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Hebraico Biblico: O nome de Isaque

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  Há momentos na vida em que o inesperado nos surpreende, muitas vezes despertando uma reação espontânea que mistura dúvida, medo e incredulidade. Assim foi quando Sara, já avançada em idade, ouviu a promessa de que teria um filho. Sua primeira reação foi rir — não de alegria, mas de descrença. Um riso que brota do impossível, daquilo que a razão humana julga improvável (Gênesis 18:12). Mas Deus, que vê além do visível, ouve esse riso de Sara e o transforma em algo muito maior. Ele dá um nome ao filho prometido:  Isaque (Yitzchak)  — que significa literalmente “ele ri” ou “laughter” em hebraico, derivado da raiz צחק,  rir . Esse nome não é apenas um título, mas uma resposta divina, um gesto de amor que eterniza a fé diante da dúvida. O riso de Sara se torna um símbolo, um marco dessa aliança que o Senhor estabelece com Abraão e sua descendência. Deus, assim, nos mostra que até mesmo nossos momentos de fraqueza, de dúvidas e de risos desconfiados — que parecem nos rev...

A Fé que nos foi Confiada

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  📖 “Amados, enquanto eu me esforçava para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, tive por necessidade escrever-vos, exortando-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” — Judas 1:3 A fé não é fruto da invenção humana, mas sim um presente divino. Ela nasce de Deus e, como toda dádiva, precisa ser cultivada. Jesus comparou talentos a algo que deve ser multiplicado — e a fé segue o mesmo princípio. Além disso, a Palavra nos lembra que a fé também é um fruto do Espírito. Ou seja, precisa ser regada, cuidada e protegida. Lutando pela Fé O inimigo sempre tentou enfraquecer a fé dos filhos de Deus. Satanás desejou peneirar Pedro como trigo, mas Jesus intercedeu por ele para que sua fé não desfalecesse (Lc 22:31-32). O mesmo Senhor que orou por Pedro ora por nós. Quantas vezes nos identificamos com o pai desesperado que clamou a Jesus: “Eu creio, ajuda a minha incredulidade!” (Mc 9:24). Essa oração sincera revela que a fé, embora seja um presente, precisa d...

Antes que os portões se fechem

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A imagem dos portões é recorrente nas Escrituras. Os portões eram lugares de decisão, de juízo e de proteção. Neles se assentavam os anciãos para julgar (Rute 4:1), e através deles a cidade podia ser guardada ou exposta. Quando os portões se fechavam, nada mais entrava, nada mais saía. Era sinal de segurança, mas também de limite. Assim também é com a nossa vida diante de Deus: há um tempo em que os portões da graça estão abertos, e outro em que eles se fecharão . Jesus disse: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24). Enquanto a porta está aberta, é tempo de arrependimento, reconciliação e fé. Mas o fechamento dos portões anuncia o fim da oportunidade. A parábola das dez virgens deixa isso claro: quando o Noivo chegou, as prudentes entraram, “e fechou-se a porta” (Mateus 25:10). As néscias chegaram depois, mas ouviram a sentença terrível: “Não vos conheço” . O perigo da vida moderna é viver como se os ...

Antes que os Portões se Fechem

  A imagem dos portões é recorrente nas Escrituras. Os portões eram lugares de decisão, de juízo e de proteção. Neles se assentavam os anciãos para julgar (Rute 4:1), e através deles a cidade podia ser guardada ou exposta. Quando os portões se fechavam, nada mais entrava, nada mais saía. Era sinal de segurança, mas também de limite. Assim também é com a nossa vida diante de Deus: há um tempo em que os portões da graça estão abertos, e outro em que eles se fecharão . Jesus disse: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24). Enquanto a porta está aberta, é tempo de arrependimento, reconciliação e fé. Mas o fechamento dos portões anuncia o fim da oportunidade. A parábola das dez virgens deixa isso claro: quando o Noivo chegou, as prudentes entraram, “e fechou-se a porta” (Mateus 25:10). As néscias chegaram depois, mas ouviram a sentença terrível: “Não vos conheço” . O perigo da vida moderna é viver c...

Entre o que eu quero e o que eu preciso fazer

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Hoje, ao reler a carta de Judas, encontrei-me refletindo profundamente sobre algo que sempre me perseguiu: a diferença entre aquilo que eu desejo fazer e aquilo que realmente preciso fazer. Judas começa sua carta revelando algo muito humano—ele queria muito escrever sobre a salvação que partilhava com seus irmãos. Essa era sua opinião, seu desejo, talvez até mesmo sua paixão do momento. Mas à medida que ele escrevia, percebeu que Deus o constrangia a falar do que era, de fato, necessário: encorajar os fiéis a lutarem pela fé que receberam. É fácil para mim listar o que passa pela minha cabeça. Minhas opiniões, vontades, preferências... tudo isso flui como um rio caudaloso dentro de mim. Sinto vontade de comentar sobre tantos temas, sair correndo para defender minhas ideias, compartilhar toda paixão que me move. Mas será que tudo o que penso, tudo o que quero precisa realmente ser dito ou feito? Judas percebeu que não. Nem eu. Com o tempo e com tropeços, entendi que há um chamado Divi...

O Calendário Bíblico e o Mês de Elul: Um Ritmo Vivo de Arrependimento e Renovação

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O calendário bíblico não é apenas um registro histórico, mas um pulso vivo que desafia a alma a se renovar anualmente. Entramos agora no mês de  Elul , um período profundamente significativo no calendário judaico, conhecido como a "temporada da misericórdia". É um tempo em que os portões do perdão se abrem amplamente, convidando a uma jornada espiritual rumo à renovação interna. Elul antecede as grandes festividades de  Rosh Hashaná  e  Yom Kipur , momentos em que a humanidade é chamada a prestar conta e buscar a reconciliação com Deus. A Escritura aconselha: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55:6), lembrando-nos da urgência deste chamado. Mais do que um período de arrependimento, Elul é um convite divino para a  teshuvá  — um retorno sincero a Deus, um reencontro com os caminhos e a vida que Ele propõe. O som do  shofar  que ressoa todas as manhãs de Elul é o chamado para despertar a alma. Paulo ecoa ...

Paz duradoura

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A paz é um desejo universal, mas muitas vezes parece difícil de alcançar. Mesmo lendo a Bíblia, participando da igreja e mantendo hábitos espirituais, ainda podemos nos sentir esgotados, presos e desconectados de nossa própria alma. Vivemos cercados por distrações, pressão e barulho constante. Queremos calma e clareza, mas a paz parece escapar pelas nossas mãos. Gálatas 5:22 nos lembra que a paz não é algo que se fabrica ou se conquista por esforço próprio. Ela é fruto do Espírito, uma obra de Deus que cresce quando nossa alma é nutrida pela Sua presença. Por que a paz é tão difícil de manter O Espírito não pode ser alimentado em meio a ansiedade, pressão ou distrações. Alimentar a alma com preocupações impede que a paz floresça. Cada pensamento, conversa ou hábito impacta sua vida interior. Eles podem alimentar seu estresse ou nutrir seu espírito. A paz surge quando alimentamos aquilo que fortalece o espírito, e não aquilo que reforça medo, tristeza ou tensão. Como nutrir a alma ...