Poesia: Ecos do Passado

 Baseada em Eclesiastes 1


No círculo sem fim do tempo,

Eis a jornada em que tudo se repete.

Tudo o que foi e será, nada se inicia,

Ecos do passado, o presente aceita.


O sol nasce e se põe, ritmo constante,

 Viajante incansável e altivo,

Em sua ronda diária, nada muda,

Um eterno retorno, destino cativo.


Os rios correm ao mar, sem cessar,

Em vão buscando o ponto final,

Como a vida que segue, sem se findar,

E a história se repete, num ciclo banal.


As palavras se perdem, onde está o legado,

E o conhecimento não encontra guarida,

Tudo já foi dito, tudo foi carregado,

Às sombras do passado, a salvação é deferida.


Há algo novo embaixo do sol brilhante?

Nada há de novo, tudo é já sabido,

A busca é vã, a esperança distante,

Nada é inedito, tudo foi revelado


Ó, Eclesiastes, sábio e pensativo,

Tua voz ecoa pelos séculos de dor,

Em tuas palavras, o homem pensativo,

Encara a sina e o eterno labor.


Assim, a roda da vida continua a girar,

Neste circulo eterno, seguimos a caminhar,

E em meio à incerteza, sem se importar,

E mesmo sem garantia, não iremos parar.

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