Fé Teórica e Fé Salvadora


A Bíblia nos apresenta dois tipos de fé: a fé  salvadora e a fé teórica, também   também  chamada de fé intelectual, a qual normalmente também é chamado de crenças.
Elas são bem diferentes entre si. A pessoa pode inclusive ter crença numa coisa boa, mas continuar sendo uma pessoa má. Já a fé salvadora, além de ter a crença na sua constituição, tem fatores mais relevantes: o arrependimento e a justificação.
De nada adianta apenas acreditar em Cristo, e nas doutrinas cristãs. Isso não trará a salvação para a nossa alma. Afinal, os demonios também creem, e reconhecem que Cristo é o Salvador. Eles sabem que chegará o dia que Cristo retornará para julgar ao mundo e que todos eles (demonios) serão lançados no fogo do inferno.
Uma ironia é reconhecermos que até os demonios creem e enquanto isso, muitos homens não creem. Existem inclusive muitos que não acreditam nem mesmo no céu, no inferno, ou até mesmo em Deus. Com isso, não acreditam na eternidade, quer seja no céu ou no inferno. Porém, de acordo com Tiago 2:19, os demonios crêem e estremecem.
Os demônios crêem não somente que há um Deus sa´bio e poderoso, gracioso em nos abençoar e justo ao nos punir, mas também que Jesus é o filho de Deus e Salvador do mundo. Assim, vemos um deles declarar: "Bem sei quem és: o Santo de Deus" (Lucas 4:34). N]ao podemps duvidar de que esse mau espírito cria em todas as palavras de Jesus. Houve outro que foi constrangido a dar testemunho de acordo com Atos 16:17 - "Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são os servos do Deus Altíssimo." O granmde inimigo de Deus e do homem cr|ê - a ponto de estremecer - que Deus foi manifestado em carne e que reinará para sempre. Até aqui vai a fé dos demônios.
Esforcemo-nos para que a fé esteja tanto em nossos corações quanto em nossas mentes. Nosso conhecimento deve exercer influencia santificadora sobre nossos feitos e em nossa vida. Não nos contentemos somente com o conhecimento de Cristo. Além de amá-lo, reconheçamos todos os beneficios que dEle temos recebido. Não creiamos somente no fato de ele ser o Filho de Deus e o salvador do mundo. regozijemo-nos também nEle. Nãp o conheçaos somente de ouvir falr, mas dirijam0-nos a Ele pessoalmente, pedindo-lhe graça e misericordia. Lutero diz que a vida cristã consiste de possessivos. Uma coisa é dizer que Cristo é o Salvador, outra bem distinta é dizer que Ele é o meu Salvador e meu Senhor. O diabo pode até dizer a primeira frase, mas só o verdadeiro cristão pode dizer a segunda.
A fé salvadora, segundo Paulo, é o meio pelo qual todo o ser do crente - sua inteligencia, sua vontade- entra em posse da salvação que a encarnação e a morte do filho de deus adquiriram para Ele. É pela fé que se recebe a Cristo; só então Ele passa a ser tudo para o homem e no homem. Ele traz vida divina à vida humana, e o ser humano assim renovado, livre do poder do egoísmo e do pecado, adquire novas afeiçoes e faz novas obras. A fé que não se apropria da salvação não tem valor algum: as fontes da nova vida são fechadas, e o cristianismo é destruído em suas bases.
Qual é a fé, então, pela qual somos salvos? Podemos responder que é a fé em Cristo. Cristo e Deus em Cristo são os objetos dessa fé. Portanto, distingue-se a fé dos pagãos da fé dos demônios e a crença racional. Trata-se de uma atitude do coração: "Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus e em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo (Romanos 10:9)
Esta fé difere também daquela que os apóstolos tinham em Jesus enquanto ele estava na terra. A fé salvadora reconhece a necessidade e o mérito de sua morte e o poder de sua ressureição. Reconhece Sua morte como o unico meio suficiente de remir o homem da morte eterna, e a Sua ressureição como a nossa restauração à vida e à imortalidade, visto que Ele foi orto por nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. A fé cristã, portanto, não significa apenas concordar com o Evangelho de Cristo, mas também ter plena confiança nos méritos de Sua vida, morte e ressureição.

A fé e a justificação



(continua)
Fonte: Manual Prático de Teologia - Eduardo Joiner



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