Antes que os portões se fechem
A imagem dos portões é recorrente nas Escrituras. Os portões eram lugares de decisão, de juízo e de proteção. Neles se assentavam os anciãos para julgar (Rute 4:1), e através deles a cidade podia ser guardada ou exposta. Quando os portões se fechavam, nada mais entrava, nada mais saía. Era sinal de segurança, mas também de limite.
Assim também é com a nossa vida diante de Deus: há um tempo em que os portões da graça estão abertos, e outro em que eles se fecharão. Jesus disse: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24).
Enquanto a porta está aberta, é tempo de arrependimento, reconciliação e fé. Mas o fechamento dos portões anuncia o fim da oportunidade. A parábola das dez virgens deixa isso claro: quando o Noivo chegou, as prudentes entraram, “e fechou-se a porta” (Mateus 25:10). As néscias chegaram depois, mas ouviram a sentença terrível: “Não vos conheço”.
O perigo da vida moderna é viver como se os portões nunca fossem se fechar. Corremos atrás de conquistas, acumulamos distrações, e adiamos decisões eternas. Contudo, a Palavra nos confronta: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 3:15).
Os portões também apontam para a eternidade. No Apocalipse, João viu a Nova Jerusalém com portões sempre abertos, pois ali não haverá noite (Ap 21:25). Mas, antes de chegar a esse destino, precisamos passar pelos portões do juízo divino. Jesus é a Porta (João 10:9), e somente por Ele podemos entrar.
Antes que os portões se fechem, somos chamados a vigiar, a purificar nossas vestes, a abandonar o pecado escondido e a alinhar nossa vida com a Palavra. A oportunidade não será eterna. O tempo é agora.
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