Roboão - Um rei que ouviu à maus conselhos


Reis de Israel:
Primeiro Rei: Saul
Segundo Rei: Davi
Terceiro Rei: Salomão
Quarto Rei: Roboão

QUEM FOI ROBOÃO?

Roboão é um nome que significa "ele aumenta o povo". Nasceu um ano antes do seu pai Salomão assumir o trono de Israel, quando ele era muito jovem ainda. 
Como não existe o registro de qualquer outro filho de Salomão, assume-se que ele era seu único filho.
Roboão foi um rei (930-913 A.C.) especialmente lembrado por manter a separação entre o reino hebreu e por ser o primeiro rei do reinado separado do sul de Judá. Foi então  o último rei da monarquia unida e, daí, o primeiro governante do reino meridional de duas tribos, de Judá e Benjamim, pois logo depois de ser coroado rei em Siquém, por todo o Israel, o reino unido de Davi e Salomão foi dividido. Dez tribos retiraram seu apoio de Roboão e fizeram de Jeroboão o seu rei, como  foi profetizado por intermédio do profeta Aijá. — 1Rs 11:29-31; 12:1; 2Cr 10:1.
Ele reinou por 17 anos, sendo filho e sucessor de Salomão (I Reis 11:43), um pai preocupado que se tornou negligente sobre coisas espirituais. A mãe de Roboão se chamava Naamá, uma princesa amonita pagã que não parecia ter nenhuma percepção espiritual (1 Reis 14:21). O exemplo que Salomão deixou tendo um harém e inúmeros filhos tiveram um grande impacto nele. 
Roboão tinha 18 esposas. incluindo Maalate, neta de Davi, e Maacá, neta do filho de Davi, Absalão. Maacá era sua esposa favorita e mãe de Abias (Abijão),  herdeiro legitimário do trono. Ele gastava bastante tempo provendo lugar para eles morarem na cidade de Judá (2 Crônicas 11:18-23). Durante sua vida, Roboão teve 18 esposas, 60 concubinas, 28 filhos e 60 filhas. — 2Cr 11:18-22.

Quando Salomão morreu (930 A.C.), seu filho Roboão subiu ao trono. (1 Rs 11:43) Ele estava com 41 anos. 
Se realmente foi o único filho de Salomão, isso o legitimava como sucessor ao trono do seu pai, se a dinastia de Davi continuasse no poder. Mas o SENHOR já havia prevenido a Salomão que, por causa da sua infidelidade ao SENHOR, a sua descendência, a partir do seu filho, perderia o trono de Israel, ficando apenas com uma tribo além de Judá que era a sua própria.
Embora de início fosse aparentemente aceito por todo o povo como o legítimo sucessor de Salomão no trono, ele não havia sido ungido rei por um profeta em nome do SENHOR como os reis anteriores.
No entanto todo o povo de Israel se reuniu em Siquém para o fazer rei, e ele tendo completado o sepultamento e os dias de luto pelo seu pai, seguiu para lá para receber a investidura.
Entrementes Jeroboão, a quem Salomão quisera matar e por isso fugira para o Egito, voltou do Egito quando soube da morte de Salomão e se reuniu ao povo em Siquém. O profeta Aías havia revelado em segredo a Jeroboão anos antes que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão.
Os inúmeros projetos de prédios e a extravagância de Salomão levaram o reino à falência resultando numa sobrecarga intolerável de impostos. 
Na assembléia, os líderes das tribos do norte, acompanhadas de Jeroboão, aproximaram-se do rei para fazer concessões. Jeroboão - um oficial da administração de Salomão que fugiu para o Egito quando Salomão suspeitou que ele o estivesse traindo - retornou a Israel para assumir uma posição de liderança. Jeroboão estava destinado a governar Israel por causa do pecado de Salomão (1 Reis 11). 
A população em geral queria um alívio desses impostos altíssimos, quando Roboão chegou, exigiu primeiro que Roboão prometesse aliviar a sua carga como condição para se submeter a ele.
O novo rei pediu um período de três dias para estudar a proposta e foi consultar os velhos e sábios conselheiros do seu falecido pai. Estes lhe disseram que, se agradasse ao povo fazendo a sua vontade, ganharia a sua lealdade para sempre.
Roboão desprezou seu conselho e foi consultar os jovens que haviam crescido com ele e o serviam. , que  o encorajaram a não ter moderação alguma e aumentar ainda mais a carga de impostos. Estes disseram ao rei que ele deveria fazer seu dedo mínimo tão grosso quanto os quadris de seu pai, aumentando o peso do jugo deles e castigando-os com azorragues, em vez de chicotes. — 1Rs 12:2-15; 2Cr 10:3-15; 13:6, 7.
Esta atitude arrogante e despótica adotada por Roboão, indispôs completamente a maior parte do povo. As únicas tribos que continuaram a apoiar a casa de Davi foram Judá e Benjamim, ao passo que os sacerdotes e os levitas de ambos os reinos, bem como pessoas individuais das dez tribos, também lhe deram apoio. — 1Rs 12:16, 17; 2Cr 10:16, 17; 11:13, 14, 16.


