SINDROME DE BABEL

GÊNESIS 11:1-9

A história da Torre de Babel, situada logo no início na pré-história, é um dos acontecimentos que mudaram a história da humanidade, que ilustra muito bem o que pode dar errado nas civilizações e nas sociedades.
A curta narrativa contada em apenas nove versos é uma obra-prima compacta de literatura e virtuosidade filosófica. A primeira característica notável é sua precisa descrição histórica.
A torre, também chamada de zigurate, era o maior símbolo das cidades estados do vale do Tigre-Eufrates, na antiga Mesopotâmia, o berço da civilização. Foi neste local que os primeiros grupos humanos se fixaram, desenvolveram a agricultura e passaram a construir cidades.
E o Gênesis chama a atenção para a habilidade que possuíam de fabricar materiais de construção, especialmente tijolos (não só tijolos, mas também a roda, o arco e o calendário). Os tijolos eram feitos de barro, cozidos ao sol ou queimados ao forno, "E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal". Gênesis 11:3.
Este conhecimento tornou possível a construção de prédios em grande escala, atingindo alturas jamais vistas até aquele momento. Apartir daí que o zigurate começou a crescer em tamanho, com vários níveis de muitos andares e milhares de degraus para se chegar ao seu topo, e que possuía um significado religioso profundo.
Essas torres, em sua essência (as ruínas de pelo menos trinta foram descobertas), configuravam-se em "montes santos" construídos pelo homem, onde o céu e a terra pareciam se encontrar.
"E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus," Gênesis 11:4.
Inscrições encontradas nestas construções, que foram decodificadas por arqueologistas, se referiam à idéia de seu topo "atingindo os céus". O maior deles, o grande zigurate de Babel do qual fala o Gênesis, era um edifício de sete andares com 91,44 metros de altura, uma construção sem precedentes para a época.
A história da Torre de Babel não é apenas precisa em descrever os fatos e o meio histórico-cultural em que se desenvolve a narrativa. Está repleta também de recursos literários, inversões e jogos de palavras no original hebraico. Isso porque a maioria das palavras em hebraico, podem ser quebradas e reduzidas à sua raiz, à matriz de cada palavra, composta de três consoantes, que contém a essência do significado daquela palavra.
No texto vemos quando Deus então, desce "para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam" e vendo o que faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro."
Nesta passagem, a descrição antropomórfica de Deus fica evidente quando ele "desce" e "vê" e mostra-se temeroso com o desenvolvimento do povo.1 O texto também apresenta alguns jogos de palavras "Babel", que significa confusão em hebraico e também com o uso de uma palavra que significa "lugar" e "nome" ao mesmo tempo no verso "façamo-nos um nome".1 As formas plurais empregadas por Deus: "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro." mais aparecem no relato.1 3      

Babel, como "todos" sabemos foi uma torre construída há muto tempo atrás pelos descendentes de Noé. Embora há quem diga ter sido a mesma levantada por Nabucodonosor II, por ocasião do segundo império babilônico. Ainda segundo os historiadores, Nabucodonosor II construiu a torre e os jardins suspensos da Babilônia. Babel ficava em Sinar, terra que pertencia a um descendente de Noé por nome de Ninrode, poderoso caçador (Gn. 10:10). Nesse tempo toda a terra possuía uma só língua. Todos falavam um só idioma. Diz a bíblia que eles partindo do oriente chegaram a Sinar e ali habitaram (Gn, 11:1). E disseram uns aos outros: façamos tijolos e os queimemos bem. E assim foi. Aparelharam tijolos. E disseram ainda: Edifiquemos uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e tornemos nossos nomes célebres (famosos) (Gn. 11:4).
          
Babel é a primeira e maior representação do desejo humano de exclusão da participação divina em seus projetos de vida, depois da queda. Em nenhum momento vemos Deus sendo citado nos seus intentos. Deus ficou fora dos projetos do vale de Sinar. Eia, fiquemos famosos! O que é totalmente oposto ao que vemos em Gêneses 12, onde é o próprio Deus quem toma a iniciativa e promete a Abraão que, dele, faria uma grande nação.
          
