Sangue no Velho e Novo Testamentos


O sangue ocupa lugar central nas Escrituras e, para o cristianismo, ele atinge seu clímax na cruz de Cristo. No Antigo Testamento, especialmente em Levítico, Deus ordenou sacrifícios de animais, com derramamento de sangue, como meio de expiação pelos pecados do povo (Lv 17:11). Esses rituais apontavam para algo maior: o sacrifício perfeito que viria em Jesus, o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).

Com a destruição do Templo em Jerusalém, os sacrifícios prescritos na Lei deixaram de ser realizados, e o judaísmo desenvolveu práticas de expiação centradas no arrependimento, na oração e em atos de justiça. Já o cristianismo vê na morte e ressurreição de Cristo o cumprimento e a substituição definitiva de todo o sistema sacrificial. Para os cristãos, o sangue de Jesus inaugurou a Nova Aliança (Mt 26:28), purificando a consciência e abrindo acesso direto a Deus (Hb 9:13-14; 10:19-22).

Enquanto a Lei de Moisés exigia repetidos sacrifícios para purificar cerimonialmente o povo, o evangelho proclama que Jesus ofereceu-se “uma vez por todas” (Hb 10:10), realizando uma expiação eterna e perfeita. Por isso, a fé cristã afirma que “sem derramamento de sangue não há perdão” (Hb 9:22) — e esse sangue é o de Cristo, suficiente para justificar, reconciliar e dar vida eterna a todos os que creem (Rm 5:9; Ef 2:13; Cl 1:20).

Assim, o que no Antigo Testamento era sombra e figura, no Novo se cumpre plenamente em Jesus: o sacrifício final e completo, onde o sangue não apenas cobre o pecado, mas o remove para sempre.

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