Amar, Gostar e Muito Mais!
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Muito tem sido escrito nos últimos tempos sobre gostar e amar o próximo. Nos dias de hoje, é quase impossível expressar amor por alguém, pois isso desconcerta as pessoas. As pessoas ficaram assustadas com a expressão pública de amor, pois vivemos em uma cultura onde ajudar os outros, ou até mesmo escolher a profissão de cuidados, é visto como fracasso. Algumas pessoas se tornam excelentes cuidadoras e deveriam abraçar esse talento.
Em um dos Dez Mandamentos, Jesus pede às pessoas: "Se me amais, guardai os meus mandamentos." No cristianismo, o tema e a própria base da fé é o Amor. Jesus, como homem judeu, não excluía os "ninguéns" em seu ministério, mas tinha uma solidariedade especial com os pobres e oprimidos. Esta passagem de Mateus que escolhi gerou muitos debates entre estudiosos até que Joachim Jeremias publicou este brilhante pequeno livro Jesus: A Promessa Para as Nações.
(Mt 10:5-6) Mateus também nos conta que ele hesitou em ajudar uma mulher cananeia, ou seja, trabalhar entre os gentios: "Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel", ele lhe diz (Mt 15:24) e (Mt 15:26 = Mc 7:2). No mundo de hoje, Jesus seria considerado reacionário, mas, mesmo assim, sua abordagem para com as pessoas e as situações era destemida.
Cântico dos Cânticos A embriaguez do Amor No título e no prólogo, que são de Salomão, há uma beleza de expressão e paixão. Esta série de poemas de amor, onde o amante e o amado estão ora unidos, ora separados, ora buscados, ora encontrados. O amante é chamado de "Rei" (1:4 e 12) e Salomão (3:7 e 9). Seu amado é chamado de "A Sulamita" (7:1), título que se acredita estar relacionado à Shunamita da época de Davi e Salomão.
Ler as Escrituras Hebraicas é uma experiência enriquecedora. Conecta-se ao contexto de Jesus, são essas as histórias que ele conhecia, essas são as canções que ele cantava, essas eram as profundezas da sabedoria, revelação e profecia que moldaram toda a sua visão da "Vida", do universo e de tudo. Eu recomendaria fortemente a qualquer um que deseje explorar mais a fundo a compreensão bíblica do Judaísmo e do Cristianismo a tentar o idioma hebraico bíblico; é uma grande experiência.
A empatia, assim como gostar e amar o próximo, pode fazer a diferença na situação de alguém. Ao simplesmente se colocar no lugar do outro, novas soluções e ideias podem surgir.
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Amar, Gostar e Muito Mais: Uma Perspectiva do Hebraico Bíblico e sua Cultura
Nos tempos modernos, muitas vezes é difícil expressar o amor genuíno por alguém sem causar desconforto ou constrangimento. A sociedade contemporânea, marcada pela busca incessante por individualidade e privacidade, tem gerado uma cultura de distanciamento e receio em relação à expressão pública do afeto. Isso reflete uma mudança nos valores sociais, onde atitudes como ajudar o próximo ou escolher a profissão de cuidados são, por vezes, consideradas sinais de fraqueza ou insucesso. No entanto, o amor e o cuidado são virtudes profundamente enraizadas nas tradições bíblicas e, particularmente, nas Escrituras Hebraicas.
O Amor em Jesus e nos Mandamentos
Quando olhamos para o cristianismo, vemos que a base dessa fé é o Amor. No Novo Testamento, em João 14:15, Jesus diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos." Essa expressão é crucial, pois revela a essência do mandamento divino, que vai além de simples obediência. No contexto hebraico, o verbo "amar" (אהב, ahav) tem uma conotação profunda e multifacetada. No Antigo Testamento, o amor é entendido não apenas como um sentimento, mas como uma escolha ativa, que envolve compromisso e ação. Esse conceito está presente em várias passagens, como em Deuteronômio 6:5, onde Deus ordena: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças." A palavra ahav denota uma afeição que leva à dedicação e obediência, um amor que se expressa em atos de fidelidade.
Quando Jesus fala sobre o amor e os mandamentos, ele está ecoando essa visão do Antigo Testamento, mas também amplia a perspectiva, chamando todos, inclusive os marginalizados e os gentios, a fazerem parte dessa relação com Deus. Isso não é apenas um mandamento religioso, mas uma redefinição do próprio sentido de comunidade e compaixão.
