Festa das Cabanas

 A Festa das Cabanas, também conhecida como Sukkot ou Festa dos Tabernáculos, é uma das festas judaicas mais importantes e celebradas. Ela tem origens bíblicas e é observada como uma maneira de lembrar os 40 anos em que os Israelitas vagaram pelo deserto após a saída do Egito, vivendo em cabanas temporárias.

A Festa das Cabanas tem suas origens na Bíblia, mais especificamente no Antigo Testamento, nos livros de Levítico e Deuteronômio. Aqui estão as principais passagens que se referem a esta festa:

1. Levítico 23:33-44:

 Disse o Senhor a Moisés: Fala aos israelitas, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias. No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; no oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; é assembleia solene; nenhum trabalho servil fareis.

Estas são as festas fixas do Senhor, que proclamareis como santas convocações, para oferecer ao Senhor ofertas queimadas, holocaustos, ofertas de cereais, sacrifícios e libações, cada qual em seu dia próprio; além dos sábados do Senhor, das vossas ofertas, de todos os vossos votos e de todas as vossas ofertas voluntárias que derdes ao Senhor.

 Porém, aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido da terra o fruto, celebrareis a festa do Senhor por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e, no oitavo dia, haverá descanso. E no primeiro dia, tomai para vós outros ramos de árvores frondosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores densas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis perante o Senhor, vosso Deus. Poreis este costume em prática por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo nas vossas gerações; no mês sétimo o celebrareis. Habitareis em cabanas por sete dias; todo natural de Israel habitará em cabanas, para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em cabanas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.

2. Deuteronômio 16:13-15:

 A festa dos tabernáculos celebrarás por sete dias, quando houveres colhido da tua eira e do teu lagar. Alegrar-te-ás na tua festa, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o forasteiro, e o órfão, e a viúva que estão nas tuas cidades. Por sete dias, festivamente, celebrarás a festa ao Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor escolher; porque o Senhor, teu Deus, te há de abençoar em toda a tua colheita e em toda a obra das tuas mãos; por isso, estarás de todo alegre.


Essas passagens destacam a importância da Festa das Cabanas como uma celebração de sete dias, durante a qual os filhos de Israel deveriam habitar em cabanas temporárias para lembrar a jornada pelo deserto e a proteção divina. A festa também é vista como uma oportunidade de alegria, gratidão e comunhão com Deus, celebrada com ofertas, sacrifícios e reuniões solenes.

A festa é celebrada no décimo quinto dia do mês hebraico de Tishrei, que geralmente cai entre setembro e outubro no calendário gregoriano. A Festa das Cabanas dura sete dias, sendo o primeiro e o último dia considerados dias de descanso especiais, nos quais os judeus não trabalham. 


Em 2023 irá começar na noite de sábado, 30 de setembro e terminar no anoitecer de sexta feira dia 06 de outubro. Durante a celebração, as famílias constroem cabanas temporárias, conhecidas como "sukkahs", em seus pátios, varandas ou em outros espaços ao ar livre. Essas cabanas são feitas de materiais naturais, como madeira e folhas de palmeira, e têm um teto parcialmente aberto para que as estrelas possam ser vistas à noite. Os judeus comem e passam tempo dentro das sukkahs, lembrando a experiência dos Israelitas durante a jornada pelo deserto.


Além disso, durante a Festa das Cabanas, há uma tradição de abanar o "Lulav" (um feixe composto de uma palmeira, salgueiro e ramos de murta) e o "Etrog" (uma espécie de fruto cítrico semelhante a um limão), enquanto recitam bênçãos especiais. Isso simboliza a união e a colheita. A festa também é marcada por serviços religiosos, refeições festivas e um sentido de alegria e comunidade.


Após os sete dias de Sukkot, a celebração judaica é seguida por Simchat Torá, que significa "Alegria da Torá". Simchat Torá é uma festa que marca o fim anual da leitura pública da Torá, o livro sagrado do judaísmo, e o início imediato de uma nova leitura. Essa celebração é uma oportunidade para expressar a alegria e a reverência pelo ensinamento contido na Torá. A Sinchat Torá marca o final do ciclo anual de leitura da Torá e o início imediato de um novo ciclo, sublinhando a continuidade do aprendizado e da ligação com os ensinamentos da Torá. Depois das Grandes Festas, onde houve um foco intenso na introspecção e arrependimento, os dias de Sukkot e Simchat Torá trazem uma expansão de alegria e celebração, proporcionando um equilíbrio espiritual.

