Tornei-me um pássaro solitário

Sou como a coruja do deserto, como uma coruja entre as ruínas.Não consigo dormir; tornei-me como um pássaro solitário no telhado. Salmos 102:6,7

Uma coruja entre ruinas, um pássaro solitário. 

A coruja está isolada, o pássaro está exposto no alto de um telhado. 

Este pássaro está no topo de um telhado, sua dor exposta ao mundo.

A solidão de um espírito sem paz, da angústia quando Deus  parece não responder às orações. Os sentimentos em ambos os casos se conectam facilmente às nossas experiências. Apesar da notação de que esta é uma oração individual, o salmista passa de suas preocupações para as preocupações com a restauração e reconstrução do povo de Deus no versículo 12.

Tu, porém, Senhor, no trono reinarás para sempre; o teu nome será lembrado de geração em geração.
Salmos 102:12

Isto me predispõe a entrar na angústia de cada pessoa; alguém que está, talvez, cheio de desespero. A urgência desta oração me faz pensar que o salmista já estava orando a algum tempo

Agora o salmista diz a Deus “não se afaste ... incline-se ... meu coração está doente”. Toda essa dor e desespero ele envolve na imagem do versículo 7 de um pássaro solitário e sozinho, sem o conforto de companheiro ou bando; incapaz de dormir e, portanto, incapaz de descansar, ser restaurado ou renovado. Seu corpo e suas emoções estão doentes. Mas o consolo vem a seguir:

Mas tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim.
Salmos 102:27

O salmo é uma fusão de duas orações, uma um lamento e a outra uma oração de garantia de que a bondade de Deus prevalecerá.
O salmista está nos dizendo que mesmo nos momentos mais difíceis de separação de Deus, chegará um momento em que  Ele ouvirá as orações dos desamparados e não rejeitará seus apelos. 

Não devemos nos surpreender de que, ao defendermos a verdade, como Elias o fez, possamos nos sentir sozinhos.  Muitas vezes podemos nos sentir como esses pássaros  mas não estamos sós, pois temos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nós não estamos sozinhos.