Como lidar com o fracasso

Como lidar com o fracasso?
Ora, estando Pedro em baixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote e, vendo a Pedro, que se estava aquentando, encarou-o e disse: Tu também estavas com o nazareno, esse Jesus. Mas ele o negou, dizendo: Não sei nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. E a criada, vendo-o, começou de novo a dizer aos que ali estavam: Esse é um deles.  Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram novamente a Pedro: Certamente tu és um deles; pois és também galileu. Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais. Nesse instante o galo cantou pela segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que lhe dissera Jesus: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E caindo em si, começou a chorar.
(Mc 14:66-72).
Alguém disse que o fracasso é um punhal encravado no coração. Conviver com o fracasso é uma das experiências mais amargas que uma pessoa pode ter. Por vezes é o fracasso profissional. Alguém vai à falência, perde os bens, fecha o negócio. Mas pode haver recuperação. Uma pessoa pode se reerguer de uma má situação econômica e refazer a vida. As vezes o fracasso é na atividade profissional. Algo que não sai bem feito mas que se pode refazer. Diz-se que Thomaz Edson, quando da criação da lâmpada elétrica, tinha feito mais de trinta mil tentativas até que acertasse. Felizmente acertou. Às vezes o fracasso sucede nos relacionamentos. Fracasso no casamento é trágico. Deixa seqüelas. Às vezes as feridas custam a cicatrizar mas pode se refazer a vida, e muita gente refez. Fracasso na criação dos filhos. Já é um pouco mais difícil porque já é outra vida que fica estragada. Fracasso quando um profissional erra. Um profissional de saúde erra e as vezes a pessoa está vitimada para sempre. Li a história de um homem cuja imperícia ao volante causou a morte da esposa e do filho. Ele sobreviveu, mas as suas palavras me impressionaram muito: “Eu preferiria ter morrido”.
O fracasso mesmo que se possa em alguns momentos recuperar deixa sempre algumas marcas e há momentos que não se recupera. Então não é bom. Realmente tem razão quem disse que o fracasso é um punhal encravado no coração. 
Às vezes nós fracassamos com Deus. Fracassamos porque colocamos determinados alvos em nossas vidas e não cumprimos. Assumimos propósitos que logo ficam esquecidos para trás. Assumimos um compromisso com Deus e fracassamos nesses compromissos. Na conduta moral, nos padrões cristãos, e vamos deixando aquela sensação de abatimento cair sobre nós. A história que eu li á a história de um homem que fracassou. À parte de Judas ele foi o que fracassou mais vergonhosamente. Seu fracasso se torna mais forte porque não foi o fracasso de um homem que procurava ficar em segundo plano mas de alguém que buscava evidência. Era o primeiro a falar. Foi o primeiro a fazer a declaração: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. Muito dinâmico. E como acontece com a pessoa muito dinâmica ele era também falastrão, falava muito. O primeiro a falar, o primeiro a agir e foi, quando todos falharam, à parte de Judas, como já disse, o que mais vergonhosamente falhou.
Se a história concluísse aqui poderíamos ir para casa e numa frase de um escritor da nossa língua "sentar ao meio fio e derramar lágrimas de esguicho", mas a história dele continuou e mais tarde, na sua primeira carta, no capítulo 4, versículos 13 e 14 este homem, Pedro, deixa esta observação:
mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis.  Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.
Mais tarde, suas últimas palavras são de que o cristão não deve fugir daquilo que ele fugiu que era o sacrifício por causa de sua fé. Foi recuperado. 
Pegando os dois textos, o que serve de base para a mensagem e este que agora li, estabelecemos dois limites na história de Pedro e podemos fazer algumas perguntas e encaminhar o raciocínio aqui. Como é que chegamos a falhar? Como fracassamos? Como superar o fracasso? Ou no título desta mensagem da manhã, como lidar com o fracasso?
Vamos responder a primeira pergunta. Como chegamos a fracassar? Como é que Pedro chegou ao fracasso? Me parece haver três atitudes de Pedro que mostram as razões do fracasso, particularmente do fracasso espiritual. A primeira atitude é a autoconfiança. Voltem a sua Bíblia atrás, ao capítulo 14 de Marcos, a partir do versículo 27. Vemos que Jesus diz assim:

 Disse-lhes então Jesus: Todos vós vos escandalizareis; porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. Todavia, depois que eu ressurgir, irei adiante de vós para a Galiléia. Ao que Pedro lhe disse: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás. Mas ele repetia com veemência: Ainda que me seja  necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. Assim também diziam todos.