Simchat Torá é comemorado no oitavo dia de Sukkot em Israel e no nono dia fora de Israel, já que a contagem dos dias é um pouco diferente devido às tradições calendáricas. Durante as festividades de Simchat Torá, as sinagogas retiram as rolos de Torá de seus arcos e as pessoas dançam e cantam ao redor delas. 

Durante as festividades de Simchat Torá, é uma tradição comum nas sinagogas judaicas ler a última porção da Torá, que é chamada de "V'zot HaBerachah" (Esta é a Bênção), que se encontra no último capítulo do livro de Deuteronômio. Após a leitura de V'zot HaBerachah, as congregações imediatamente começam a leitura da primeira porção da Torá, conhecida como "B'reishit" (No princípio), que é o primeiro capítulo do livro de Gênesis.

Essa transição da última porção da Torá para a primeira porção é simbólica, pois marca o ciclo anual de leitura da Torá. A leitura contínua da Torá é uma parte fundamental da vida religiosa judaica, e a celebração de Simchat Torá enfatiza a importância do aprendizado e da conexão com os ensinamentos contidos nas escrituras sagradas.

A leitura da última porção e o início imediato da primeira porção reforçam a ideia de que a aprendizagem e o estudo da Torá são um ciclo contínuo e renovador, enfatizando a importância de nunca parar de buscar entendimento e inspiração nas palavras sagradas. É uma maneira de reafirmar o compromisso com os valores e tradições transmitidos pela Torá ao longo das gerações.

As festividades de Simchat Torá refletem a reverência e o amor pelos ensinamentos da Torá, bem como a conexão espiritual e cultural entre a comunidade judaica e suas raízes religiosas. É uma ocasião que une as pessoas em alegria e celebração pela herança e sabedoria transmitida através das escrituras sagradas.

Plantas na sukkah e as Quatro Espécies

As plantas usadas como cobertura para o teto da sukkat nos lembra da proteção divina quando nossos antepassados viajavam no deserto. As Quatro Espécies são uma expressão de nossa unidade e nossa fé na onipresença de D'us. Após os dias solenes das Grandes Festas vivemos estes dias ampliando em alegria.  

A cobertura do teto da sukkah com materiais naturais como folhas de palmeira, ramos de salgueiro, ramos de murta e ramos de árvores densas (conhecidas como S'chach) é uma lembrança da proteção divina durante os 40 anos em que os antepassados israelitas viajaram pelo deserto. Essas cabanas temporárias são um lembrete de como Deus forneceu abrigo e sustento durante essa jornada. Além disso, a sukkah é construída com um teto parcialmente aberto, permitindo que as estrelas sejam visíveis à noite, simbolizando a conexão entre o divino e o terreno.

As Quatro Espécies, também conhecidas como Arba'at HaMinim, consistem em quatro tipos de plantas mencionadas na Torá durante a festa de Sukkot. Essas plantas são o Lulav (folha de palmeira), o Etrog (um tipo de fruta cítrica semelhante a um limão), os ramos de murta e os ramos de salgueiro. Ao segurar essas quatro espécies juntas e recitar bênçãos especiais, os judeus expressam sua unidade como um povo e sua fé na presença onipresente de Deus.

Cronogramas dos diferentes dias da Festa das Cabanas (Sukkot):

Primeiros dois dias (um dia em Israel) - Yom Tov: Nos primeiros dois dias de Sukkot (um dia em Israel), é considerado Yom Tov, um feriado sagrado em que o trabalho é proibido. Isso significa que as atividades seculares, como cozinhar e escrever, são evitadas. As velas são acesas ao entardecer, marcando o início do feriado, e refeições festivas são realizadas. O kidush, uma bênção especial sobre vinho, é recitado antes das refeições. Também é comum mergulhar chalá (pão trançado) no mel, simbolizando um desejo de um ano doce.

