Resgatando Valores Perdidos

 


Ao longo da história, a igreja enfrentou perdas significativas em relação a valores essenciais que deveriam nortear sua caminhada. O amor genuíno ao próximo foi, muitas vezes, substituído por julgamentos, preconceitos e divisões internas. A humildade, que deveria refletir o caráter de Cristo em cada crente, cedeu lugar às ambições pessoais, ao poder e à busca por status. A unidade, que Cristo orou para que fosse uma marca do Seu corpo, foi fragmentada por divisões denominacionais e doutrinárias. E, por fim, a santidade, que outrora era a base de nossa relação com Deus, foi diluída em concessões ao mundo e suas práticas.

Como Corpo de Cristo, é nossa responsabilidade pessoal e coletiva resgatar esses valores. Não é algo que podemos delegar ou esperar que apenas líderes façam. Cada um de nós tem um papel fundamental nessa restauração. O amor ao próximo precisa ser cultivado intencionalmente em nossas atitudes diárias. Isso exige quebrar preconceitos, evitar julgamentos e abrir espaço para a empatia. O amor de Cristo é ativo e prático — ele se mostra em nossas ações, em nossa disposição para servir e perdoar.

A humildade, por sua vez, nos desafia a deixar de lado nosso orgulho. Ser humilde é seguir o exemplo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir. Isso significa olhar para as necessidades dos outros, muitas vezes colocando-as acima das nossas, e reconhecer que tudo o que temos e somos vem de Deus. A verdadeira humildade nos faz dependentes de Deus e agradecidos por Sua graça.

A unidade é um valor que requer esforço e compromisso. Ela não significa concordância em tudo, mas a disposição de caminhar juntos, apesar das diferenças. Promover a unidade no Corpo de Cristo exige diálogo, reconciliação e um coração disposto a construir pontes ao invés de levantar muros. A igreja, como Corpo de Cristo, só será eficaz em sua missão se estiver unida. Onde há divisões, há fraqueza. Onde há unidade, há força.

Quanto à santidade, ela precisa ser restaurada como uma busca genuína em nossas vidas. Viver em santidade não é apenas evitar o pecado, mas é ser completamente dedicado a Deus em tudo o que fazemos. A santidade envolve nossas escolhas diárias — o que vemos, ouvimos e fazemos. Ela não pode ser uma lista de regras externas, mas um desejo interno de agradar a Deus e refletir Seu caráter.

O resgate desses valores começa com arrependimento — uma mudança profunda de mente e coração. Precisamos nos arrepender como indivíduos e como igreja por termos deixado que o amor, a humildade, a unidade e a santidade fossem substituídos por versões corrompidas pelo mundo. Arrependimento, no entanto, não é apenas sentir remorso, mas agir em direção à transformação.

Retornar à simplicidade do evangelho é o primeiro passo. Com Cristo no centro, nossas ações, palavras e atitudes devem refletir o que Ele nos ensinou: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quando colocamos isso em prática, a igreja se torna um reflexo autêntico do caráter de Deus, e o mundo pode ver em nós a esperança e a verdade do evangelho.

Cada um de nós tem um papel muito importante nesse processo de restauração. Que possamos nos comprometer a resgatar esses valores perdidos, começando em nossas próprias vidas, para que juntos possamos restaurar o Corpo de Cristo e ser a luz que Ele nos chamou para ser no mundo.

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