O orgulho na vida do cristão

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Numa geração que lê mais livro de auto ajuda do que a Bíblia, confunde-se a palavra orgulho com auto-estima. Na Bíblia fala que devemos submeter a nossa carne, porém a auto ajuda diz que devemos nos amar em primeiro lugar. O que antes chamava-se orgulho, hoje chama-se auto-estima
Na ocasião da torre de Babel, Deus puniu o povo, que motivado ao orgulho de construir a maior torre, foram castigados. 
No mundo capitalista de hoje,  constroem-se grandes torres e chama-se isso de empreendedorismo

O verbo hebraico ga·ʼáh significa literalmente “ficar alto; tornar-se elevado” e é a raiz de numerosas palavras hebraicas que transmitem a idéia de orgulho. Estas formas aparentadas são traduzidas por “altivez”, “exaltação de si”, e, tanto no bom como no mau sentido, por “alteza” e “superioridade”. — Jó 8:11; Ez 47:5; Is 9:9; Pr 8:13; Sal 68:34; Am 8:7.
A palavra grega kau·khá·o·mai, que significa “jactar-se, vangloriar-se, exultar”, também é usada tanto no bom como no mau sentido, sendo isto determinado pelo contexto. — 1Co 1:29; Ro 2:17; 5:2.
O Orgulho É Enganoso e Destrutivo. O orgulhoso talvez não reconheça que é orgulhoso, e talvez atribua suas ações a outras causas, a fim de evitar ter de encarar seu orgulho. Toda pessoa deve examinar cabalmente a si mesma e as suas motivações, para ver se tem essa característica ruim. O apóstolo Paulo mostra a necessidade da motivação correta, e o conhecimento que a pessoa deve ter de si mesma neste respeito, ao dizer: “Se eu der todos os meus bens para alimentar os outros, e se eu entregar o meu corpo, para jactar-me [kau·khé·so·mai], mas não tiver amor, de nada me aproveita.” — 1Co 13:3.
Portanto, o orgulho deve ser desarraigado da personalidade da pessoa, para seu próprio bem. E, mais importante ainda, isso tem de ser feito, se a pessoa espera agradar a Deus. Deve-se até mesmo odiar o orgulho, pois a Palavra de Deus diz: “O temor de Jeová significa odiar o mal. A exaltação de si próprio e o orgulho, bem como o caminho mau e a boca perversa eu tenho odiado.” — Pr 8:13.
Quem não se livrar de seu orgulho sofrerá. “O orgulho vem antes da derrocada e o espírito soberbo antes do tropeço.” (Pr 16:18), e “a casa dos que se enaltecem, Jeová a derrubará”. (Pr 15:25) Há numerosos exemplos de derrocada que pessoas, dinastias e nações orgulhosas sofreram. — Le 26:18, 19; 2Cr 26:16; Is 13:19; Je 13:9; Ez 30:6, 18;32:12; Da 5:22, 23, 30.
O orgulho é enganoso. Aconselha o apóstolo Paulo: “Se alguém acha que ele é alguma coisa, quando não é nada, está enganando a sua própria mente.” (Gál 6:3) O orgulhoso parece estar seguindo o proceder mais proveitoso ou lucrativo para ele, mas não leva a Deus em conta. (Veja Je 49:16; Re 3:17.) A Bíblia diz: “Melhor é ser humilde em espírito com os mansos, do que repartir despojo com os que se enaltecem.” — Pr 16:19.
Jactância. O verbo grego kau·khá·o·mai (jactar-se), é muitas vezes usado no sentido de orgulho egoísta. A Bíblia mostra que homem algum tem qualquer base para jactar-se de si mesmo ou de suas realizações. Na congregação cristã de Corinto, alguns estavam enfunados de orgulho de si mesmos ou de outros homens, causando divisões na congregação. Pensavam de modo carnal, voltando-se para os homens, em vez de para Cristo. (1Co 1:10-13; 3:3, 4) Tais homens não visavam o bem-estar espiritual da congregação, mas queriam jactar-se de aparências, não desejando realmente ajudar concristãos a desenvolverem um bom coração perante Deus. (2Co 5:12) Por conseguinte, o apóstolo Paulo repreendeu severamente a congregação, mostrando que não havia lugar para eles se jactarem de alguém, a não ser de Jeová Deus e do que Ele fizera por eles. (1Co 1:28, 29; 4:6, 7) A regra era: “Quem se jactar, jacte-se em Jeová.” — 1Co 1:31; 2Co 10:17.
Tiago, meio-irmão de Jesus, foi até mais além em condenar os que se jactavam sobre certos projetos mundanos que tencionavam executar, dizendo-lhes: “[Vós] vos orgulhais de vossas fanfarrices pretensiosas. Todo esse orgulho é iníquo.” — Tg 4:13-16; veja também Pr 27:1.
Uma Conotação Boa. A palavra hebraica ga·ʼáh, a palavra grega kau·khá·o·mai e suas formas aparentadas são também usadas em sentido favorável com respeito ao orgulho ou deleite oriundo duma ação ou duma posse. O salmista referiu-se a Israel como “o orgulho de Jacó, a quem [Jeová] amou”. (Sal 47:4) Isaías, numa profecia de restauração, disse que os frutos da terra seriam “algo de que se orgulhar”. (Is 4:2) O apóstolo disse à congregação tessalônica que, em resultado de sua fé, de seu amor e de sua perseverança, ‘orgulhava-se deles entre as congregações de Deus’. (2Te 1:3, 4) Os cristãos orgulham-se de ter a Jeová como seu Deus, de terem chegado a conhecê-lo e de que ele os reconheceu. Seguem o princípio: “Quem se jacta, jacte-se da seguinte coisa: de ter perspicácia e de ter conhecimento de mim, que eu sou Jeová, Aquele que usa de benevolência, de juízo e de justiça na terra.” — Je 9:24; compare isso com Lu 10:20.

