É a velha história. Os mais velhos com o discurso de sempre: Porque na minha época..... Os mais jovens afirmando: Não tem nada a ver. Os tempos mudaram.
No final a maioria dos adolescentes tem a mesma convicção: Nós somos modernos. Adultos não sabem de nada.
Dica: Geração Z são aqueles nascidos de 1995 a 2015.
Minhas desculpas por ser tão direta, mas honestamente, essa é a narrativa da Geração Z. É a mesma maneira que a geração do novo milenio pensava sobre a Geração X.
Eu sou da geração da Discoteque, da década de 70 e 80. E nós achavamos a geração dos Baby Boomers um tanto antiquada.
Vi meus filhos crescerem na geração milenio e vejo meus netos agora achando meus filhos antigos....
A verdade é que cada geração se afasta para abrir espaço para os adolescentes mais jovens, modernos e mais atualizados que a geração deles.
Tendências de moda vêm e vão (e voltam novamente), estilos musicais têm seu auge e depois morrem, a tecnologia de ponta eventualmente parece arcaica, e no meio desse ciclo de gerações, os jovens muitas vezes compram uma mentira muito perigosa — que não precisam dos adultos, que são auto-suficientes e espertos.
"Esses adolescentes são mal-educados!", dizem as gerações mais velhas. "Vocês adultos não entendem!", Retrucam os adolescentes. E a lacuna cada vez maior tem menos a ver com a idade e mais com a luta antiga para se relacionar e ter relações com aqueles mais velhos ou mais jovens do que nós mesmos.
Mas a verdade é que a Geração Z precisa de adultos. E os adultos precisam da Geração Z. A geração Z precisa da influência positiva daqueles mais velhos. Não sei se este meu pensamento se origina pelo fato de eu ter recebido muita influencia da minha avó materna. E foi uma influencia muito impactante na minha vida, que me ensinou a resiliencia e a tolerancia quando as coisas não saiam como eu desejava.
Aprendi mais, cresci mais e fui desafiado mais do que ao me relacionar com as pessoas da minha geração. Não deixei de participar dos movimentos políticos e sociais da década de 70 e 80, mas tive o cometimento que os mais velhos podem nos passar.
A ponte entre a diferença de idade é possível e fazê-lo é fundamental para ajudar os adolescentes a crescer com uma visão de mundo bíblica e uma relação sólida com Deus. Embora nem sempre seja fácil, se esforçar para superar os obstáculos definitivamente vale a pena.
Então, o que a Geração Z precisa dos adultos em suas vidas?
Precisa do amor deles por Deus.
Uma vida marcada pelo amor consumista por Deus é uma vida que parece distintamente diferente. E precisam ver essa diferença. Há algo convincentemente bonito em alguém que transborda com o amor e alegria de Cristo. Testemunhar esse transbordamento tem um impacto maior do que palavras ditas em um palco ou uma lista de regras e regulamentos jamais poderiam. Não é que as diretrizes e regras não importem ou que não precisamos de ensinamentos de pastores e oradores (porque fazemos), mas que simplesmente testemunhar a Bíblia vivida em uma vida, observar como Cristo faz a diferença em uma alma, e observar pessoas que oram fielmente, servem e obedecem tem um impacto que não pode ser superestimado.
Precisam ver o amor profundo por Deus na vida dos adultos ao nosso redor e precisam experimentar o transbordamento desse amor em como eles apontam para Jesus, ao ensinar a Bíblia, e perdoar quando os mais jovens erram, o que com certeza ocorrerá, como já ocorreu com eles. O exemplo que os adultos demonstram vivendo um amor apaixonado e comprometido por Deus deixará uma marca na próxima geração.
Precisam da sabedoria deles.
Que os jovens e os mais velhos se reunam em volta de uma mesa com chá e bolinho de fubá, ou, numa versão mais jovial, com um lanche e um refrigerante. Que os jovens ouam seus conselhos, baseados em uma experiencia de vida, que os mais velhos orem pelos mais jovens, que os abracem e respeitem seu caminhar. Porque a Geração Z precisa profundamente da sabedoria dos idosos, mas não do seu julgamento.
Quando se trata de sabedoria, meu maior conselho para adolescentes é: não seja um Reboão. Reboão era filho de Salomão (o homem mais sábio do mundo), mas em vez de seguir os passos de seu pai, ele mostrou-se um dos mais tolos. Depois de assumir o trono, Reboão consultou os anciãos e conselheiros de seu pai (passo bom um), mas então ele rejeitou seu conselho e pediu a seus amigos (passo ruim dois). Na natureza da pressão dos colegas, Reboão decidiu seguir o conselho de seus amigos em vez dos conselheiros fiéis de seu pai. No final, não foi bem para ele ou para a nação de Israel (ver 1 Reis 12). Esta história prova o ponto que o conselho e influência dos pares sozinhos levará os adolescentes a fazer escolhas imprudentes e prejudiciais.