Quero chamar a sua atenção porque quem está dizendo estas coisas é Marcos. O evangelho de Marcos é considerado como o evangelho narrado por Pedro, as informações de Marcos ele as recolheu com Pedro. Ele não está escrevendo algo que não seja do conhecimento de Pedro. Pelo contrário, é Pedro quem lhe dá as informações, e Pedro é bem enfático ao mostrar toda a vergonha da sua queda. Começou com a autoconfiança. A autoconfiança excessiva nos torna auto-suficientes e muitas vezes negligentes. Deixe-me ser prosaico e, para a alegria do Maurício, vamos falar de futebol. Os mais antigos devem se lembrar, em 1974, véspera do jogo Brasil e Holanda. Assisti pela televisão, ninguém me contou. Alguém perguntou: “Zagallo, você não está preocupado com a Holanda? Ela é campeã da Europa, não perde há três anos e está jogando o futebol mais bonito do mundo. Ela tem o maior jogador do mundo, Cruiff e tem o segundo maior jogador do mundo, Neskeens”. “Não estou preocupado com a Holanda, ela que tem que estar preocupada conosco. Somos tricampeões do mundo e se eles tem Cruiff nós temos Luiz Pereira que é o maior zagueiro do mundo”. O Luiz Pereira, coitado, está procurando o Cruiff até hoje. A Holanda mandou o Brasil de volta para casa e foi uma vergonha o que aconteceu. Estava-se demasiadamente autoconfiante, dormindo sobre os louros do passado, ou escudado numa força que não se tem. 
Quantas vezes na vida espiritual nos julgamos muito fortes, melhores que outros que caíram. Nós não caímos, nunca fizemos isto. Os outros caíram porque são sem vergonhas, porque são fracos, porque são relaxados, porque se fossem crentes dedicados como eu sou ninguém passaria por isto. Ou presumimos que temos uma força, superdimensionamos a nossa capacidade e quando vemos, não somos o que nós pensamos e caímos. Esta autoconfiança indulgente produz auto-suficiência, não raro a arrogância e a negligência. “Sou espiritualmente forte”. O início da queda de qualquer um começa com essa supervalorização do seu caráter espiritual. 
Segunda razão. A falta de aplicação espiritual. Lembram de Mateus 26:40? Em 39: ”Fiquem aqui enquanto eu vou ali orar um pouco”. Depois o texto diz que Jesus volta e encontra os três dormindo e diz: “Pedro, nem uma hora tu pudestes orar?”. “Nós vamos orar, eu sou forte, etc”. O único momento da vida de Jesus  em que ele precisou dos discípulos, o único momento que ele pediu apoio, “vou ali orar, ficai aqui e orai”, eles foram dormir, inclusive Pedro. E foi a Pedro que Jesus se dirigiu. Isto também se torna uma advertência muito grande para nós porque parece que as igrejas de hoje vivem uma prática eclesiológica de Mac Donald’s ou de fast food, comida rápida. Nós queremos coisas rápidas, superficialidade. Os cultos são dinâmicos, enérgicos, as pessoas se sacodem, mas não trazem reflexão. Estamos numa época em que as coisas são muito rápidas. Pedir a la carte e ficar 40 minutos esperando? Vamos na comida a quilo, serve rápido, acabou e vamos embora. Então a grande ênfase das igrejas hoje parece que é não em criar raízes, em ter solidez, em ter profundidade, mas em festa. Vivemos em função de celebração e não em função de conteúdo. Falta de aplicação espiritual. O culto é algo em que nós vamos e, terminado, seguimos a nossa vida. A vida cristã de muita gente se resume a uma hora de culto. Só lêem a Bíblia na igreja, elas estudam a lição da Escola Bíblica Dominical na igreja, elas têm convivência com a Palavra de Deus e com a oração na igreja. Mas fora do culto que se passa aqui elas não lêem bíblia, não oram, não têm nenhuma atividade espiritual, não têm substância, então se tornam pessoas sem nenhuma aplicação. Elas têm casca mas não têm conteúdo, têm aparência mas não significado e exatamente por isto estas pessoas acabam caindo.
Uma terceira razão que levou Pedro ao fracasso e que leva muita gente ao fracasso. Companhia inadequada. Ele deveria estar com os discípulos mas foi sentar-se com os zombeteiros, foi lá para o foguinho. O foguinho aqueceu as mão de Pedro mas congelou o seu coração. Ou seja, o lugar em que ele estava não era o lugar em que deveria estar. Ali o seu Senhor estava sendo zombado. Quantas vezes também cultivamos companhias inadequadas. O adolescente e o moço cristão para o qual os valores da rua acabam sendo mais ponderáveis do que os valores da igreja e os valores de casa. Ele recebe o ensinamento na igreja e em casa mas escuta bobagem, leviandade, aliás uma expressão da Bíblia na linguagem de ontem - chocarrice. Então ele não quer ser diferente, ele necessita muito de aprovação, ele necessita muito de ser aceito pelo grupo e então vai fazer o que todo mundo faz. Ele busca companhias que não acrescentam nada à sua vida mas teima em livrar-se destas companhias. Sabe até que estas companhias são um perigo, como Pedro deveria ter intuído logo na primeira acusação, mas insistiu em permanecer ali. Então vem o fracasso.
No versículo 71 do texto que li: “Ele, porém, começou a praguejar"". Aquele homem que disse “ainda que me seja necessário morrer contigo, nunca te negarei”,  agora está praguejando e jura. Não é só uma declaração, é uma jura. “Não conheço este homem de quem falais”. Agora some tudo isto: autoconfiança que produz arrogância, falta de aplicação e de seriedade espiritual, convivência com companhias que não são as melhores, na realidade são as piores. Qual é o resultado? O versículo 72: "caindo em si, começou a chorar". O reconhecimento - eu fracassei. 
Vamos à segunda pergunta. Como Deus trata os fracassados? Como a senhora trataria o esposo que fracassasse nos votos conjugais? Poria para fora de casa? Mandaria para a casa da mamãe? Ou pegaria as suas coisas e iria para a casa da mamãe? Como você trataria seu filho que tivesse um escorregão envolvendo-se com drogas ou com a filha que engravidasse? “Não cumpriu o meu padrão, não quero mais em casa”. Como você trataria seus pais que por algum motivo, talvez por incapacidade, por dificuldade, deixassem a desejar no oferecimento das suas expectativas? A rejeição? Talvez nós fizéssemos assim mas como é que Deus trata o fracassado? Ele não abandona o fracassado, ele não desiste do fracassado. Primeiro coisa - não esquece. Marcos 16:7:  ele está ressuscitado e o anjo avisa às mulheres que aparecem à sepultura:

Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.

Ele não esquece de Pedro. Ele tem algo ainda a fazer na vida de Pedro. O anjo não diz assim: “ele tá mandando um recado. Ele quer se encontrar com todos mas Pedro não. Ele não quer ver Pedro”. "Dizei a seus discípulos e a Pedro". Ele tem alguma coisa a tratar com Pedro.
Indo ao Antigo Testamento, Isaías 49:15

pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti.

É assim que Deus fala a uma nação que fracassou no testemunho e está no cativeiro. Deus não desiste do fracassado, não o abandona. A igreja, pode ser que sim. Alguém já definiu a igreja como o único exército que abandona os seus feridos para morrer, mas Deus não abandona os seus. Como Deus trata os fracassados? Primeiro, ele não esquece. Segundo, ele reitera a amizade. João 21:15 diz:

Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.

Já mencionei isto antes. Comer com alguém, para o oriental, era criar vínculo com alguém . Não se comia com o desconhecido. Já comentei numa mensagem anterior sobre os irmãos de José quando desceram para o Egito. Eles comem à parte, como hebreus, e José, que agora é um egípcio, com os egípcios. Eles são de grupos diferentes, são desconhecidos, têm uma relação estritamente comercial. Não havia almoço de negócios. O almoço era de família, de grupo. Comer com alguém era ter um vínculo com alguém. Se estão lembrados eu disse que é daqui que vem a nossa palavra “companheiro”, aquele que como pão com alguém - é ter um vínculo. Ele come com Pedro, ele continua amigo de Pedro. Se deixamos de ser amigo de quem falha conosco, ele não deixa de ser nosso amigo e reitera a amizade. 
Como Deus trata os fracassados? Primeiro - não esquece. Segundo - amizade. Terceiro - toma a iniciativa. Ainda em João 21:15, "perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?". Vocês já brigaram com alguém? Já falharam com alguém? Depois não sabiam nem como chegar e conversar com a pessoa. Já que reconhecia que estava errado. “O que eu falo?”.  A parte ofensora não sabe nem como chegar para pedir desculpas. Aqui a iniciativa é da parte ofendida. “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?”.  Ele não deixa de lado. A relação não foi sepultada, de maneira que ele toma a iniciativa. Podemos falhar espiritualmente, falhar com Deus, mas devemos ter sempre em mente que ele não nos esquece, não nos abandona e sempre está tomando a iniciativa.
Apontaria uma quarta atitude dele. Não esquece, não desiste, toma a iniciativa e dá nova oportunidade. Ainda em 21:15:  "apascenta os meus cordeiros". João 21:16: "Pastoreia as minhas ovelhas". João 21:17:  "apascenta as minhas ovelhas". Não foram três negativas? Aqui estão três oportunidades de serviço. Tantas vezes quanto falhou tantas vezes teve de novo o trabalho a ele oferecido. Como Deus trata os fracassados? Ele nunca nos vê como casos perdidos. Esta é a nossa grande esperança.
Vamos à nossa última pergunta. A primeira foi como chegamos a fracassar,a segunda como Deus trata os fracassados e a terceira, com que vamos encerrar o nosso assunto:  como responder ao tratamento de Deus? Como podemos responder a forma dele nos tratar? Primeiro, crendo que ainda há esperança. Judas fracassou tanto quanto Pedro, mas em oposição a ele Judas não creu. Em vez de se envolver com ele Judas foi se envolver exatamente com as pessoas que o subornaram e me parece que uma pessoa que se vende não vale nada, inclusive para quem a comprou. As pessoas que haviam comprado Judas não puderam lhe dar apoio. Então Judas se viu sem esperança. Foi para o suicídio. Pedro creu que ainda havia esperança para ele. Creio que é Plínio  Marcos o autor de uma peça teatral intitulada "Brasileiro, profissão esperança". A gente sempre tem esperança. Poderíamos, parafraseando Plínio Marcos dizer: “Cristão, sobrenome esperança”. Porque a esperança