Por que Jesus andou sobre as águas?
Por que Jesus Andou Sobre as Águas? Uma Reflexão Teológica
Quando uma tempestade repentina assolou os discípulos no Mar da Galileia, Jesus decidiu encontrar-se com eles em meio às águas turbulentas. Marcos 6:48 descreve o momento: "Vendo-os atormentados em [seu] remo – porque o vento estava contra eles – por volta da quarta vigília da noite, ele foi até eles, andando sobre o mar."
À primeira vista, pode parecer curioso que Jesus optasse por caminhar sobre as águas agitadas ao invés de simplesmente acalmar a tempestade, como havia feito anteriormente (ver Marcos 4:35-41). Por que não usar seu poder para acalmar o mar novamente? A resposta está na profundidade simbólica e teológica dessa ação extraordinária.
A Atividade Divina de Jesus
O Evangelho de Marcos escolhe cuidadosamente as palavras para descrever a cena: Jesus "foi para eles, caminhando sobre o mar". A escolha dessas palavras não é casual. Elas ecoam a linguagem usada na narrativa da criação em Jó 38:16 da Septuaginta, onde Deus questiona Jó sobre sua compreensão do cosmos: "Você foi sobre as nascentes do mar ou andou nos recessos das profundezas?" Aqui, os mesmos verbos gregos destacam a atividade divina primordial.
Jesus e a História de Deus
Cada evento na vida de Jesus, conforme retratado nos Evangelhos, carrega um profundo significado teológico que ressoa com a história de Deus e seu povo, conforme revelado nas Escrituras de Israel. Ao optar por andar sobre as águas, Jesus não apenas demonstra seu poder sobre a natureza, mas também evoca a imagem de Deus que domina sobre as águas desde a criação do mundo (ver Jó 9:8).
Os discípulos, entretanto, não percebem imediatamente esse significado. Em vez de reconhecerem o poder divino manifestado em Jesus, eles ficam apavorados, pensando que estão vendo um fantasma (Marcos 6:49). Para o leitor atento da Bíblia, no entanto, fica claro que Jesus não apenas controla a natureza, mas possui autoridade sobre toda a criação como o Filho de Deus.
Conclusão
Portanto, a decisão de Jesus de caminhar sobre as águas não foi apenas um ato de demonstração de poder, mas um lembrete intencional do papel divino na ordem criada. Ele não apenas acalma as tempestades, mas revela-se como aquele que sustenta e governa sobre tudo o que foi feito. Este episódio não só fortaleceu a fé dos discípulos, mas também convida cada um de nós a refletir sobre quem é este Jesus que governa sobre os elementos da natureza e sobre nossas próprias vidas.
Por que Jesus Andou Sobre as Águas? Uma Reflexão Teológica
Quando uma tempestade repentina assolou os discípulos no Mar da Galileia, Jesus decidiu encontrá-los em meio às águas turbulentas. Marcos 6:48 descreve o momento: "Vendo-os atormentados em [seu] remo – porque o vento estava contra eles – por volta da quarta vigília da noite, ele foi até eles, andando sobre o mar."
À primeira vista, pode parecer curioso que Jesus optasse por caminhar sobre as águas agitadas ao invés de simplesmente acalmar a tempestade, como havia feito anteriormente (ver Marcos 4:35-41). Por que não usar seu poder para acalmar o mar novamente? A resposta está na profundidade simbólica e teológica dessa ação extraordinária.
A Atividade Divina de Jesus
O Evangelho de Marcos escolhe cuidadosamente as palavras para descrever a cena: Jesus "foi para eles, caminhando sobre o mar" (ἦλθεν πρὸς αὐτοὺς περιπατῶν ἐπὶ τῆς θαλάσσης). A escolha dessas palavras não é casual. Elas ecoam a linguagem usada na narrativa da criação em Jó 38:16 da Septuaginta, onde Deus questiona Jó sobre sua compreensão do cosmos: "Você foi sobre as nascentes do mar (ἦλθες ἐπὶ πηγὰς θαλάσσης) ou andou nos recessos das profundezas?" Aqui, os mesmos verbos gregos destacam a atividade divina primordial.
Jesus e a História de Deus
Cada evento na vida de Jesus, conforme retratado nos Evangelhos, carrega um profundo significado teológico que ressoa com a história de Deus e seu povo, conforme revelado nas Escrituras de Israel. Ao optar por andar sobre as águas, Jesus não apenas demonstra seu poder sobre a natureza, mas também evoca a imagem de Deus que domina sobre as águas desde a criação do mundo (ver Jó 9:8).
Os discípulos, entretanto, não percebem imediatamente esse significado. Em vez de reconhecerem o poder divino manifestado em Jesus, eles ficam apavorados, pensando que estão vendo um fantasma (Marcos 6:49). Para o leitor atento da Bíblia, no entanto, fica claro que Jesus não apenas controla a natureza, mas possui autoridade sobre toda a criação como o Filho de Deus.
Conclusão
Portanto, a decisão de Jesus de caminhar sobre as águas não foi apenas um ato de demonstração de poder, mas um lembrete intencional do papel divino na ordem criada. Ele não apenas acalma as tempestades, mas revela-se como aquele que sustenta e governa sobre tudo o que foi feito. Este episódio não só fortaleceu a fé dos discípulos, mas também convida cada um de nós a refletir sobre quem é este Jesus que governa sobre os elementos da natureza e sobre nossas próprias vidas.
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