Meus presentes de Dia das Mães

Este ano estou passando o dia das mães na casa de minha terceira filha, que está grávida de seu segundo filho.
Meus filhos esse ano não poderão comprar presentes para mim. Mas isso não me afeta em absolutamente nada.
Para falar a verdade, nunca me importei muito com presentes. Flores, após serem colhidas, murcham e perdem a beleza. Roupas saem da moda e ficam ocupando espaço. Perfume acaba e são poucos os que me não me dão dor de cabeça.
Os presentes que eu realmente sempre desejei e tive não podem ser comprados em lojas.
 Me lembro de um ano em que meus filhos acordaram mais cedo do que eu e fizeram café e me levaram na cama. Leite com chocolate e pão com margarina num prato e seus rostinhos lindos e ansiosos para me surpreenderem....
Lembro-me das mãozinhas impressas em folhas sulfites quando eles ainda não sabiam ler.
Lembro daquelas cartinhas onde eles desenhavam a nossa família e enchiam de corações. Nenhum dos meus filhos teve grande talento para desenhar e pintar, mas aquelas folhas simples eram verdadeiras obras de arte, de valor incalculável. 
Lembro de um ano em que meu filho  Wilton, quando tomou consciência de que eu não era mãe biológica e ele, com cinco anos,  me deu um abraço forte dizendo que deus tinha dado uma mãe linda para ele.
Lembro da minha menina Paula, com apenas 4 anos,  chegando em casa chorando porque falaram que eu não era mãe dela e que ela havia batido na criança que disse isso. Corrigi-a, dizendo que ela não devia agir com agressividade, que eu era a mãe dela e ponto final e enchi ela de beijo, dizendo que so uma mãe podia beijar sua filha daquele jeito
Lembro da minha menina Bianca abrindo os braços e dizendo que me amava "grande assim, até o céu'.
Lembro de um ano em que a Bianca e o Gustavo  cantaram na igreja para todas as mães presentes e o tempo todo olhavam para mim para ver se eu estava gostando.
Lembro do Gustavo sentado na bateria querendo tocar uma musica que a Paula e a Bianca tentavam cantar para mim.
Lembro da Bianca e da Ana Paula, já adultas, brincando e brigando. A Paula falava:
- Eu sou a preferida da mãe. Afinal eu fui escolhida. Você simplesmente nasceu da barriga dela. Ela não teve escolha.
E a Bianca retrucava:
- Não tem nada a ver. A mãe sonhou comigo e me esperou por anos. (o resto que ela falava prefiro não comentar, pois era tudo uma grande brincadeira, mas tem pessoas que não vão conseguir entender e vão achar que era preconceito, mas elas e eu sabemos e já rimos muito, esse é nosso segredo)

Essas lembranças ninguém tem, apenas nós! Deus me deu os melhores presentes e eu guardo todos esses momentos no meu coração. Hoje todos são adultos, tem suas próprias vidas, porém sempre serão os meus filhos amados. O motivo pelo qual eu não desisti de lutar mesmo nos momentos em que parecia que eu não ia aguentar o fardo de cria-los nos caminhos do Senhor.

Abri mão de muitas coisas para ficar com eles e continuarem abrindo mão, mas são tudo coisas passageiras, mas o amor deles é para sempre.

Hoje posso apenas agradecer a Deus pelas minhas crianças e dizer que eles são a maior demonstração que Deus não nos desampara em m omento nenhum.











"A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada." (Provérbios 31:30).

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