ANO 5782 - O ANO SHEMITAH
Rosh Hashaná (o ano novo judaico) para o ano hebraico 5782 começou em Segunda-feira, 6 de setembro de 2021 e termina ao anoitecer em Quarta-feira, 8 de setembro de 2022.
Rosh Hashanah (hebraico: ראש השנה ), (literalmente "cabeça do ano"), é o Ano Novo judaico, sendo celebrado dez dias antes do Yom Kippur. Rosh Hashanah é observado nos primeiros dois dias de Tishrei, o sétimo mês do calendário hebraico.
O ANO DE SHEMITAH
O ano de 5782 é o ano de Shemitah, ou seja, o último ano de um ciclo de sete anos. Um ano de perdão da dívida e uso da terra prescrito para Israel no Antigo Testamento.
A cada sete anos, o povo de Israel era instruído a perdoar dívidas de outros israelitas, abster-se de cultivo direto e permitir que pessoas e animais colhessem todo o cultivo de safras que ainda houvesse.
As instruções relativas ao Shemitah são mencionadas em passagens como Êxodo 21: 2 ;23: 10-11 ; Levítico 25: 1–7 ; Deuteronômio 15: 1–6 ; e 31: 10–13.
O objetivo da Shemitah era permitir que a terra se recuperasse da agricultura, bem como fornecer sustento para os pobres, ao mesmo tempo que interrompia o ciclo de dívida perpétua e pobreza em que muitas pessoas se encontravam presas. Este ano sabático refletiu a decisão de Deus de descansar no sétimo dia da criação Gênesis 2: 1-3. Tal como acontece com muitos conceitos religiosos, existem diferentes interpretações do ano sabático dentro de cada uma das várias vertentes do Judaísmo.
Historicamente, a Shemitah parece ter sido praticamente ignorada pelo Judaísmo, mesmo nos dias do Antigo Testamento. Hoje, o único aspecto do ano sabático em Israel que parece ser mantido é a proibição de certos tipos de exportação de alimentos para safras realmente cultivadas dentro dos limites de Israel durante o sétimo ano do ciclo. As razões modernas para rejeitar esta lei envolvem alegações de que as leis agrícolas só se aplicam dentro das fronteiras de Israel e que geralmente não estão mais em vigor, cancelando assim as leis associadas sobre perdão de dívidas.
Estudiosos hebreus e líderes religiosos criaram interpretações e leis religiosas que restringem a Shemitá. Um exemplo é definir o perdão da dívida como apenas aplicável a dívidas privadas e, em seguida, tornar todas as dívidas privadas uma questão de registro público para anulá-las de Shemitah. Outro exemplo permite que os judeus tenham suas terras cultivadas por não-judeus durante o sétimo ano para escapar de Shemitá. A utilização de estufas ou certidões especiais aos fazendeiros são dadas, de modo a criar brechas para o não cumprimento, ou um cumprimento parcial (texto em inglês).
Hoje, a prática bíblica de Shemitah continua a ser observada na moderna nação de Israel sob jurisdição rabínica por apenas uma minoria de judeus praticantes. No entanto, as lacunas permitem o cultivo hidropônico em estufas estruturadas de forma que as plantas não fiquem ligadas ao solo e, portanto, livres do mandamento. Além disso, as importações internacionais de alimentos compensam a falta remanescente de produtos locais.
Muito parecido com o que vemos em vários segmentos religiosos cristãos, onde sempre se procura uma maneira de justificar a falta de obediência a Deus. Te convido em refletir algumas questões:
Como este ano Shemitah ocorre um contexto contemporâneo em Israel, em todo o mundo no corpo de Cristo, na nossa família e para cada um de nós individualmente?
Como podemos nos preparar para viver o ciclo Shemitah no âmbito econômico, social, ambiental e ministerial?
O ano sabático, o Shemitah não foi criado apenas para que a terra descansasse, mas para que as pessoas tivessem seu ano para se dedicar ao estudo da palavra de Deus. É o ano em que devemos nos dedicar mais e mais a conhecer o "chasown" (visão) de Deus para a nossa vida.
Shemitah é um texto-prova bíblico de que há um tempo para semear, um tempo para colher e um tempo - decretado do alto - para a restauração. É um tempo em que podemos ver que não é tarde demais para que a saúde seja restabelecida.