Pode ser que até a geração z não precise de conselhos de como governar uma nação, mas precisam dos conselhos de como gerir seus relacionamentos, seus estudos, suas emoções, finanças e este mundo doido ao redor de todos nós. A cultura deste século oferece muitos obstaculos a serem superados. Não sei se mais ou menos dos que nós também tivemos que superar, mas são questões de sexualidade, mídia, justiça social, identidade, liberdade.
Em desafios como esses e muito mais, precisam ser encarados com clareza e coragem.
Muitos adolescentes, como Reboão, acham que aprenderam tudo em suas curtas uma ou duas décadas na Terra, mas há inúmeras lições que ainda não aprenderam — lições que aqueles que viveram há mais algumas décadas já aprenderam. Os adolescentes e os vinte anos são uma temporada de grandes decisões de vida, mudanças tremendas e oportunidades de crescimento inestimáveis. Por que os adolescentes acham que é possível lidar com tudo isso sozinho? Provérbios dá bons conselhos quando diz: "Na multidão de conselheiros, há segurança" (Provérbios 11:14).
A geração Z precisam da amizade dos mais velhos.
É sempre triste para mim quando eu vejo isso: grupinhos. Adolescentes agrupados em uma seção, todos com mais de trinta anos se reuniram em outra. Na outra o grupo com mais de cinquenta e por ai se vai. Nossa sociedade perdeu a bênção das amizades intergeracionais. Não sabemos como ser amigos — amigos de verdade — com aqueles que não têm nossa própria faixa etária. Isso é profundamente triste, porque todos estão perdendo a riqueza das relações que podem abranger todas as idades. A experiência não deve separar as gerações, mas sim aproxima-las.
Quando a mentoria começa com amizade, a relação anterior estabelece confiança, segurança e abertura na comunicação, o que pode ajudar os corações adolescentes a serem mais abertos a receber conselhos e orientações.
Precisam de nossas orações.
Independentemente de quanto conselho recebem ou quantos mentores tem, todo adolescente cometerá erros. Erros são simplesmente uma parte de ser humano. Mas a oração é a ponte que pode atravessar a lacuna de nossos erros humanos e ajudar a manter — ou trazer de volta — o caminho da verdade de Deus. Meu marido sempre fala de sua mãe que permaneceu orando por ele nos momentos nos quais ele decidiu se rebelar. Muitas outras pessoas podem dizer o mesmo.
Quando o coração de um adolescente está fechado para ouvir sabedoria, ou quando ter um relacionamento de amizade não é possível, a oração ainda é uma arma poderosa que pode lutar pelo coração daquele adolescente. Quando tudo mais falha, a oração nunca acontece.
Não só a oração ajuda a manter no caminho certo, como dá força para a caminhada. Sou tão grata quando sei que existem pessoas orando pelos meus filhos e netos, além de eu mesmo também estar orando. O tremendo poder da oração pode agir como um traje protetor de armadura na batalha espiritual e cultural que os nossos filhos enfrentam todos os dias.
Um chamado ao relacionamento
Sempre que converso com um jovem que está passando por algum problema, oriento-o a procurar um pastor, um lider para que tenha uma mentoria. Mas um dia me perguntei se todos estes jovens tem esta chance de ter um mentor.
Há uma verdadeira falta de mentores na igreja hoje. Pessoas que estão dispostas a investir em alguém mais jovem, levá-los "sob suas asas", e simplesmente seguir a jornada da vida juntos. Não é um ministério chamativo, mas é desesperadamente necessário. Tito 2 estabelece uma base para esse tipo de mentoria, encorajando as mulheres mais velhas a "advertir as mulheres jovens" e os homens mais velhos a "exortar os jovens" (Tito 2:4-6). Relacionamentos constroem legados e o legado de uma vida derramando em outra pode impactar inúmeras gerações futuras.
Por favor, ouça o coração de um Geração Z - Eles precisam de nós.
Mesmo que digam que não ou rejeitem nosso conselho por um tempo, por favor, não desistamos mostrar nosso amor por Deus, dando nossa sabedoria, investindo em amizade e orando fielmente. Porque faz mais diferença do que imagina.
A Geração Z, por favor, agarrem essa sabedoria e não rejeite o conselho daqueles mais velhos e sábios. Nas palavras de Salomão, "Mantenha a sabedoria sonora e a discrição; então eles serão a vida para sua alma e graça para o seu pescoço. Então você caminhará com segurança no seu caminho, e seu pé não tropeçará" (Provérbios 3:21-23). Corram atrás do conselho de adultos em sua vida e intencionalmente busque relacionamento com eles, porque fazê-lo afetará sua vida mais do que você imagina.
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