No Tempo de Deus: A História de Lázaro e o Processo da Fé
ara avisá-lo da situação. Elas sabiam que Jesus podia curar o irmão, mas o que elas não esperavam era a resposta que Jesus daria.
Temos um problema: Avisamos Jesus!
Assim como Marta e Maria, quando enfrentamos problemas, nosso primeiro impulso é levar nossas súplicas ao Senhor. Sabemos que Ele ouve nossas orações, como em João 11:3, quando as irmãs de Lázaro disseram: “Senhor, aquele a quem amas está doente”. Contudo, o que fazer quando a resposta de Deus não é imediata? Jesus, ao saber da enfermidade de Lázaro, declarou: “Esta enfermidade não acabará em morte, mas é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela” (João 11:4).
A mensagem de Jesus parecia tranquilizadora, mas Ele ainda permaneceu onde estava por dois dias antes de ir até Betânia. Na perspectiva humana, isso poderia parecer um atraso. Entretanto, o que às vezes nos parece tardio, para Deus é a preparação para um milagre ainda maior. Jesus nunca chega atrasado. Sua demora em atender a nossa oração pode ser o tempo necessário para trabalhar nossa fé e nos moldar, assim como moldou a fé de Marta e Maria.
A Dúvida e a Fé: “Se o Senhor estivesse aqui”
Quando Jesus finalmente chegou a Betânia, Lázaro já estava morto há quatro dias. Marta correu ao encontro de Jesus e disse: “Senhor, se o Senhor estivesse aqui, meu irmão não teria morrido!” (João 11:21). Mais tarde, Maria repetiu as mesmas palavras ao encontrar-se com Jesus (João 11:32). Quantas vezes, em nossa própria jornada, nós também pensamos: "Se Deus tivesse agido antes, as coisas seriam diferentes"?
Marta acreditava na ressurreição futura, mas Jesus queria mostrar a ela que Ele é a ressurreição e a vida, agora, no presente. Ele declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá" (João 11:25-26). Jesus desafiou Marta a ir além da crença intelectual e a ter uma fé ativa no presente, crendo que Ele poderia operar naquele momento.
Crer e Ter Fé: Duas Realidades Distintas
Muitos acreditam em Deus, mas não exercem fé. Tiago nos lembra que até os demônios creem (Tiago 2:19), mas isso não os transforma. Crer é reconhecer a existência de Deus, enquanto fé é confiar nas Suas promessas e viver de acordo com elas. Jesus confronta Marta e Maria com essa distinção, mostrando que não basta apenas acreditar que Ele pode operar milagres; é preciso confiar Nele para agir, mesmo quando tudo parece perdido.
Não Seja um Obstáculo ao Milagre
Diante do túmulo, Jesus ordena: "Tirem a pedra!" (João 11:39). Marta, no entanto, hesita, dizendo: "Senhor, ele já cheira mal, pois faz quatro dias". Quantas vezes nós mesmos colocamos obstáculos diante do milagre de Deus, querendo dizer a Ele como agir? Precisamos aprender a confiar e obedecer, permitindo que Ele remova as pedras que impedem nossa fé de crescer.
Jesus então clamou em alta voz: "Lázaro, venha para fora!" (João 11:43). E o milagre aconteceu: Lázaro saiu vivo, ainda envolto em faixas de linho, mas livre da morte.
Deixando Tudo aos Cuidados de Deus
Jesus nunca está fora do tempo. Ele tem o melhor para nós, mas Seus caminhos são diferentes dos nossos. Às vezes, o milagre que esperamos vem de maneira diferente do que imaginamos. Podemos ver dois enfermos, onde um é curado e o outro falece, e questionar: em quem foi o maior milagre? A resposta está em confiar que, em todas as situações, Deus está no controle e opera em Seu tempo, de acordo com Sua vontade perfeita.
Conclusão: Para a Liberdade Ele Nos Chamou
Ao final da história, Jesus diz: "Tirem as faixas dele e deixem-no ir" (João 11:44). Este é o chamado de Jesus para todos nós: sair da morte para a vida, deixar as faixas da incredulidade e caminhar em liberdade. Assim como Lázaro foi chamado para fora do túmulo, nós também somos chamados a viver livres em Cristo, não mais presos às limitações da carne, mas renovados pela fé na Sua ressurreição e poder.
Jesus nos chama a crer e a ver a glória de Deus manifestada em nossas vidas, não apenas em um futuro distante, mas agora, no presente.
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