Entendendo Israel do Período Biblico
Quer seja na África do Sul ou no
Canadá, na Austrália ou no Brasil, no Reino Unido ou nos Estados Unidos, uma
coisa que os Cristãos querem ter é um resumo das passagens chave sobre Israel e
o povo Judeu. Deus tem muito a dizer sobre Seu povo da Aliança e Sua Terra,
Israel.
A Terra de Israel é o único lugar na
terra que Deus diz possuir em termos de propriedade que pode ser transferida (É
claro, nós sabemos que o mundo inteiro é d’Ele, mas este pedaço de terra tem um
relacionamento único com Ele).Sobre Israel Ele diz: “Também a terra não se
venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois estrangeiros e
peregrinos comigo” (Levítico 25.23).
O que exatamente a Bíblia diz sobre o
pedaço de terra de Deus, e quem tem direito a ele?
Quando chegamos à questão
Israel-Palestina dos dias modernos, as pessoas freqüentemente perguntam “Que
direito exatamente têm Israel e o povo Judeu sobre essa terra?” Argumentos são
continuamente apresentados relativos ao direito dos Palestinos e ao direito dos
Israelenses que parecem lógicos às pessoas os apresentam. Mas uma questão
básica ainda continua na mente quando ouço os muitos pontos de vista
conflitantes a respeito a esse pedaço de terra: “Quem tem a definitiva autoridade
para determinar os direitos quanto a esse pedaço especial de propriedade?”
A resposta bíblica a essa pergunta é
que somente Deus determina os “direitos” que qualquer de nós tem. Algo é certo
ou errado por causa de decreto Divino, não de sentimento humano ou de razão
humana. A existência de Deus antes da criação do universo e da humanidade Lhe
dá o direito de determinar nossos “direitos”.
A moralidade existe porque Deus
existe. A autoridade existe porque Deus existe. E, Onipotente Deus já
determinou os direitos de Israel e do povo Judeu sobre a terra que pertence a
Deus e que foi cedida a eles.
Vamos olhar juntos o que Ele tem a
dizer sobre a Terra de Israel, o povo que Ele escolheu para possuí-la e por
que:
Chave 1: A Terra de Canaã, renomeada para Israel pelo Senhor, foi dada por Deus a
Abraão e seus descendentes como possessão eterna.
Em Gêneses 12:7a, nós lemos: “E
apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra”.
Em Gêneses 13:15 Ele repetiu Sua
promessa quando disse: “Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à
tua descendência, para sempre”. Ele disse a mesma coisa em Gêneses 15:18: “...à
tua descendência tenho dado esta terra...”.
Chave 2: O dádiva de Deus dessa Terra para Abraão e seus descendentes foi baseada
em uma aliança incondicional do próprio Deus.
Gêneses 17:7-8 declara: “E
estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti
em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua
descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a
terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e
ser-lhes-ei o seu Deus”.
O sinal dessa aliança para Abraão e
seus descendentes era a circuncisão. Duas vezes nesta passagem, Deus menciona a
natureza eterna dessa aliança. Há alguns hoje que dizem que essa aliança era
condicional, que era baseada na fidelidade de Israel a Deus. A Bíblia ensina
diferentemente.
Em Salmos 89:30-37 nós lemos: “Se os
seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem
os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei a sua
transgressão com a vara, e a sua iniqüidade com açoites. Mas não retirarei
totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não
quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez
jurei pela minha santidade que não mentirei a Davi. A sua semente durará para
sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim. Será estabelecido para sempre
como a lua e como uma testemunha fiel no céu”.
Jeremias 31:35-36 declara: “Assim diz
o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas
para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos
Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o
Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim
para sempre”.
Concordamos que Deus prometeu julgar
Seu povo se eles O desobedecessem. Isso é verdade para todos nós. Entretanto,
não concordamos com aqueles que dizem que a desobediência de Israel os privaria
de sua dádiva da terra e de seu status nacional como um povo. Deuteronômio 28
mostra que o pronunciamento por Deus de bênção ou maldição somente afetou a
qualidade de vida dos Israelitas, que era condicionada à sua fidelidade. No
entanto, a promessa da terra não estava baseada no desempenho de Israel, mas no
juramento e no caráter de Deus – Ele não mente.
Deuteronômio 30 mostra que antes de
entrarem na Terra Prometida, Ele sabia que eles violariam Seus estatutos e
seriam expulsos no futuro. Ainda assim, também declara que Ele os traria de
volta para a terra que Ele havia dado aos seus antepassados (veja a chave 8).
