Como os falsos mestres se introduzem na Igreja de Cristo?


Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação.” Judas 4
Você não pode reconhecer, necessariamente, um falso mestre pela sua aparência. Afinal de contas, todo falso religioso é “religioso” por definição. Ter uma aparência de santo faz parte de seu “perfil profissional”. Jesus referiu-se aos fornecedores de religião falsa como lobos em pele de ovelhas (Mt 7:15) e “sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas... estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mt 23:27). Em outras palavras, a religião deles é uma tentativa sagaz de camuflagem.
Assim como os fariseus, os quais Jesus qualificou com essas palavras, muitos falsos mestres são hábeis em fingir piedade. A máscara deles pode ser bastante convincente. Eles mantêm uma máscara de encanto e inocência, cuidadosamente lustrada e, pelo menos na aparência, possuem algum tipo de “espiritualidade”. Surgem habitualmente com sorrisos permanentes, palavras cordiais, personalidades agradáveis e vocabulário cheio de palavras bíblicas e espirituais.
Sem duvida, existem exceções notáveis a essa regra. Gregório Rasputin, por exemplo, era um místico licencioso da Igreja Ortodoxa Russa, um curandeiro religioso que se autodenominava “homem santo”, cuja influencia corrompeu a corte do czar Nicolau II, da Rússia, e ajudou a provocar o colapso da dinastia Romanov, no inicio do século XX. Rasputin tinha a aparência e as atitudes conforme esperaríamos que um homem abertamente iniquo tivesse. Raramente tomava banho, cheirava mal (segundo todos os relatos), era agitado e grosseiro; seus apetites lascivos eram lendários. Apesar disso, conseguiu acumular um grande número de admiradores, principalmente mulheres, muitas das quais pertenciam às classes mais altas da sociedade imperial de São Petersburgo.
E quem poderia esquecer de Gene Scott, o tele Evangelista excêntrico do Sul da Califórnia, cujas marcas registradas incluíam um charuto grosso, o emprego profundo de irreverencia, observações impróprias, (mesmo em seus ensinos pela televisão), um estilo extremamente autocrático e uma atitude permanentemente carrancuda? Sua pregação era bastante rudimentar e seu estilo de vida, flagrantemente egocêntrico. Aqueles que faziam doações à “igreja” de Scott assinavam termos de compromisso que lhes outorgassem autoridade exclusiva para usar as doações como quisesse. Scott era o oposto do que a maioria das pessoas imagina que um líder 4espiritual deva ser. Apesar disso, atraiu um numero relevante de seguidores e acumulou milhões de dólares em bens pessoais.
Se uma pessoa tão evidentemente libertina e não espiritual pode conquistar um número tão grande de discípulos desmiolados, imagine o perigo que os falsos mestres representam, quando procuram parecer genuinamente piedosos. Imagine o que um inimigo da verdade pode fazer na igreja, se fingisse ser um crente sincero e conquistasse uma reputação de mestre respeitável.
A realidade é que a maioria dos falsos mestres não é, de modo evidente, tão carnal como Rasputin ou Gene Scott. Em geral, eles fazem um bom trabalho ao imitarem o fruto do Espirito Santo. Disfarçam-se como ministros de justiça (2 Co 11:14-15). Parecem bem sinceros. Apresentam-se e falam como pessoas inofensivas, e até se assemelham a elas. Sabem empregar uma linguagem que soa espiritual. Conseguem até citar as Escrituras com um certo grau de habilidade. Conhecem suficientemente bem a verdade, a fim de usa-la para atingir seus próprios objetivos e, às vezes, protegem-se por detrás de uma verdade, enquanto atacam a outra. Sabem exatamente como conquistar a confiança e a aceitação do povo de Deus.
Raramente atacam a verdade de modo aberto e direto. Pelo contrário, preferem trabalhar às ocultas, fazendo pequenos furos no alicerce da própria verdade. Fazem-no sugerindo redefinições sutis; elaborando modificações astutas ou propondo que o cristianismo contemporâneo precisa repensar, atualizar ou mesmo descartar alguma doutrina supostamente absoleta. Tentam parecer tão inofensivos quanto possível, ao mesmo tempo em que implantam tantas duvidas quantas conseguem, essas duvidas são como bananas de dinamite dentro dos furos que já fizeram nos alicerces. Na verdade, eles agem tendo em vista a demolição de toda a estrutura.



Outros textos sobre o assunto:
http://bereianos.blogspot.com.br/2010_11_01_archive.html
http://www.gotquestions.org/Portugues/falso-mestre.html
http://ipcbpaulista.blogspot.com.br/2010/02/o-problema-dos-falsos-mestres-e-o-seu.html

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