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Se Deus É o Oleiro, Por Que Lutamos Tanto?

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Introdução Em Romanos 9, Paulo nos conduz a um tema profundo: a soberania de Deus na salvação . Quando nos deparamos com a aparente rejeição de Israel e a inclusão dos gentios, podemos ser tentados a questionar os caminhos de Deus. Mas Paulo nos lembra: somos o barro, e Deus é o Oleiro . Este estudo nos convida a refletir sobre o poder, a paciência e a misericórdia de Deus, e a como devemos responder a essa verdade em nossa vida cristã.   1. Quem és tu, ó homem? (Romanos 9:20) O ser humano tende a querer entender ou até julgar os planos de Deus. Paulo confronta essa postura: somos criaturas finitas . Como em Jó 38-42 , onde Deus responde às perguntas de Jó mostrando Sua majestade. Aplicação: precisamos cultivar humildade e confiança na soberania divina. Versículo complementar: Isaías 55:8-9 — “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos...” 2. O direito do Oleiro (Romanos 9:21) A metáfora do Oleiro e do barro era bem conhecida no mundo judeu: Jer...

O Corpo em Conflito Consigo Mesmo

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Imagine que a mão direita pega uma xícara de café e a leva em direção à boca. Ela está cumprindo seu papel no corpo, colaborando para alimentar, sustentar e satisfazer uma necessidade legítima. Mas, de repente, a mão esquerda intervém e, em vez de ajudar, impede o movimento e derruba a xícara. O que acontece? O café se espalha, há prejuízo, confusão, frustração — e quem sofre é o corpo todo. Aplicação ao Corpo de Cristo: Assim é quando, dentro do Corpo de Cristo, membros que deveriam trabalhar juntos acabam agindo em oposição. Quando há inveja, disputa, orgulho, competição ou falta de amor, o Corpo entra em colapso. O prejuízo não recai sobre um membro apenas — recai sobre todos. A missão é interrompida. A bênção, derramada. A comunhão, quebrada. Paulo escreve: “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” (1 Coríntios 12:26, ARA) No Corpo de Cristo, cada um tem uma função. A mão não pode dizer ao pé: “Não prec...

Avivamento: Quando o Céu Encontra um Coração Quebrantado

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  O verdadeiro avivamento não começa em palcos, mas nos bastidores do coração — onde lágrimas de arrependimento escorrem sem plateia e o pecado é confessado sem desculpas. Avivamento não é sobre como as pessoas reagem no culto, mas sobre o quanto seus corações se rendem a Cristo fora dele. Tudo começa com arrependimento. Antes do som dos milagres, vem o som do pranto. Antes da adoração que sobe, vem o coração que se dobra. Avivamento é quando o povo de Deus para de tentar parecer certo e começa a ser transformado de fato. É quando voltamos para o altar, não com performances, mas com verdade. Onde há avivamento, há milagres. Mas não milagres fabricados — milagres autênticos que confirmam a presença de Deus entre um povo que vive em santidade. É quando cegos veem, paralíticos andam, famílias são restauradas e pecadores encontram nova vida. Tudo porque Jesus está sendo exaltado no centro, e não o ego humano. Onde há avivamento, há adoração genuína. Não se canta para entreter, m...

Ajudadora Idônea ou Competidora?

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  Vivemos numa geração que incentiva o empoderamento feminino — e há muitos méritos nisso. Mulheres têm dons, inteligência, iniciativa e capacidade para construir muito. Contudo, algumas, ao despertarem para seu valor, acabam assumindo sem perceber um lugar de superioridade dentro do casamento. Quando a mulher se julga mais capaz que seu marido, ela corre o risco de desprezar, desvalorizar e até humilhar o homem ao seu lado — mesmo que com palavras sutis, olhares críticos ou atitudes “boas demais para ele”. Essa postura não apenas fere o marido, mas também fere o propósito de Deus para o casamento: parceria, honra mútua, submissão voluntária e edificação. Uma mulher sábia é aquela que usa sua força para levantar, não para competir. Seu valor não está em “vencer o marido” ou “ter sempre razão”, mas em edificar sua casa com sabedoria (Pv 14:1), reconhecendo que o sucesso do lar não depende de quem é mais capaz, mas de quem é mais submisso à vontade de Deus. Deus não te chamou para ...

Um lugar onde eu quero tanto o Senhor, que não sobra nada de mim

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Versículo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim." (Gálatas 2:20 ARA) Reflexão: Desejar o Senhor a ponto de desaparecer o "eu" é o ápice da rendição cristã. Não se trata de anulação da identidade, mas de um lugar de profunda comunhão, onde minhas vontades são rendidas, meus desejos são purificados, minha carne é silenciada e o Espírito reina. É o altar da renúncia, onde cada pedaço do “meu querer” é consumido pelo fogo da presença. Quando eu quero tanto o Senhor, não há mais espaço para vaidade, ambição, controle ou orgulho. Ali, Ele reina. Ali, Ele age. Ali, Ele vive em mim. Aplicação: O que ainda sobra de você quando diz que quer Jesus? O que ainda luta pelo trono no seu coração? Oração: Senhor, leva-me a esse lugar de entrega absoluta. Que eu Te deseje mais que tudo. Que não sobre nada de mim, apenas Teu amor, Tua voz e Tua vontade. Amém.

Atalhos que Deixam Maus Legados

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Texto base: Gênesis 16:1-4 (ARA) “Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos. Tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar, disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei por meio dela.” Reflexão Devocional Sara era uma mulher de fé, mas também era humana. Como todos nós, ela lutava contra o relógio da vida, contra a dúvida e contra o medo do fracasso. A promessa de Deus parecia tardar, e o ventre vazio se tornava uma lembrança diária do silêncio divino. Então, ela escolheu um atalho. Ela deu Ágar, sua serva, a Abraão, acreditando que assim ajudaria Deus a cumprir a promessa. Mas aquele atalho custaria caro. O nascimento de Ismael, fora do plano original, não foi apenas um erro momentâneo: foi o início de uma longa história de rivalidade, dor, rejeição e conflito entre descendentes — começando com Ismael e Isaque e ecoando através dos séculos na história dos povos. Sara quis ajudar Deus, mas t...

Maternidade Espiritual

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 A maternidade espiritual é um chamado nobre confiado às pastoras e líderes espirituais. Assim como uma mãe nutre seu filho com amor, paciência e firmeza, a pastora é chamada para alimentar espiritualmente o rebanho que Deus lhe confiou. Não se trata apenas de carinho, mas de zelo pela formação integral de seus filhos na fé — ensinando, exortando, corrigindo e direcionando com sabedoria e graça. Isaías 66:13 (ARA) nos lembra: “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu os consolarei; em Jerusalém vocês serão consolados.” — a imagem materna aqui é divina, revelando que o próprio Deus age com ternura, consolo e firmeza para formar seus filhos. 1 Tessalonicenses 2:6-8 (ARA) mostra Paulo atuando como uma mãe espiritual: “Pelo contrário, nos tornamos carinhosos entre vocês, como a mãe que acaricia os próprios filhos. Assim, por nosso afeto tão grande por vocês, estávamos prontos a lhes oferecer não somente o evangelho de Deus, mas até a nossa própria vida...” Gálatas 4:19 (ARA) ...