Sempre ouço de alguns cristãos - do meio evangélico  - uma teologia onde todos os pecados são iguais, e que não existe “pecadinho ou pecadão”, já que para Deus, não existe um sujo e outro sujo e meio.

O raciocínio faz com que muitos não percebam que um falso testemunho não tem o mesmo poder destrutivo de um adultério ou assassinato. Verdade é que, embora a doutrina dos sete pecados capitais faça parte do catecismo católico (ou seja, posso me abster desta doutrina por ser protestante), vale o conhecimento já que no inicio da Igreja isso era algo inerente ao que se aprendia, como por exemplo: que um pecado pode ter um peso destrutivo maior que outro, ou gerar novas crias, como na lenda de Lilith e suas crias demoníacas, geradas através da cópula com o próprio diabo.

Nós, de descendência latina, e que tivemos a formação religiosa a partir da  origem doutrinária católica (como a maioria dos brasileiros), enxergamos no  sexo o grande pecado, quando a “luxúria”, a forma sexual exagerada e deturpada, está bem abaixo na “hierarquia” das maldades humanas, listada entre os sete pecados capitais.

Os chamados pecados capitais teriam a capacidade de gerar pecados menores, a inveja gera o ódio, a gula gera a ganância, a ira se auto propaga.

A Soberba (ou orgulho, vaidade, arrogância) é considerado por alguns teólogos da antiguidade - como Agostinho – como um pecado acima dos outros, o “or concur” das ofensas a Deus.

Você certamente conhece aquela pessoa “que se acha”, que olha os outros de cima para baixo, e que sempre buscou ser mais do que os outros para poder olhá-las assim. Aquele tipo que sorri intima e maliciosamente ao ver o trabalho alheio, pensando: “que lixo...”. Ele sempre está certo, nunca pode ser confrontado, questionado, e se por acaso o poder chegou-lhe às mãos, atribui sempre tal oportunidade a seus dons e atributos pessoais.