Introdução ao Kidush:

Mizmor le’David, A-do-nai Roí, lo echsar. Bin‘ot dê-she yarbitsêni, al mê menuchot yenahalêni. Naf-shi yeshovev, yanchêni vema‘guelê tsêdec lemáan shemô. Gam ki elech beguê tsalmávet, lô irá rá, ki Atá imadi. Shivtechá umish‘antêcha hêma yena-chamúni. Taaroch lefanai shulchan, nêgued tso rerai; dishánta vashêmen roshi; cossi revayá. Achtov vachêssed yirdefúni col yemê chayai, veshavti be’Vet A-do-nai leôrech yamim.
Um salmo de David. A-do-nai é meu Pastor, nada me faltará. Far-me-á repousar em pastos verdejantes, conduzindo-me sobre águas plácidas. Minha alma será restaurada, Ele me guiará nas veredas da justiça por amor de Seu nome. Se tiver que seguir pelo sombrio vale da morte, não temerei nenhum mal, pois Tu estás comigo. Teu poder e Teu apoio – eles me consolarão. Tu prepararás para mim uma mesa diante de meus inimigos; ungiste minha cabeça com azeite; meu cálice transborda de fartura. Somente bondade e misericórdia me seguirão em todos os dias de minha vida, e habitarei na Casa de Adonai por longos anos.

Segura-se na palma da mão direita um cálice de vinho (contendo no mínimo 86 ml), e recita-se o kidush, de pé, em voz alta:

Yom hashishi, vaychulu; hashamáyim vehaárets vechol tsevaam. Vaychal E-lo-him, bayom hashe-vií, melachtô asher assá, vayishbot bayom hashe-vií micol melachtô asher assá. Vayvárech E-lo-him et yom hashevií, vaycadêsh otô, ki vo shavat micol melachtô, asher bará E-lo-him laassot.
O sexto dia; foram terminados os Céus e a Terra e todo seu exército. D’us terminou, no sétimo dia, a obra que fez, e descansou no sétimo dia de toda obra que fez. D’us abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nele descansou de toda Sua obra que D’us criou para [o ser humano] realizar.
Savri maranan: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam… quando sobre vinho:…borê peri ha-gáfen
Atenção senhores: Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo… quando sobre o vinho: …que cria o fruto da vinha
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, verátsa-bánu, ve’Sha-bat codshô beahavá uvratson hinchilánu, zicaron lemaassê vereshit; techilá lemicraê c ôdesh, zêcher litsiat Mitsráyim. Ki vánu vachárta, veotánu ki-dáshta micol haamim, ve’Shabat codshechá, be-ahavá uvratson hinchaltánu. Baruch Atá A-do-nai, mecadesh ha’Shabat.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e em nós achou agrado, e com amor e agrado nos deu Seu santo Shabat, para lembrar a obra da Criação; pois que ele é o primeiro das sagradas convocações, em recordação da saída do Egito. Porque Tu nos escolheste e nos santificaste dentre todos os povos, e Teu santo Shabat, com amor e agrado, nos deste. Bendito és Tu, A-do-nai, que santifica o Shabat.


Dias remanescentes - Chol Hamoed: 

Os dias intermediários de Sukkot são conhecidos como Chol Hamoed, que são considerados semi feriados. Embora algumas restrições do trabalho ainda estejam em vigor, há mais flexibilidade em relação às atividades cotidianas. As pessoas costumam aproveitar esses dias para passar tempo na sukkah, realizar refeições especiais e participar de atividades festivas. Embora o trabalho não seja totalmente proibido, muitas pessoas procuram manter o espírito festivo e a atmosfera da celebração.

Os dias intermediários de Sukkot, conhecidos como Chol Hamoed, são de fato considerados semi feriados na tradição judaica. Nesses dias, embora algumas restrições do trabalho ainda estejam em vigor, há mais flexibilidade em relação às atividades cotidianas do que nos dias de Yom Tov (feriados sagrados completos).

Durante o Chol Hamoed, as pessoas costumam aproveitar para passar tempo com a família, participar de atividades recreativas, fazer passeios e desfrutar da companhia uns dos outros na atmosfera festiva da Festa das Cabanas. É um período de alegria e celebração mais descontraído, enquanto ainda se mantém um senso de santidade e reverência associados às festividades judaicas.

Bênção sobre as Quatro Espécies: Durante todos os dias de Sukkot, exceto durante o Shabat, é comum recitar uma bênção especial sobre as Quatro Espécies - o Lulav (folha de palmeira), o Etrog (fruta cítrica), os ramos de murta e os ramos de salgueiro. Essa prática enfatiza a importância da unidade da comunidade e da conexão com a natureza durante a celebração de Sukkot. No Shabat, as bênçãos sobre as Quatro Espécies não são recitadas, mas elas ainda são seguradas durante a oração.

