Nas mãos do Grande médico
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Aqui estou, no silêncio estéril deste canto, onde a esperança se mistura ao temor. Um punho ferido, com uma dor que arde, Um coração que repousa no Senhor. As luzes apagadas sobre mim, Vozes humanas podem se ouvir Antes que toquem meu corpo, Tu já me tocaste, ó Deus, aqui. Não temo a lâmina, nem o sono profundo, pois sei que cuidas dos Teus filhos. És o Cirurgião que remenda o mundo, és o Pai que cuida dos meus caminhos. Que meus ossos se ao Teu tempo, que meu corpo frágil volte a dançar. Mais que um punho, cura minh’alma, ensina-me, Deus, a sempre confiar. Se esta dor tem propósito oculto, que eu a aceite com fé e louvor. Pois até nos leitos de um hospital frio, sinto em mim o Teu calor. E quando a anestesia me levar ao sono, quero acordar no Teu amor imenso. Pois em Tuas mãos, ó Grande Médico, descanso, segura, em plena confiança.