Chave 3: A Terra foi dada a Abraão e seus descendentes como parte da bênção
redentora de Deus para o mundo.
Em Gêneses 12:1-3 nós lemos: “ORA, o
Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu
pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e
abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei
os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão
benditas todas as famílias da terra”.
Israel foi estabelecido no centro do
mundo antigo, e todos os transportes e comunicações entre os continentes tinham
que passar por seu território para alcançar os outros. Ao fazê-lo, os
viajantes, mercadores e comerciantes, e até os exércitos, encontravam os Filhos
de Israel.
Eles foram escolhidos para três
propósitos: adorar a Deus em sua terra e mostrar ao mundo a bênção de servir o
único Deus verdadeiro; receber, registrar e transmitir a Palavra de Deus
(através deles nós temos a Bíblia); e finalmente, ser o canal humano para o
Messias de quem recebemos a nossa Salvação. Para que Deus proteja Seus
propósitos para os Filhos de Israel na Terra de Israel, Ele prometeu abençoar
aqueles que abençoassem Abraão e seus descendentes e amaldiçoar quem os
amaldiçoasse.
Chave 4: Essa terra não foi dada aos descendentes de Ismael (um ancestral dos
povos Árabes), mas aos descendentes de Isaque.
Não tenho ressentimentos contra os
filhos de Ismael, nem quero ser cruel com nossos amigos árabes. Entretanto,
tenho que ser fiel ao que a Bíblia ensina. O próprio Abraão considerava Ismael
como um possível descendente a quem Deus daria essa terra. Em Gêneses 17:18,
Abraão disse a Deus: “Quem dera que viva Ismael diante de teu rosto!” Mas a
resposta de Deus foi, e é, muito clara. Em Gêneses 17:19, Deus responde a
Abraão: “Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome
Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a
sua descendência depois dele”.
Deus prometeu abençoar Ismael e
torná-lo uma grande nação: “E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui
o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar
grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação”
(Gêneses 17:20). No entanto, a linhagem promessa da aliança em relação à Terra
passaria através de Isaque, não Ismael: “...Em Isaque será chamada a tua
descendência” (Hebreus 11.18).
Chave 5: Essa Terra não foi dada a outros filhos de Abraão, mas somente a Isaque.
Depois que Sara morreu, Abraão teve
seis outros filhos com Quetura, bem como outros com suas concubinas, que são os
ancestrais de muitos dos povos Árabes hoje. Entretanto, a aliança da Terra não
era para eles: “Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque; mas aos filhos das
concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes e, vivendo ele ainda,
despediu-os do seu filho Isaque, enviando-os ao oriente, para a terra oriental”
(Gêneses 25.5-6). Note que Abraão até mesmo mandou esses filhos embora da Terra
de Canaã.
Chave 6: Essa Terra e a aliança foram dadas somente ao filho de Isaque, Jacó, e
seus descendentes, não a Esaú e seus descendentes.
Jacó recebeu o direito de
primogeniture de seu pai, Isaque. Em Gêneses 28:4, Isaque disse a Jacó: “E te
dê a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança
possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão”.
Mas não foram simplesmente as
palavras de seu pai Isaque que guiaram o future de Jacó. Foi uma revelação
direta do próprio Deus que convenceu Jacó de seu destino. O Senhor Deus revelou
a Jacó Sua mensagem sobre essa terra. Em Gêneses 28:13-15, nós lemos:
“E eis que o Senhor estava em cima
dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta
terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; e a tua
descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao
oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas
todas as famílias da terra; e eis que estou contigo, e te guardarei por onde
quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que
haja cumprido o que te tenho falado”.
De acordo com Gêneses 36:6-9, Esaú
tomou seus descendentes e todas as suas posses e foi para outra terra longe de
seu irmão Jacó. Esaú viveu na terra montanhosa de Seir. A Bíblia nos diz que
Esaú é Edom. Isso nos diz especificamente que os descendentes de Esaú eram os
Edomitas, e Israel não era sua terra. O livro de Obadias é uma proclamação de
fataliidade sobre os filhos de Esaú (Edom) por sua constante perseguição dos
descendentes de Jacó (Israel): “Por causa da violência feita a teu irmão Jacó,
cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre” (Obadias 1:10).
Chave 7: Deus mandou Israel conquistar a Terra que Ele havia dado a eles.