Meu amigo leitor, se você parar para reparar, todos os que construíram uma cidade com o objetivo de se tornar célebre, terminaram de modo trágico. Dê uma estudada no que aconteceu ao construtor de Brasília, que, com certeza, você vai se interessar por saber o fim dos outros construtores de cidades, na história da humanidade. Duas outras cidades são: Cesareia construída por Herodes e Alexandria, construída por Alexandre o grande, mas existe outras. "Dimiurgo", o deus da construção, não os livrou do fim amargo.   
          
A construção de Babel foi só a culminância da construção da cidade. Ambas fariam aqueles homens reconhecidos em toda terra. A fama deteriora o ser humano e ele não tem a menor ideia desse fato. lembremo-nos do rei do pop que certo dia, ou em todas as suas entrevistas dizia que só queria sair e ir no outro lado da rua em que morava e sentar na pracinha, mas não conseguia, pois quando punha o pé na rua, os Estados Unidos todo vinha ao seu encontro. Mas o objetivo daquele povo era a fama. E a torre, em especial, era mais séria ainda - o povo de Sinar queria ir ao Céu sem a participação de Deus. Sem Jesus. Façamos uma torre e cheguemos aos céus. O homem sempre quis evitar Deus na sua vida.
         
E o pior de tudo isso é que vemos no meio do povo de Deus pessoas buscando fama dinheiro e riquezas. No reino de Deus, ninguém foi chamado à notoriedade. Mas tem gente pensando que sim.
          
Síndrome é o conjunto de sinais que identifica uma doença. Assim sendo podemos dizer que no meio do povo de Deus há um conjunto de comportamentos que nos leva a dizer que há a síndrome de babel no meio dele. E que conjunto de coisas seria esse? Fama, notoriedade, dinheiro, poderio  etc.
          
Não queremos dizer com isso que você não deva ser útil na obra de Deus. Isso é outra coisa. Queira ser e lute por isso. Deseje ser importante "para" a obra. Isso é bíblico (I Tm. 3:1 e I Co. 14:1). Contudo, cuidado com babel. O homem quando caiu, caiu por querer ser como Deus. Por um momento ele quis ser importante, não se sentiu satisfeito em ser apenas um homem, queria ser mais. Querer ser mais também foi o tabernáculo do diabo. Há muitas medidas. Por exemplo: quilo, centímetro, litro e etc, todas com uma capacidade limitada a seu tamanho, mas existe duas que não tem limite: o "TER" e o "SER". Nunca enchem. O homem sempre quer mais e mais.
          
A síndrome de Babel está tão arraigada nas igrejas, que até o louvor foi afetado por ela. Os grupos de louvor poderiam ser uma bênção, mas não o são, pois se não cantarem no domingo ficam bicudos e não vêm no outro domingo, pois, segundo eles, estão sendo perseguidos. São tão famosos que não podem ser evitado um dia sequer. Que Deus tenha misericórdia da cegueira desse povo. E o pior é ver que esse povo tem fãs. E como tal sua leva de fãs compram uma briga pela causa deles. Acham que eles estão sendo injustiçados e está feita a bagunça na unidade da igreja. Cuidado, que Babel também é sinônimo de "CONFUSÃO".
          
Cuidado, também, porque das sete maravilhas do mundo, só uma está de pé e esta fedendo por dentro. Tudo passa. E a oitava maravilha feita "para" o mundo, já disse seu arquiteto: "Passará o céu e a terra, mas ela não passará" (Mc. 13:31).



http://www.rudecruz.com/estudos-biblicos/antigo-testamento/genesis/a-historia-da-torre-de-babel-estudo-biblico.php
http://desertoteologico.blogspot.com.br/2013/05/a-sindrome-de-babel.html






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