Estão pelo mundo, em locais bons e maus, em bandidagens e púlpitos, suas reações violentas são justificadas pela ameaça de maculação ao seu objeto de adoração: seu próprio ego.

Massagear seu ego é sua fraqueza, pois vivem para sua auto-gestão, e sua presunção o cega: “Quem seria capaz de atingir alguém como eu? Sou imbatível!”

Se você souber como, enriqueça comprando essas pessoas pelo preço que valem, e as vendendo pelo preço que elas pensam que valem.

Não confunda a soberba com a noção pessoal de sua própria capacidade, seja ela profissional, emocional, espiritual, pois Deus dá a cada um a sua medida e para Seus propósitos (nestes, daremos conta de como e para que fins foram usados).

A soberba foi a razão da queda do Querubim da Guarda, conhecido atualmente como Satã. Ele, sendo criatura, queria estar acima de Deus, e colocar seu trono acima do Dele (uma criatura no comando do universo seria a bancarrota da existência. Por isso, o diabo não tem reino, e nem almeja isso. Ele visa apenas destruição, a não-existência de qualquer espécie).

Caído, usou o mesma “receita” para com o primeiro casal humano. Argumentou:  “Serás como Deus... saberás como Ele...(o que não era mentira nesse caso). O que seduziu o casal era o desejo de ser mais. Eis a queda do homem, eis sua bancarrota anunciada e explicita.

O Criador abomina o egocentrismo, causa da necessidade de todo um plano de redenção. Sim, olhando a princípio não parece algo tão terrível quanto o “sexo”, por exemplo. Deus está exagerando nesse processo de auto-estima exagerada. Mas perceba que esse mal está tão arraigado em nós, seja em nosso ambiente de trabalho onde juramos sermos superiores, seja nos púlpitos vaidosos onde pessoas imaginam suas interpretações e formas, e fazem – muitas vezes de forma truculenta – valer sua opinião.

Deus os coloca em lugares escorregadios, e eles imaginam que esses lugares são eternamente contornáveis, que não existe queda eminente embora tenham consciência que onde estão é lugar feito para queda. Eles não abrem mão de estarem nesse lugar, e o Todo-poderoso os mantém lá, até que concluam seu destino trágico, ou se arrependam.

O Salmo 73 conta a história de um salmista invejando o sucesso dos soberbos. A arrogância em si gera outros pecados de forma fractal, prolongando seus galhos como as folhagens de uma samambaia. A violência é justificada pelo ego, a mentira, o falso testemunho é usado contra aquele que ameaça o ego que quer se agigantar, causando outros sentimentos, que geram novos pecados, como na teoria do Caos.

Sei que falar de pecados é algo desinteressante, ou mesmo desconfortável. Mas é por eles que o sangue é necessário, o sangue do Cordeiro que tira os pecados do mundo. Não podemos tratar isso de forma tão espúria.

6 Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro. 7 Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido? 3 resultados da soberba na vida do cristão 1. Abandono do ensino bíblico em função da confiança nos critérios pessoais (6) 2. Desprezo para com a soberania de Deus e sua atuação graciosa nos crentes (7a) Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. (Jo 3.27) Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. (Tg 1.17) 3. Busca de méritos pessoais pelas obras realizadas por Deus (7b) Resumo: O soberbo despreza:  As palavras de Deus.  A soberania de Deus.  A glória de Deus. Aplicações Práticas: É preciso valorizar o ensino bíblico quando nos parece que os meios humanos são suficientes para resolver problemas e indicar os rumos da Igreja do Senhor. É dever de todo crente reconhecer o poder e o senhorio absoluto de Deus sobre seu povo e, assim, viver sob sua graça e autoridade. É necessário que os crentes rendam todo louvor a Deus e lembrem que o egocentrismo é extremamente prejudicial à Igreja.
FRASES REFERENTE AO ORGULHO:
O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.
Santo Agostinho
O orgulhoso prefere perder-se a perguntar qual é o seu caminho.
Winston Churchill
Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.
Santo Agostinho



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