faz parte do ideário cristão, está enraizada no nosso caráter. É da índole do nosso povo e é da índole essencial do cristão. O cristão vive em esperança, sempre há uma oportunidade. Irmão, se há algo que nós devemos carregar conosco é isso - o cristão não tem passado. Ele só tem presente e futuro. O passado foi esquecido, foi perdoado, não é esfregado no nosso rosto por Deus. Ele não pede folha corrida e nem prontuário. Não vive a fazer cobranças. Vive a oferecer oportunidades. Se você caiu não é o fim. Primeiro: é crer que há esperança. Segundo, é ter cuidado com o sentimento de culpa. Isto não está no texto,  mas faz parte do todo. Pedro e Judas tiveram a mesma experiência depois do fracasso, só que em Judas o sentimento de culpa o conduziu a morte. Em Pedro o conduziu ao choro e  consagração de vida. Tomem muito cuidado porque o Espírito Santo não cria sentimento de culpa. Ele produz convicção de pecado e leva ao arrependimento e mudança de vida. Ele empurra na direção de Cristo. O acusador não é o Espírito Santo. A Bíblia chama Satanás de “o acusador de nossos irmãos”.É Satanás quem acusa, cria o desespero, quem cria a aflição. O Espírito Santo convence, mas o Espírito Santo não empurra para o desespero. Ele empurra para Deus, para o perdão. Há um sentimento que nos empurra para o Sinai e nós vamos lá para a lei e nos vemos como pecadores. E pode até parecer religioso, mas este é um impulso destrutivo. Mas há um que nos empurra para o Calvário. No Calvário não há acusação, há perdão. “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. No calvário não há uma palavra de recriminação. No Calvário não há uma palavra de acusação – “Hoje estarás comigo no paraíso”. Da boca do crucificado só brotam palavras de perdão. Do crucificado só vem o gesto de reconciliação e de aceitação. Aquele que carrega um fardo de culpa sobre os seus ombros deve examinar: quem é que está colocando isto sobre mim? É Deus? É realmente o Espírito Santo? Ele oferece o perdão, ele tem graça, ele restaura. A última palavra de Jesus no evangelho de João está no versículo 22 porque de 23 em diante temos as palavras de João. Qual é a última palavra de Jesus no evangelho de João? “Segue-me”. Esta é a última palavra que João põe na boca de Jesus. “ Segue-me”. Esta palavra é dirigida a Pedro. “Pedro, não quero saber de nada que aconteceu, segue-me.”
Aceitar uma nova oportunidade é a outra coisa a fazer. Conta a história que no fim da vida Pedro foi, por causa de sua fé, crucificado. Conta a história que ao ser crucificado, Pedro o pediu para ser de ponta cabeça, de cabeça para baixo, porque não se achava digno de morrer como o seu Senhor. Aquilo que ele disse lá atrás, “ainda que me seja necessário morrer por ti nunca te negarei”, ele assumiu. Ele quebrou o que dissera mas teve uma nova oportunidade. Assumiu e foi fiel até o fim. Como responder ao tratamento de Deus para conosco? Aceitando o seu perdão e envolvendo-nos com ele.
Vamos ao final. Ninguém diga:”Que bom, é muito boa esta mensagem do pastor porque temos alguns irmãos aqui que podem cair e, eu não preciso tanto porque eu não caio mas a gente sempre sabe que tem uns crentes fraquinhos  para eles é uma boa oportunidade”. Se você está pensando assim quero lhe ler o texto de 1Corintios 10:12:

Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.

Você pode cair. Qualquer um de nós pode cair. Até os anjos caíram. Mas se falharmos em qualquer área de nossa vida lembremos disso: Deus se interessa por quem falha. Você fracassou espiritualmente? Tem fracassado em algum relacionamento? Tem fracassado em alguma área da sua vida? Não se desespere. Cristo tem interesse por você. Cristo pode mudar você. Deixe-o fazer isto.

Mensagem – Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho - Igreja Batista do Cambuí

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