Subsequentemente, quando o Rei Roboão e Adorão (Hadorão), que tinha a seu cargo os recrutados para trabalhos forçados, entraram no território dos separatistas, Adorão foi morto a pedradas, mas o rei conseguiu escapar com vida. (1Rs 12:18; 2Cr 10:18) Roboão juntou então um exército de 180.000 homens de Judá e Benjamim, determinado a sujeitar à força as dez tribos. Mas Yehowah, mediante o profeta Semaías, proibiu-os de lutar contra seus irmãos, uma vez que o próprio Deus decretara a divisão do reino. Embora se evitasse assim a luta aberta no campo de batalha, as hostilidades entre as duas facções persistiram durante todos os dias de Roboão. — 1Rs 12:19-24; 15:6; 2Cr 10:19; 11:1-4.

Por certo tempo, Roboão seguiu razoavelmente bem as leis de Deus, e no início de seu reinado ele construiu e fortificou várias cidades, algumas das quais abasteceu com suprimentos alimentares. (2Cr 11:5-12, 17) No entanto, quando seu reinado ficou firmemente estabelecido, ele abandonou a adoração a Deus e liderou Judá na prática da detestável adoração do sexo, talvez devido à influência amonita por parte da família de sua mãe. (1Rs 14:22-24; 2Cr 12:1) Isto, por sua vez, provocou a ira divina que, em expressão dessa ira, suscitou o rei do Egito, Sisaque, que invadiu a terra junto com seus aliados e capturou várias cidades de Judá, no quinto ano do reinado de Roboão. Se não fosse porque Roboão e seus príncipes se humilharam, arrependidos, nem mesmo Jerusalém teria escapado. Do jeito como as coisas ocorreram, os tesouros do templo e da casa do rei, incluindo os escudos de ouro que Salomão tinha feito, foram levados por Sisaque como despojo. Depois Roboão substituiu tais escudos por outros, de cobre. — 1Rs 14:25-28; 2Cr 12:2-12.
Os primeiros anos do seu reino (2 Crônicas 11:13-22)
A idolatria e seu castigo

