Eu sou do Senhor



Que segurança profunda repousa nessas palavras tão simples: “Eu sou do Senhor.” O próprio Cristo nos resgatou com Seu sangue precioso (1 Pedro 1:18–19). Pertencemos a Ele, somos valiosos para Ele, e porque fomos comprados por Seu sacrifício (1 Coríntios 7:23), Ele mesmo se encarrega de guardar nossa vida (1 Pedro 1:5). Nenhuma força, visível ou invisível, é capaz de arrancar-nos de Suas mãos (João 10:28). Nossa existência está protegida além de qualquer instabilidade terrena, pois está “escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3:3). Assim, tanto na vida quanto na morte, permanecemos sob a mesma verdade: somos dEle (Romanos 14:8).

Mesmo quando as circunstâncias parecem nos lançar de um lado para outro, essa certeza — “Eu sou do Senhor” — se torna uma âncora para a alma, produzindo uma paz constante. É como experimentar, ainda aqui, um vislumbre da vida celestial.

Se vier a dor, o cansaço, a escassez, a perseguição, correntes, prisões, fogo ou águas profundas, essas poucas palavras conservarão nosso coração firme. A partir delas podemos declarar, como Paulo: “Em nada tenho a minha vida por preciosa” (Atos 20:24).

Quando essa verdade passa a habitar de modo permanente no íntimo, produz força, equilíbrio e temor santo. Ela nos distancia do mal, preserva a serenidade diante da agitação do mundo, sustenta-nos em meio às rivalidades e nos eleva acima dos prazeres vazios que a terra oferece. Também nos protege das armadilhas sutis que tentam desviar nosso foco. Assim, deixamos a ansiedade de lado e passamos a desejar apenas agradar ao nosso Pai. Qualquer que seja a aflição que se levante, apresentamos nossas petições diante dEle, confiando que Sua paz — como declara a Escritura — “guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6–7).

Nem mesmo a morte mantém o mesmo sentido para aquele que pertence ao Senhor. Para o crente, ela não é fim, mas início: a entrada para a verdadeira vida, livre de todo peso que aqui nos constrange. E, além da paz, nasce em nós um gozo constante, alimentado pela esperança segura de que “o que há de vir virá e não tardará”. O coração descansa, sabendo que um dia estaremos para sempre com o Senhor (1 Tessalonicenses 4:17).

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