Saudade que ora
Saudade é um vento,
não tem forma,
não tem hora,
chega e arrasta o coração.
Às vezes é lágrima,
às vezes é silêncio,
às vezes é só o vazio dos dias.
Mas no secreto,
ela se curva,
vira oração.
Não falo só de ausências humanas —
falo daquela falta que o mundo não preenche,
da sede que a alma não esconde,
do clamor que atravessa os ossos.
É saudade de Ti, Senhor.
Saudade do Teu olhar
que quebra medos,
da Tua voz
que faz o caos se calar.
Quando a saudade aperta,
eu não fujo dela,
eu a entrego.
E no altar do meu peito,
ela se transforma em canto:
Um canto de espera,
um canto de promessa,
um canto que repete
como refrão eterno:
“Vem depressa, Jesus…
Vem,
para que a saudade se dissolva
na eternidade da Tua presença.”
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