Convém notar aqui que, desde o tempo em que entraram na terra prometida, houve alguma rivalidade e ciumeira entre as tribos do norte, lideradas pela tribo de Efraim, e as do sul, lideradas por Judá.
Efraim havia sido o filho mais novo de José, a quem Jacó havia dado a maior bênção (Gênesis 48:19, 49:26) e seus descendentes eram herdeiros da promessa que lhe havia sido feita. Julgavam por isso que tinham direito de liderança sobre o povo. Josué era dessa tribo, e Samuel vinha da sua terra. A tribo de Efraim é mencionada isoladamente como aceitando Isbosete, benjamita, como rei ao invés de Davi que era da tribo rival de Judá.
As tribos do norte aceitaram Davi sete anos depois bem como seu sucessor Salomão, mas ressentiam a primazia de Judá, em cujo território foi estabelecida a capital, com o centro de governo e o centro religioso do reino, bem como o elevado tributo exigido por Salomão para suas custosas edificações ali.
Compreende-se portanto a sua rebelião quando Roboão lhes disse que ia aumentar o seu jugo, e a declaração do povo: "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé!" Israel voltou para suas tendas sem aclamar Roboão como rei, mas os que habitavam nas cidades de Judá permitiram que ele reinasse sobre eles, pois era da sua tribo.
Roboão tentou persuadi-los a mudar de ideia usando Adorão, superintendente dos que trabalhavam forçados, como intermediário, mas ele foi recebido a pedradas e morreu. Roboão teve que fugir às pressas para Jerusalém para salvar a pele.
Israel em seguida mandou chamar Jeroboão para o meio da congregação, e o investiu como rei, assim como Aías lhe havia anunciado.
Roboão finalmente decidiu armar os homens das tribos que estavam com ele e iniciar uma campanha militar contra as tribos rebeldes. Mas Deus instruiu a Semaías, um homem de Deus, para que dissesse a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao resto do povo, que não desse prosseguimento a essa campanha mas que cada um voltasse para sua casa, porque fora Deus que fizera a separação. Eles obedeceram à palavra do SENHOR, e voltaram para suas casas.
Depois desse início desastroso, Roboão agiu prudentemente, fortificando as cidades fronteiriças, preparando um dos seus filhos para substituí-lo e dispersando outros pelas cidades fortificadas.
Por causa da idolatria imediatamente introduzida por Jeroboão em seu novo reino para evitar que o povo fosse adorar em Jerusalém, os sacerdotes e os levitas em todo o Israel deixaram os arredores das suas cidades e as suas possessões e recorreram a Roboão, vindo para Judá e para Jerusalém.
Além deles, todos aqueles de Israel que sinceramente resolveram buscar o SENHOR, Deus de Israel, foram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao SENHOR, Deus de seus pais. Eles assim fortaleceram o reino de Judá apoiando o rei Roboão.
Esta fase, em que andaram no caminho de Davi e Salomão, durou apenas três anos.
Não tardou muito para Roboão revelar o seu verdadeiro caráter de infidelidade a Deus.
Após ter confirmado o reino e se fortalecido, ele deixou a lei do SENHOR, e, com ele, todo o Israel, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR e provocando o seu zelo, mais do que os seus pais.
Os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes, a prostituição-cultual e todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
O seu castigo veio no quinto ano do seu reinado: o rei Sisaque, do Egito, sogro de Jeroboão que agora reinava sobre Israel, invadiu o território de Judá com um poderoso exército, tomou as cidades fortificadas e subiu contra Jerusalém.
O SENHOR, através do profeta Semaías, preveniu Roboão e os seus príncipes que esta invasão veio em reciprocidade por que eles O haviam deixado. Eles reconheceram que o castigo era justo, e por isto Deus consentiu que continuassem vivendo, mas subjugados ao rei Sisaque.
Eles se renderam a Sisaque, que então tomou Jerusalém e se apossou de todos os tesouros que Salomão havia acumulado na Casa do SENHOR e no palácio real, e fez de Roboão o seu vassalo. Os arqueólogos encontraram umas esculturas que celebram esse evento em Karnac, no Alto Egito, mostrando o rei Sisaque segurando em suas mãos uma coluna de prisioneiros, com os nomes das cidades capturadas em Judá, as que Roboão havia fortificado.
Roboão não teve paz durante seu reinado, pois depois disso esteve sempre em guerra com Jeroboão. Antes de sua morte, aos 58 anos, e da ascensão de Abias ao trono, Roboão distribuiu muitos presentes entre seus outros filhos, presumivelmente para impedir alguma revolta contra Abias, depois de sua morte. (1Rs 14:31; 2Cr 11:23; 12:16) Como um todo, a vida de Roboão é mais bem resumida pelo seguinte comentário: “Ele fez o que era mau, pois não fixara firmemente seu coração em buscar a Deus.” — 2Cr 12:14.


Outros sermões e estudos:
http://www.opregadorfiel.com.br/2015/03/roboao-mau-conselho-e-mas-escolhas.html
http://blogdobispoedson.blogspot.com.br/2012/08/estudo-sobre-roboao.html
http://esboco-sermao.blogspot.com.br/2012/04/roboao.html
http://www.isaltino.com.br/2011/01/roboao-1reis-11-43-a-12-1-%E2%80%93-%E2%80%9Cestragando-tudo%E2%80%9D/






link para apresentação power point sobre Roboão:

https://pt.scribd.com/presentation/355547124/Salomao-Roboao-e-Aias






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