][8][3]. Ela simboliza humildade, abertura e transição – o portal entre um estado e outro. Espiritualmente, representa a disposição de reconhecer a própria dependência de Deus e a abertura para receber bênçãos. Na cabalá, dalet também remete ao conceito de autotranscendência e ao conhecimento de que toda provisão vem d’Ele, não dos próprios méritos[8]. Bet (ב) Bet é a segunda letra do alfabeto hebraico, com o valor numérico dois[7][3]. Seu significado literal é “casa”, e ela é associada a bênção, proteção e acolhimento. Bet sugere o lugar da habitação divina no mundo físico, além de ser a primeira letra do Gênesis (“Bereshit”). Espiritualmente, bet representa dualidade e a criação de um espaço onde o sagrado se manifesta[...

De Amargura a Doçura: A Promessa de Rosh Hashaná

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Estamos às portas de Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico — um tempo marcado por reflexão, busca de renovação e oração. Um dos gestos mais conhecidos dessa celebração é mergulhar a maçã no mel, sinal de esperança por dias doces e carregados da bondade de Deus.   Contudo, quando voltamos às Escrituras, o mel (*dvash*, דבש) não aparece apenas como algo saboroso, mas como um **símbolo profético da própria fidelidade de Deus**. Não é apenas doçura na boca, mas uma promessa profunda que se revela no idioma da aliança.   Na Torá, ao dizer: “Eu vos levarei a uma terra boa e espaçosa, terra que mana leite e mel” (Êxodo 3:8), o Senhor não fala apenas de fertilidade agrícola, mas de um estado de vida pleno, onde cada detalhe da criação transborda de cuidado e providência. O *dvash* em hebraico carrega peso de destino, redenção e pacto — a passagem da escravidão à liberdade, da amargura da servidão para a doçura da promessa cumprida.   Esse termo simples, “mel...

Como um Unguento Derramado diante do Amado

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Há uma imagem recorrente nas Escrituras que fala de perfume, nardo e unguento derramado diante de Deus. Essa linguagem não é apenas poética, mas profundamente espiritual, revelando a essência da adoração verdadeira. No Cântico dos Cânticos 1:3 , a noiva declara: "Suave é o aroma dos teus ungüentos; como unguento derramado é o teu nome; por isso as virgens te amam." O nome do Senhor é comparado a um perfume precioso que se espalha, trazendo vida, consolo e desejo de proximidade. Assim também deve ser a vida do adorador: um vaso que, ao se quebrar, exala um aroma que enche toda a casa (João 12:3). Maria de Betânia nos mostra isso ao derramar o nardo puro sobre os pés de Jesus (João 12:3). O nardo era caro, reservado a ocasiões especiais, mas Maria não o reteve. Ela reconheceu que a presença do Mestre valia mais que qualquer tesouro terreno. Ao se prostrar, entregou não apenas o perfume, mas sua devoção, sua gratidão e todo o seu ser. A verdadeira adoração não nasce do qu...