A bênção recitada sobre as Quatro Espécies (Arba'at HaMinim) durante a Festa de Sukkot é uma parte importante das práticas rituais dessa festa. Aqui está o texto da bênção, acompanhado da transliteração das palavras hebraicas:

Bênção sobre o Lulav e Etrog

   "בָּרוּךְ אַתָּה אַדָנָי אֱלֹהֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם אַשֶׁר קִדְּשָׁנוּ בְּמִצְוֹתָיו וְצִוָּנוּ עַל נְטִילַת לוּלָב."

   (Transliteração: "Baruch atah Adonai Eloheinu melech ha'olam asher kid'shanu b'mitzvotav v'tzivanu al netilat lulav.")

   (Tradução: "Bendito és Tu, Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou a agitar o lulav.")


Bênção sobre o Etrog

   "בָּרוּךְ אַתָּה אַדָנָי אֱלֹהֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם שֶׁהֶחֱיָנוּ וְקִיְּמָנוּ וְהִגִּיעָנוּ לַזְּמַן הַזֶּה."

   (Transliteração: "Baruch atah Adonai Eloheinu melech ha'olam shehechiyanu v'kiyimanu v'higiyanu lazman hazeh.")

   (Tradução: "Bendito és Tu, Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos deu vida, nos sustentou e nos permitiu alcançar este momento.")


Essas bênçãos são recitadas enquanto segurando o Lulav (ramo de palmeira), o Etrog (fruta cítrica), os ramos de murta e os ramos de salgueiro. As Quatro Espécies são agitadas em várias direções durante a recitação das bênçãos. Essa prática simboliza a unidade da comunidade judaica e a conexão com diferentes aspectos da natureza, enquanto se expressa gratidão a Deus pelas bênçãos da colheita e da vida.

É importante notar que as bênçãos podem variar ligeiramente entre diferentes comunidades judaicas, mas os princípios gerais e o significado simbólico permanecem consistentes.

Como o Sukkot termina?

A Festa das Cabanas é seguida por outra festa chamada Shemini Atzeret (nono dia em Israel) e Simchat Torá (décimo dia em Israel), que concluem todo o ciclo de celebrações. Aqui está como o encerramento ocorre:

Shemini Atzeret: 

No oitavo dia da Festa das Cabanas, conhecido como Shemini Atzeret, há uma celebração especial. Esse dia é observado como um dia separado, embora esteja ligado a Sukkot. Nas sinagogas, uma prece especial pela chuva (Tefilat Geshem) é recitada, marcando o início da temporada de chuvas em Israel. Shemini Atzeret também é um dia em que os judeus expressam gratidão a Deus e fazem pedidos para a chuva necessária para a agricultura.

Tefilat Geshem  tem uma importância significativa em Israel, onde a chuva é vital para a agricultura e a sustentabilidade do país. Tefilat Geshem é uma expressão de esperança e confiança em Deus para fornecer as condições climáticas necessárias para o sucesso das colheitas e para a prosperidade da nação.

A estrutura exata da Tefilat Geshem pode variar em diferentes comunidades judaicas, mas geralmente inclui temas como a dependência da chuva como um presente divino, a súplica por chuva adequada, o reconhecimento da soberania de Deus sobre a natureza e a expressão de gratidão pelo que foi recebido. 

Na oração, os versículos bíblicos que mencionam chuva e bênçãos relacionadas à terra podem ser incorporados. Há também bênçãos específicas que são recitadas, reconhecendo o papel de Deus como Aquele que controla as chuvas e as estações. A oração pode ser recitada coletivamente nas sinagogas e também individualmente.

Aqui está um exemplo simplificado da Tefilat Geshem, a oração pela chuva:

Senhor nosso Deus e Deus de nossos antepassados, estamos cientes de que somos dependentes de Sua bondade. Olhamos para o céu e pedimos a Sua bênção. Assim como a Terra foi criada por Sua palavra e recebeu Sua bênção, nós também pedimos a Sua bênção. Conceda-nos chuva benéfica, generosa e salutar. Abençoe nossa terra para que ela produza frutos em abundância.

Deus de sabedoria, compreendemos que a chuva não é apenas água, mas uma bênção que renova a Terra e sustenta a vida. Que Sua chuva seja um sinal de Sua graça e favor. Pedimos chuva para encher nossos rios e suprir nossos reservatórios. Conceda chuva para saciar a sede da terra ressequida e para que nossas colheitas cresçam e floresçam.