A Inclusão dos "Ninguém" e a Solidariedade de Jesus
No contexto de Jesus, ele não excluía os "ninguéns", aqueles que estavam à margem da sociedade. Em sua época, a classe social e a pureza religiosa eram critérios de exclusão. No entanto, Jesus, como um homem judeu, tinha uma solidariedade profunda com os pobres, os oprimidos e os estrangeiros. Ele quebra as barreiras sociais e culturais, demonstrando que o amor de Deus não se limita a um grupo específico. Em Mateus 15:24, Jesus diz à mulher cananeia: "Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel." No entanto, ele demonstra compaixão e a cura à mulher, contrariando a visão restritiva da época. Esse episódio nos mostra como Jesus, com seu amor radical, buscava redefinir o significado de "povo escolhido" e como ele ampliava a visão de salvação para incluir todos, sem exceção.
Na cultura judaica, o conceito de hesed (חסד) – que pode ser traduzido como "misericórdia", "bondade" ou "amor leal" – é fundamental. Esse amor é mais do que um mero sentimento, é um compromisso contínuo e incondicional de lealdade e cuidado pelo outro. Jesus exemplifica esse hesed ao atender os necessitados, independentemente de sua origem ou status social.
Cântico dos Cânticos: A Poética do Amor no Contexto Hebraico
O Cântico dos Cânticos, ou Cantares de Salomão, é uma obra literária que exalta o amor romântico e a paixão, mas também contém elementos espirituais profundos. Este livro é considerado uma alegoria do amor entre Deus e seu povo, e o amor de Cristo pela Igreja. No entanto, ao analisarmos os termos hebraicos presentes no Cântico, vemos que a palavra ahav (amar) se entrelaça com a linguagem poética de desejo e união. A palavra dodek (דוד) é usada para expressar a relação íntima e amorosa entre os amantes, uma metáfora para a intimidade de Deus com seu povo.
O livro apresenta uma série de poemas de amor, nos quais o amante e o amado estão ora unidos, ora separados, ora buscados, ora encontrados. A figura da "Sulamita" é central nessa obra, e o termo Shulammite (שולמית) pode ser entendido como uma representação de um ser amado idealizado, uma mulher cujo nome se assemelha ao termo Shalom (שָׁלוֹם), que significa paz. Essa relação de amor é, portanto, também uma relação de reconciliação e paz, um reflexo do desejo divino de restaurar a harmonia entre Deus e a humanidade.
A Profundidade das Escrituras Hebraicas e a Conexão com a Vida de Jesus
Ao estudar as Escrituras Hebraicas, temos uma conexão direta com o fundo cultural e religioso que formou a base do ministério de Jesus. Estas são as histórias e canções que ele conhecia, as tradições e ensinamentos que moldaram sua compreensão da vida e do propósito divino. O estudo do hebraico bíblico não só oferece uma compreensão mais profunda das Escrituras, mas também nos conecta com as raízes da fé cristã, proporcionando uma experiência espiritual rica e transformadora.
O hebraico bíblico, com sua riqueza etimológica e cultural, é uma chave para entender o contexto profundo dos textos sagrados. Por exemplo, a palavra Ruach (רוּחַ), que significa espírito ou vento, está relacionada à presença de Deus em ação no mundo, e o verbo yadah (ידע), que significa "conhecer" ou "experienciar", tem um significado mais profundo do que o simples conhecimento intelectual; ele implica uma relação íntima e experiencial com Deus.
Empatia: O Poder de Se Colocar no Lugar do Outro
Finalmente, a empatia, que é uma forma profunda de entender e se importar com o outro, é uma prática que pode transformar vidas. No contexto bíblico, rachamim (רַחֲמִים), que significa misericórdia ou compaixão, é a atitude que leva alguém a se colocar no lugar do outro, a sentir e agir de forma a aliviar o sofrimento. Esse conceito de empatia é um reflexo direto do amor incondicional de Deus, que, ao se fazer carne em Jesus, nos ensinou a amar nossos semelhantes, não por obrigação, mas por um compromisso de transformação e cuidado.
Em um mundo onde as relações interpessoais muitas vezes são superficiais, a empatia – aliada ao amor genuíno – pode trazer soluções novas e profundas para os desafios da vida. Ao nos colocarmos no lugar do outro, ao entendermos suas dores, alegrias e necessidades, somos capazes de agir de forma mais eficaz e amorosa, promovendo a cura e a restauração em nossas relações e na sociedade.
Conclusão
O estudo do hebraico bíblico e a compreensão da cultura que molda as Escrituras nos fornecem uma visão mais profunda sobre o amor, a compaixão e a empatia. Jesus nos ensina que o verdadeiro amor transcende barreiras culturais e sociais, e que devemos amar ao próximo de forma incondicional e prática. Ao aplicar esses princípios em nossas vidas, podemos transformar não apenas nossas próprias situações, mas também as do mundo ao nosso redor. O amor, como é expresso nas Escrituras, é uma força poderosa que tem o potencial de mudar tudo.
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