Durante o sétimo ano, os judeus podiam colher alimentos das plantas “voluntárias” que brotavam nos campos e comer uvas das vinhas não podadas. Não poderia haver colheita organizada de safras e tudo estava disponível para todos. Animais, domesticados e selvagens, comeriam o que restava da produção da terra.
Deveriam ser bons administradores da terra que um dia entregariam a uma nova geração. O Senhor deseja que pensem em alguém que não seja a si próprios. Um ano sabático ensinava os judeus a confiar no Senhor, não em si mesmos, para prover suas necessidades.
Seria fácil sentir uma sensação de apreensão ao se aproximar do ano de Shemitah, mas não é essa a intenção. A intenção era demonstrar que precisamos tirar o foco de si mesmo, cuidar do próximo e, o mais importante, se reconectar com Deus.
Podemos mudar de vida, podemos descansar, podemos nos dedicar mais a Ele, podemos nos dedicar mais aos outros. Não apenas um dia, numa virada de ano, mas um ano todo de restauração, de arrependimento, de perdão, de desapego aos bens, de comunhão.
A volta de Cristo
O chamado para se arrepender e buscar a salvação é certamente bíblico (II Crônicas 7:14). Deus quer nos mostrar que a tudo o que nos temos pertence a Ele. Que nossa prosperidade depende dele. Ele é a fonte das bênçãos, quer sejam elas espirituais, físicas ou financeiras. Deus está no trono. Deus está acima e está no comando de todas as coisas. Ele é o Deus de misericórdia e restauração. Ele é o Deus de esperança e é Sua vontade restaurá-lo. Ele nunca se esquece de Seu povo. E quando Ele faz uma promessa, Ele a cumpre. E quando o faz, está perfeitamente na hora certa.
Os sinais da volta de Cristo estão cada vez mais presentes. É tempo de se arrepender, é tempo de se encher do azeite de Deus em sua vida. É tempo de sermos noivas prudentes, não deixando que nosso azeite se acabe! Mas podemos ainda fazer mais do que isso: podemos espalhar a palavra de Deus neste ano sabático de modo que as virgens imprudentes busquem o seu azeite a tempo. Não temos como dar o nosso azeite para elas, mas podemos falar do dono da terra, do dono da oliveira, do dono do azeite. Podemos falar daquele que abriu mão de seu trono e que em vez de colher as regalias do reino, assumiu e morreu pelos nossos pecados
Este foi o ano em que devemos reafirmar nossa crença de que é Deus quem cuida de você e dedicar um tempo especial ao estudo, à oração, à adoração.
Podemos passar por este ano mais fortes, mais sábios, mais unidos. Nós, como corpo devemos reservar recursos para apoiar toda a comunidade durante os tempos de restauração. É um ano no qual as virgens prudentes devem ter oleo para distribuir para todos. Aquele que tiver mais, reparta com o que tem menos,
Como noiva, devemos nos abastecermos para termos não apenas o suficiente para nós, como ocorreu com a noivas prudentes, mas termos também para doar. O teu oleo não é apenas teu, é de todos. É tempo de doar sem limites, é tempo de amar sem barreiras, é tempo de orar por todos. É tempo de refletirmos a face de Cristo
O Cristianismo se tornou uma fé contra-cultural ao invés de uma fé cultural. Com o tempo, a divisão entre cristãos e não-cristãos aumentará. Isso forçará as pessoas a estarem totalmente posicionadas diante de Cristo. O corpo de Cristo deve se preparar para essa mudança ficando totalmente conectadas com Deus em oração, adoração, se firmando na Sua palavra.
Hebreus 3:7-4:11 interpreta este ano de descanso de modo escatológico, exortando os cristãos a entrarem no lugar de descanso preparado por Deus.
Por um lado, o 'descanso' pode ser experimentado agora por todo aquele que se torna um seguidor de Jesus e encontra 'descanso para a alma', mesmo que ainda viva em um mundo cheio de incertezas e longe de ser seguro. Porém, este descanso escatológico só se tornará realidade completa quando aquele 'manso e humilde' Cordeiro se tornar 'Senhor dos senhores e Rei dos reis'(Apocalipse 17:14 ) e aqueles que 'morrem no Senhor' puderem 'descansar de seu trabalho' por sempre (14:13). Isso realmente será descanso!
Texto maravilhoso. Que Yeshua abençoe ricamente, por compartilhar.
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