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Sofonias e Oseias: Vozes Proféticas da Justiça e do Amor

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Os livros de Sofonias e Oseias, embora distintos em tom e contexto, oferecem mensagens complementares sobre o caráter de Deus e Seu relacionamento com Seu povo. Enquanto Sofonias enfatiza o juízo divino e o chamado ao arrependimento, Oseias revela a ternura e a persistência do amor de Deus, mesmo diante da infidelidade. Ambos os livros compõem um retrato profundo da aliança entre Deus e Israel — um relacionamento marcado por justiça, misericórdia e esperança de restauração. Sofonias: O Dia do Senhor e o Clamor por Arrependimento O profeta Sofonias exerceu seu ministério durante o reinado de Josias, provavelmente no final do século VII a.C. Sua mensagem é curta, mas intensa. O livro de Sofonias começa com um anúncio impactante de julgamento: “De fato, destruirei tudo da face da terra, diz o Senhor” (Sofonias 1:2). Deus denuncia a idolatria, a corrupção e a falsa segurança dos habitantes de Judá, especialmente daqueles que se acomodaram espiritualmente: “Os que estão acomodados sobre...

Sermão Quando Ele chega

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  📖 "Enquanto o rei estava em seus aposentos, o meu nardo exalou o seu perfume." Cânticos 1:12 — ARA Introdução: O Perfume da Presença Reconhecemos que há um perfume espiritual que só se manifesta quando Ele — nosso Rei, nosso Senhor Jesus — chega. O mundo nos oferece muitos aromas: de conquistas, de vaidades, de ativismo, de performance. Mas só a presença dEle perfuma tudo com cura, vida e plenitude. Hoje, unimos essas verdades para dizer: quando Jesus chega, o corpo é tratado com dignidade , a alma encontra descanso , e o espírito se reconecta com o Pai . 1. Quando Ele chega, o corpo se purifica 📖 “Portanto, glorificai a Deus no vosso corpo.” 1 Coríntios 6:20 O corpo da mulher é muitas vezes campo de batalhas: autocobrança, traumas, doenças, esgotamento. Mas quando Jesus chega, Ele não despreza o corpo — Ele cura, toca, restaura. Lemos em O Cuidado do Corpo que desprezar o corpo é desprezar o templo do Espírito. E em muitos casos, adoecemos por sobrecarga, po...

Quando se confunde perdão com permissão

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  Introdução Perdoar é um mandamento cristão, mas permitir que alguém continue ferindo nossa alma, repetidamente, não é sinônimo de espiritualidade — é confusão emocional. Muitos, em nome do perdão, perpetuam ciclos de abuso, negligência ou desrespeito, acreditando que a graça precisa abrir mão da verdade e da justiça. Mas será que Jesus ensinou isso? Será que o perdão exige ausência de limites? Desenvolvimento Jesus ensinou o perdão ilimitado (Mateus 18:21-22), mas nunca pregou permissividade. Quando lemos os Evangelhos, encontramos um Cristo compassivo, que perdoava pecadores, mas que também confrontava os hipócritas, se retirava de ambientes tóxicos e silenciava diante da zombaria injusta (Lucas 23:9). Ele perdoou quem o traiu, mas não reintegrou Judas ao grupo dos discípulos. Perdoou Pedro, mas o levou ao arrependimento antes da restauração (João 21:15-17). O perdão liberta quem perdoa. Mas a permissão contínua para que alguém nos destrate não é sinal de santidade — é falta...

Fragmentos e Promessas: Quando Deus Fala no Fim da Estação”

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  Há momentos em que a vida parece feita de restos: um pedaço, um ponto, um tropeço, um silêncio. Os dias se empilham como contas em um colar de incertezas. E cada evento, por menor que seja, pesa como se estivesse sozinho. Nessa sucessão de coisas pequenas — um sapo, uma pedra, uma gota, uma poeira — o coração começa a se perguntar: “É só isso?” Muitos vivem as transições da vida como o final de um verão. As chuvas chegam, molham o que ainda estava firme, desmancham planos, enterram esperanças antigas. Há algo poético, mas doloroso nisso. A vida cristã também tem dessas águas: aquelas que parecem fim, mas carregam a promessa de um novo ciclo. A Bíblia está repleta de cenas onde, no ponto que parecia final, Deus iniciou algo novo. Quando Elias se escondeu na caverna, quando Noemi disse “me chame de Mara”, quando Pedro chorou amargamente… eram águas de fim. Mas ali, Deus já preparava novos começos. Talvez hoje você esteja sentindo que tudo o que tem são migalhas, poeira, sombras ...

Casamento em Restauração: Deus Ainda Faz Novas Todas as Coisas

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  Não importa quão profunda seja a ferida, quão longa tenha sido a distância, ou quantas vezes o coração tenha sido quebrado: Deus ainda faz novas todas as coisas — inclusive no casamento. Muitos casais atravessam momentos de escuridão, onde o amor parece ter se perdido no meio da rotina, da mágoa, das palavras duras e dos silêncios acumulados. Outros carregam o peso da traição, da decepção ou do cansaço. Mas há esperança. Quando um casamento é colocado nas mãos de Deus, o impossível se torna cenário para milagres. O casamento é plano de Deus. E aquilo que Ele une, mesmo que os homens tentem separar, pode ser refeito pelo Seu poder. Que este plano seja uma vela acesa na noite escura, e um sussurro do céu dizendo: "Ainda não acabou. Estou trabalhando."

A Primeira Lágrima da Primeira Mulher

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Essa frase — "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu da árvore, e eu comi." (Gênesis 3:12, ARA) — carrega um peso que, provavelmente, feriu profundamente o coração de Eva. Imagina: ela já estava lidando com a culpa de ter desobedecido a Deus, com o medo do julgamento divino e com a vergonha da própria nudez. E então, naquele momento vulnerável, a voz do seu companheiro — aquele que a havia chamado de “osso dos meus ossos” (Gênesis 2:23) — não veio para protegê-la, mas para acusá-la. Adão não apenas a culpou, mas sugeriu que a culpa, em última instância, era do próprio Deus: “a mulher que tu me deste…” . Essa frase não foi só um desvio de responsabilidade, foi uma rejeição. Um corte. Uma separação emocional. É possível que Eva tenha sentido: Rejeição : aquele que antes a recebeu com alegria agora a culpa. Sofrimento moral : a dor de ver o relacionamento se desfazer diante do erro. Solidão : ao ser exposta como a origem da queda, sem defesa ou compaixão....

Namoro com Propósito: Aliança e Esperança

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Num tempo em que os relacionamentos se tornam cada vez mais passageiros, o namoro cristão se levanta como uma escolha contracultural: não se trata apenas de sentimentos, mas de propósito. Não é uma fase para "testar corações", mas um caminho de construção, onde duas vidas se alinham debaixo da vontade de Deus. Namorar com propósito é saber que a aliança não começa no altar do casamento, mas no compromisso diário de honrar a Deus com atitudes, intenções e pureza. É olhar para o outro não como posse ou prazer, mas como um irmão em Cristo que deve ser protegido, respeitado e conduzido com temor. Nesse plano, vamos mergulhar em reflexões sobre identidade, santidade, oração em casal, limites saudáveis e esperança em Deus. Falar de pureza sexual não é falar de repressão, mas de liberdade verdadeira — aquela que nasce quando o corpo e a alma andam em harmonia com o Espírito. Esperar no Senhor é, sim, um ato de coragem, e construir um namoro que glorifica a Deus é uma das maiores ...