JUDAÍSMO, DÍZIMOS E OFERTAS NOS DIAS DE HOJE
Infelizmente é comum ouvirmos nas igrejas cristãs conceitos
judaicos totalmente equivocados. Este ano já ouvi de três pastores diferentes
que a primeira coisa quando um judeu chega a uma sinagoga é ofertar.
A concepção de dizimo para os judeus é totalmente diferente
da concepção cristã. Os judeus alegam que como hoje em dia não há mais um
“templo”, mas apenas congregações de judeus, logo é totalmente proibido
dizimar, pois de acordo com a Torah, o dizimo so pode ser dado à um levita.
Este é o motivo pelo qual um judeu não mais dizima atualmente. De acordo com o
rabino dar o dízimo bíblico atualmente, sem Levitas e Sacerdotes em seus ofícios
regularmente ordenados e fazendo serviço no Templo, seria "pecado"
tanto para quem dá quanto para quem recebe. "Se devemos obedecer à lei,
não podemos pagar o dízimo a menos que o paguemos aos que foram ordenados por
Deus para aceitar esse dízimo".
Os rabinos empossados hoje em dia são lideres judeus, mas
nem sempre levitas. A maioria é da tribo de Judá. Inclusive podemos ver que
Jesus ou Pedro não pediam dizimo para
eles, afinal também eram da tribo de
Judá. Paulo também não, pois era da tribo de Benjamim, como tal eles eram
desclassificados para receberem o dizimo.
Perguntei então como as sinagogas se sustentam e ele
explicou o que eu já conhecia pelos 22 anos
em que fui casada com um judeu. Minha sogra recebia um carnê pelo
correio com pagamentos para o ano todo.
Os valores eram pré fixados. O rabino explicou que eles fazem os cálculos das
despesas previstas para o ano e então dividem entre as pessoas que ali
congregam. As divisões não são iguais. Dependendo de quanto querem contribuir,
as famailias escolhem uma faixa de preço. Este método para levantar fundos é
perfeitamente apropriado (do ponto de vista bíblico) se os judeus desejarem
usá-lo. Isso porque o dinheiro é pago à sinagoga e não a um sacerdócio levítico
ordenado. Como se fosse a manutenção de uma cooperativa...
Além disso, eles também tem a pratica do tsedacá (ato de
justiça), um dos 613 preceitos dados no Monte Sinai. Trata-se de ajudar a quem
precisa sem que a pessoa precise pedir e no anonimato.
Ela difere da caridade pois esta é
definida como "um ato de generosidade ou de auxílio a um pobre". A
Tsedacá não é meramente um ato de caridade: toda vez que alguém proporciona
satisfação a outros – mesmo aos ricos – com dinheiro, comida ou palavras
reconfortantes ele cumpre esta mitsvá. Existem muitas mitsvót englobadas dentro
da mitsvá de Tsedacá, que por sua vez está englobada dentro do mandamento mais
amplo de imitarmos as características do Todo-Poderoso. Da mesma forma que D'us
cuida de nós, devemos nos esforçar para ajudar o restante da humanidade.
A quem dar?
Um método fácil para aqueles que recebem
seu salário já deduzido de impostos é tirar 10% do valor e depositá-lo para
alguma instituição realmente merecedora (Aconselhe-se bem antes de entregar o
dinheiro. Lembre-se: Tsedacá é um 'negócio' espiritual. Da mesma forma que você
não investiria seu dinheiro numa empresa ''picareta', não dê Tsedacá antes de
assegurar-se onde irão aplicar seu dinheiro). Isto torna sua contabilidade
honesta e transparente, tornando mais fácil cumprir esta mitsvá.
Deve-se doar para instituições e pessoas
necessitadas, a nosso próprio critério. Procuramos entidades idôneas que
conhecemos e confiamos, ou nas quais sabemos com certeza que o dinheiro será
todo aplicado em obras assistenciais, ajuda a pobres e necessitados, custeio de
estudos a estudantes carentes, e assim por diante. A forma mais nobre de
realizar uma doação é aquela em que o doador desconhece a quem doa e quem
recebe a doação nem imagina quem lhe fez a doação.
P.S: NÃO ESTOU AQUI DIZENDO SE CONCORDO OU
NÃO, ESTOU RELATANDO COMO OCORRE PARA QUE NÃO HAJA MENTIRAS DE PÚLPITO. ESTE TEXTO É APENAS UM RESUMO.
POR FAVOR, CASO VOCÊ DESEJE PREGAR SOBRE COSTUMES DE OUTRAS CULTURAS, INFORME -SE PARA NÃO FALAR MENTIRAS.
Parabéns ótimo trabalho
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