Reconhecemos que o poder da chuva está em Suas mãos. Como nossos antepassados, imploramos por Sua compaixão. Estamos cientes da importância da chuva para a vida, e humildemente pedimos que a envie em seu devido tempo. Abençoe-nos com chuva em quantidade e qualidade adequadas.

Senhor, nosso Deus, ouça nossa prece. Como os patriarcas, que pediam por chuva nos momentos certos, nós também pedimos com sincera devoção. Que nossa prece suba até o trono de Sua glória, e que Sua chuva desça para abençoar nossa terra. Amém."

Lembre-se de que a Tefilat Geshem pode variar em diferentes tradições e locais. A oração acima é apenas um exemplo e pode ser adaptada de acordo com as práticas e tradições específicas de cada comunidade.


Simchat Torá: 

Nesse dia, as sinagogas encerram a leitura anual da Torá e começam imediatamente a ler a primeira porção do Gênesis. As rolos da Torá são retirados dos arcos e são dançados e celebrados durante os serviços religiosos. Isso simboliza a renovação do ciclo de leitura da Torá e a importância contínua da aprendizagem.

Portanto, a Festa das Cabanas termina com a observação de Shemini Atzeret, que é uma celebração mais solene focada na oração pela chuva, seguida por Simchat Torá, que é uma celebração festiva e alegre da Torá e do aprendizado espiritual. Esses dias finais encerram o ciclo de festividades que começou com a construção das succat e a celebração de Sukkot propriamente dita.

Sugestão de Cardápio:

Lembre-se de que as preferências alimentares podem variar, então ajuste o cardápio conforme necessário:

Entradas: Challah  (pão trançado tradicional); Gefilte Fish (bolinhos de peixe cozido, servidos com molho); Hummus (patê de grão-de-bico, acompanhado de pães e vegetais); Salada de Pepino e Tomate.

Prato Principal:

Frango Assado (pode ser preparado com temperos tradicionais);  Carne Brisket (carne de peito bovino cozida lentamente até ficar macia);  Kugel (uma espécie de torta doce ou salgada feita com macarrão ou batata); legumes Assados  (abóbora, cenoura, batata-doce, etc)

Acompanhamentos: Latkes (bolinhos de batata fritos, tradicionalmente servidos com molho de maçã; arroz com Amêndoas torradas; Tcholent  (feijoada judaica)

Sobremesas: Bolo de Mel; maça com mel; biscoito de passas

Bebidas: Vinho Tinto e Branco - Parte importante da celebração; Suco de Uva - Uma opção sem álcool; Água - Sempre uma escolha refrescante;

Arrumação da mesa

Arrumar a mesa para o Simchat Torá pode ser um processo significativo, já que é uma celebração importante no calendário judaico. Aqui estão algumas diretrizes sobre como arrumar a mesa para o Simchat Torá:

Toalha de Mesa: Use uma toalha de mesa festiva, preferencialmente branca ou em tons de azul, que são cores tradicionais judaicas. Isso cria um ambiente adequado para a celebração.

Candelabros: Coloque velas de Shabat em candelabros e acenda-as ao pôr do sol. Isso marca o início da celebração do Simchat Torá.

Livros Sagrados: Coloque rolos da Torá (Sefer Torah) ou livros sagrados em um local de destaque na mesa. Cubra-os com um pano decorativo, como uma capa de veludo, para respeitar a santidade desses objetos.

Decorações: Use decorações temáticas, como bandeiras de Israel, estrelas de David, e elementos que simbolizem a alegria da festa. Você pode pendurá-las ao redor da mesa ou usá-las como centros de mesa.

Frutas e Simbolismo: Inclua elementos simbólicos na mesa, como frutas frescas (uvas, maçãs, romãs) que representam a colheita e bênçãos. Outros alimentos tradicionais, como doces e mel, também podem ser incorporados.

Pratos e Talheres: Certifique-se de ter pratos, talheres, copos e taças adequados para os alimentos que serão servidos. Se houver pratos específicos associados ao Simchat Torá na sua tradição, use-os.

Bebidas: Tenha vinho tinto e/ou branco disponível para fazer os brindes e bênçãos durante a celebração. Pode também utilizar suco de uva no lugar.  Certifique-se também de ter água e outras bebidas à disposição.

Assentos: Se houver espaço na mesa, acomode os convidados ao redor dela para que possam participar ativamente da celebração.



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