Quando a pandemia acabar, não seremos mais os mesmos


Quando tudo acabar, nunca mais seremos os mesmos…
Quando o mundo voltar ao seu ritmo acelerado e nós pudermos novamente sair de nossas casas, piscando os olhos com o brilho do sol exagerado

Quando pudermos ir para a praça passear e dançar, em meio a uma chuva serena que vem para nos refrescar 

Quando nos pudermos simplesmente respirar sem ter medo de nos contagiar, 
Quando os profissionais de saúde  puderem dormir, descansar, e até mesmo chorar ... 

Quando encontrarem a paz de poder voltar para casa, mesmo depois de tudo que viram e sentiram

Quando as famílias enterrarem os seus entes queridos que sucumbiram na pandemia exauridos

Tais como heróis de uma guerra sem vitoriosos 

Quando todos aqueles que lutaram por suas vidas tiverem suas rotina restauradas

Nos nunca mais seremos os mesmos. 

Nunca mais tomaremos como direito adquirido e garantido as liberdades de fazer as coisas mais banais como brincar de roda com nossos filhos e netos

Saberemos valorizar a ida até a sorveteria para comprar um picolé 

Quem sabe um brinquedo na loja do bairro para levar para nossos netos e receber em troca um abraço apertado

Nunca mais tomaremos como garantido o privilegio de nos juntar com nossos amigos e familiares ao redor de uma mesa, para adorarmos ao Senhor e repartir o pão. 

Nunca mais tomaremos como certo um aperto de mão. Quem sabe um abraço ou um beijo de saudação. 

Nunca mais daremos como garantido o que agora foi perdido.

Nos fomos despertados.

Fomos despertados  porque, embora pensássemos que estávamos no controle, nunca realmente estávamos. 

Estamos cientes de como a vida é frágil e que o Autor da Vida é o único no controle. Buscamos mais a Deus. 
Fomos despertados  para o quanto estamos conectados um ao outro. Não apenas para nossas famílias e amigos, mas estamos conectados a pessoas do outro lado do mundo. O destino deles e o nosso destino estão delicadamente entrelaçados. 

Seremos mais responsáveis. 

Seremos despertados  para quem realmente somos. Veremos que podemos ser nobres e heroicos, mesmo com algo tão simples quanto simplesmente permanecermos em casa. 

Perceberemos que o que realmente valorizamos não é o material da vida, mas são as pessoas em nossas vidas ... e muitas vezes, até mesmo as pessoas que nem conhecemos. 

Veremos que temos o que é preciso para fazer o que é necessário para o bem comum. Seremos mais nobres.

Fomos despertados  para as necessidades dos outros. 
Foi-nos pedido que diminuíssemos o ritmo por causa daqueles que são do grupo de risco. 
E nós fizemos isso. 
Fechamos negócios, cancelamos eventos lucrativos, atrasamos as viagens dos sonhos. 
Paramos de fazer o que pode prejudicar ao próximo. 
Despertamos para finalmente ver as necessidades de todos os que estão em risco entre nós. 
Enxergamos  os pobres e desfavorecidos de uma nova maneira e devemos agir de forma diferente, de forma consciente

Fomos despertados  para os nossos limites. 
Percebemos que,  embora nossos líderes mundiais procurem fazer o que é necessário e melhor para o bem comum, eles também são limitados. 

Eles não sabem com certeza o que fazer - e, no entanto, lideram corajosamente. Para nós individualmente, há também muita coisa que não entendemos. 
Mas nós cumprimos. Estamos mais humildes .

Fomos despertados  para nossas lacunas pessoais e institucionais. Para nós, pessoalmente, percebemos o quanto precisamos de participar de uma comunidade . 
Entramos em contato e nos conectamos de maneiras que nunca fizemos.
Construímos uma rede social que gostaríamos de ter implantado antes. 

Para a igreja-templo, também perceberemos onde estão as lacunas em nossa maneira de fazer e ser uma comunidade. 
Podemos analisar se construímos um grupo que pode sustentar a falta de reuniões semanais. 
Perguntamos e procuramos as respostas para vários questionamentos:
Afinal, o que significa ser a igreja? 
Em nosso isolamento, emergimos com um novo compromisso com a comunhão. 

Quando isso acabar, nunca mais seremos os mesmos.

Este é o meu desejo!







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