Parabola dos Talentos

O CRISTÃO E OS TALENTOS
TEXTO – MATEUS 25. 14-30
Jefferson Magno Costa
INTRODUÇÃO
A comparação do reino dos céus com o conteúdo da parábola dos talentos é evidente no Vs.14: “Porque isto é também como um homem que partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens”.
Jesus mostrou claramente a responsabilidade dos seus arautos em “negociar” tudo o que Ele os legou na sua partida para o Pai, até o regresso para levar-nos consigo.

Abordaremos aqui três aspectos de maior relevância nessa parábola: 
1) OS CRITÉRIOS NA DISTRIBUIÇÃO DOS TALENTOS, 
2) OS CRITÉRIOS NO USO DOS TALENTOS, 
3) OS CRITÉRIOS PARA RECOMPENSA DOS TALENTOS por parte do Senhor a todos os servos, sejam eles bons ou maus.

1.              HOUVE CRITÉRIOS NA DISTRIBUIÇÃO DOS TALENTOS
O Senhor não distribuiu os talentos aleatoriamente, mas usou de alguns critérios para que, quando voltasse, tivesse como avaliar de forma justa e coerente o comportamento de cada um no desenvolvimento deles. O crescimento e expansão do reino dos céus dependem da multiplicação dos talentos.
Vejamos os critérios utilizados pelo Senhor na distribuição dos talentos:

1.1.        O SENHOR CHAMOU A TODOS - “… chamou os seus servos…”. Vs.14b
Todos os servos foram convocados a comparecerem diante do senhor; e no que diz respeito ao Reino de Deus, este foi também o primeiro critério utilizado: Ele chamou a todos.
Entendemos que não exista um só cristão que possa se desculpar diante do Rei da glória, visto que a todos foi dada a oportunidade de apresentar algum serviço diante Dele.
Você é importante para Deus. No reino dos céus não existe, no que depende de Deus, servo inútil.

1.2.       O SENHOR CONFIOU SEUS BENS A TODOS-“… e entregou-lhes os seus bens”. Vs.14c
O segundo critério foi o da confiança. No reino dos céus não há nada de pouco valor, pois são os bens pertencentes ao Senhor.
Notamos aqui duas coisas significantes:
Primeira, a confiança que o Senhor depositou em nós, e isso é admirável. O Senhor confiou em nós e espera a devida correspondência
Segunda, nos entregou o melhor, ou seja, seus próprios bens. Ele não nos deu dificuldades e nem fardos pesados: “O Senhor dará bens aos que lhe pedirem” – Mt.7.11.

1.3.        O SENHOR CONSIDEROU A CAPACIDADE INDIVIDUAL DE TODOS – “… a cada um segundo a sua capacidade”. Vs.15b
Vejamos o que Deus leva em consideração no que diz respeito aos talentos distribuídos:
A) INDIVIDUALIDADE – O Senhor tratará com cada um de nós individualmente e não com a multidão como um todo.
B) RESPONSABILIDADE – Cada um deve desenvolver o dom adquirido e não apenas conservá-lo. Ninguém fará qualquer outra coisa por você. O dom é seu.
D) CAPACIDADE – Diante de Deus, ninguém pode dizer: “Senhor, não tenho competência”. O Senhor não te deu talentos acima da sua capacidade, portanto, trate de desenvolvê-lo.


2.             HÁ CRITÉRIOS NO USO DOS TALENTOS
Quando utilizamos os dons de Deus, estes se multiplicam, pois transformam nossas vidas de tal maneira que ficamos em condições de revelar muito mais da plenitude que Ele nos oferece.
O amor gera mais amor; a fé, mais fé; a obediência à Palavra de Deus produz uma fonte de virtude que vai influenciando nosso ambiente – II Pd 1.3-8
Portanto:

2.1.         É NECESSÁRIO TRABALHO E CONFIANÇA – O Vs.16 mostra que o servo contemplado com cinco talentos “foi imediatamente negociar”, dando mostras da sua imensa devoção.
Éramos escravos e o Senhor nos elevou à posição de mordomos, dando -nos talentos. Por isso, devemos nos empenhar em prol do Seu Reino.
Este versículo ainda nos mostra:
a) AÇÃO - “foi”.
O servo não esperou ser mandado, pois entendeu que o Senhor jamais lhe daria algo tão valioso apenas para ser guardado. O Senhor esperava atitude da parte dele.

