A Ética Divina: O Bem em Deus e Deus no Bem




Deus existe. E, sendo Ele o fundamento de toda realidade, surge a questão inevitável: o bem é bom porque Deus o faz, ou Deus faz porque é bom? Essa reflexão não é meramente filosófica, mas profundamente prática. Afinal, se o Criador é a fonte da moralidade, então a definição do que é bom e justo não depende de convenções humanas, mas da Sua própria natureza.

A ética divina nos leva a compreender que Deus não apenas pratica o bem, mas é o próprio Bem em essência. Ele não age conforme uma regra externa, pois não há padrão acima d’Ele; pelo contrário, é a Sua natureza santa que estabelece o que é justo. Isso significa que o que Deus faz não é bom por ser arbitrário, mas porque Ele é santo, perfeito e absolutamente coerente com Sua essência.

Por isso, quando nos perguntamos o que Deus faria ou não faria em determinada situação, não se trata de especulação teórica, mas de confiança no Seu caráter. Diferente da ética humana — que é limitada, mutável e influenciada por interesses e contextos —, a ética de Deus é absoluta, eterna e imutável.

A grande questão do problema do mal também se encaixa aqui: se Deus é bom e age com perfeição, por que o mal existe? A resposta está em entender que o mal não é algo criado por Ele, mas consequência da liberdade humana mal direcionada. Deus, entretanto, é soberano e transforma até mesmo o mal em ocasião para manifestar Sua justiça, Sua graça e Seu plano redentor.

Assim, refletir sobre a ética de Deus é reconhecer que o bem não é relativo, mas fundamentado na essência do próprio Criador, e que todo agir divino revela Seu caráter perfeito.


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