B) URGÊNCIA – “imediatamente”.
Tinha consciência de que havia um tempo limitado entre a partida e o retorno do seu Senhor, que voltaria para ajustar contas.

C) RESPONSABILIDADE – “negociar”.
O servo não gastou o talento, ele o aplicou de forma a obter lucro para o seu Senhor. Não esnobou no uso dos talentos, porque não eram seus.

D) CAPACIDADE – “ganhou outros cinco”.
Negociar com os talentos não é vendê-los para angariar riquezas para si, como muitos cantores e pregadores têm feito. O bom servo, fiel, conseguiu lucro de cem por cento para o seu Senhor.

2.2.     É NECESSÁRIO DEIXAR A NEGLIGÊNCIA E A DESOBEDIÊNCIA
A parábola mostra que, enquanto dois labutaram confiadamente, um servo foi negligente e desobediente ao seu Senhor.
Agiu assim porque disse: “Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro”. Vss 24-25 Vlh
Ele não quis arriscar-se e fazer o dom circular. Preferiu a neutralidade, isentando-se da responsabilidade.
Muitos, agindo de forma idêntica, “enterraram os seus talentos”. São cristãos que têm medo de Deus, por não conhecerem o seu amor e não possuírem intimidade com Ele.


3.         HAVERÁ CRITÉRIOS PARA RECOMPENSA DOS TALENTOS
O reino dos céus tem se expandido na terra, graças à ação da Igreja. Os servos fiéis não têm poupado esforços no sentido de aplicar seus talentos para a maior glória do Rei dos reis.
Em contrapartida, os servos inúteis têm persistido na negligência e na ociosidade. Quando o Senhor voltar, chamará a todos para pre
starem contas – II Co.5.10
Vejamos então o que acontecerá:

3.1.     AO SERVO FIEL, RECONHECIMENTO E RECOMPENSA – VS. 21
Todo empregado gosta de ser reconhecido na tarefa que executa. De igual modo, quando estivermos ali, perante o Senhor, nós que desenvolvemos o nosso talento, ouviremos dele: “muito bem, servo bom e fiel”.
Isso compensará todo o sofrimento, cansaço e lágrimas vertidas, pois o Senhor será o nosso alento e enxugará dos nossos olhos toda lágrima – Ap.21.3-4
Na avaliação do Senhor o que mais pesou foi o fato do servo mostrar fidelidade sobre o pouco.
Muitos argumentam que não pregam porque não são grandes pregadores, ou não ensinam porque não são teólogos.
Mas quem é infiel no pouco, é infiel no muito; por isso Deus não pode confiar aos tais muitos bens. Os servos que multiplicaram seus talentos receberam bênçãos dobradas.
Se formos fiéis, Ele próprio nos receberá, e orgulhoso do nosso desempenho, nos fará entrar no regozijo reservado para os vencedores – Rm 8.37; Ap 21.7

3.2.     AO SERVO NEGLIGENTE, VEXAME, REBAIXAMENTO E DESPREZO – VVS 26-28
O servo mal é aquele que age com negligência, preferindo deixar para outro aquilo que ele mesmo poderia fazer.
Trata-se de uma preguiça espiritual, que é como um câncer destruidor, que impede o serve de produzir – Pv 13.4
O fato de ter recebido apenas um talento em nada prejudicou o servo negligente na hora do acerto final, pois o que multiplicou os dois talentos teve o mesmo tratamento daquele que multiplicou cinco – Vvs.21-23
A inutilidade do servo está na falta de “produtividade” no Reino de Deus, e por isso, ele foi lançado fora da presença do Senhor.
Notemos a sequência dos fatos: O acerto começou com o que possuía cinco talentos até chegar ao que só tinha um.
Isso indica que o servo mal presenciou seus conservos sendo recompensados, antes de ser ele mesmo lançado nas trevas exteriores.
Não pode existir desprezo pior! É como o rico que, atormentado, teve condições de ver Lázaro no seio de Abraão – Lc 16.23


CONCLUSÃO
O refrão do hino 16 da harpa cristã diz: “Posso tendo as mãos vazias, com Jesus, eu me encontrar? Quantas almas poderia ao Senhor apresentar?”
O nosso trabalho no Reino pode ser determinante para que alguém tenha um encontro com Cristo.
Você está desenvolvendo o seu talento? Se o enterrou ainda há tempo de desenterrá-lo, para que possa ser “negociado” em favor do reino dos céus.
Lembre-se: o Senhor virá em breve e o requererá das suas mãos.



Fonte: Sermoes Adilberto Alves

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