Em Deuteronômio 1:8, nós lemos: “Eis
que tenho posto esta terra diante de vós; entrai e possuí a terra que o Senhor
jurou a vossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e à sua
descendência depois deles”. No lado leste do Rio Jordão, quando os Israelitas
estavam prestes a entrar na Terra Prometida, o Senhor disse a Josué: “Moisés,
meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este
povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta
do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e do
Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o
grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Esforça-te, e tem bom
ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes
daria” (Josué 1:2-4,6).
Josué então falou ao seu povo com
estas palavras: “Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós; e que
certamente lançará de diante de vós aos cananeus, e aos heteus, e aos heveus, e
aos perizeus, e aos girgaseus, e aos amorreus, e aos jebuseus” (Josué 3:10).
Ele então lhes disse como o Senhor dividiria as águas do Rio Jordão para que
pudessem passar para o outro lado. Foi isso que aconteceu e então o povo soube
que Deus estava com eles, e eles conquistaram a terra, região por região,
começando por Jericó.
A realidade do conflito pela terra de
Israel não é nada novo e de forma alguma indica que Deus não esteja com o povo
Judeu no que diz respeito à questão da terra hoje. Tenho ouvido Cristãos
dizerem que Israel hoje não poderia ser parte do plano de Deus, porque há tanta
guerra e conflitos que isso não poderia ser de Deus. No entanto, desde quando
isso foi diferente? Por todo o Antigo Testamento, nações se levantaram para
lutar contra o povo Judeu, os descendentes de Abraão, na Terra de Israel. Do
momento em que Josué trouxe os Filhos de Israel para a Terra Prometida, foi uma
luta para possuir a Terra. O Rei Davi estava obviamente em constante guerra com
seus vizinhos, os Filisteus. Por que seria surpreendente que conflitos ainda
acontecessem hoje? Os inimigos de Deus sempre lutaram contra Seus planos.
O profeta Zacarias torna bastante
claro que nos últimos dias o próprio Deus fará de Jerusalém uma pedra de
tropeço para as nações e as julgará por entenderem e apoiarem ou não os planos
de Deus para Jerusalém e Israel. Se elas o fizerem, serão abençoadas; se não,
serão destruídas: “PESO da palavra do Senhor sobre Israel: Fala o Senhor, o que
estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e
também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. E acontecerá naquele dia,
que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém” (Zacarias
12:1-2,9).
Chave 8: O pecado de Israel e o subseqüente exílio da Terra não mudaram seu
direito divino à essa Terra dada a eles pelo Senhor em aliança.
Muitas pessoas têm dito que a
promessa de Deus de dar a Israel essa terra era baseada na fidelidade de Israel
às leis de Deus, e que quando eles desobedeceram e foram enviados ao cativeiro,
isso anulou a promessa de Deus. A Bíblia ensina diferente. Em Levítico
26.40-45, lemos que Deus puniria Israel por sua desobediência e os enviaria ao
cativeiro. Mas, de acordo com os versos 44-45, Deus os trará de volta:
“E, demais disto também, estando eles
na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei nem me enfadarei deles, para
consumi-los e invalidar a minha aliança com eles, porque eu sou o Senhor seu
Deus. Antes por amor deles me lembrarei da aliança com os seus antepassados,
que tirei da terra do Egito perante os olhos dos gentios, para lhes ser por
Deus. Eu sou o Senhor” Em Deuteronômio 30:3-5, Deus promete: “Então o Senhor
teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a
ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o Senhor teu Deus.
Ainda que os teus desterrados estejam na extremidade do céu, desde ali te
ajuntará o Senhor teu Deus, e te tomará dali; E o Senhor teu Deus te trará à
terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem, e te multiplicará
mais do que a teus pais”.
Amós 9:14-15 troveja estas palavras
marcantes: “E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as
cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu
vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E plantá-los-ei na sua terra, e
não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”.
Alguns oponentes ao direito de Israel
à terra dizem que esses versos foram cumpridos quando os Judeus retornaram do
cativeiro Babilônico. Entretanto, sabemos que há outros exílios e reuniões
também. Ainda assim, Amós fala de um retorno à sua antiga terra, Israel, de uma
vez por todas, quando diz “...e não serão mais arrancados da sua terra que lhes
dei, diz o Senhor teu Deus” (Amós 9:15). Isso nunca aconteceu na história e
muitos crêem que esse retorno a Israel é o retorno final que culminará na vinda
do Messias.
Chave 9: O nome dessa terra não é Palestina, mas Israel.
Dois mil e quinhentos anos atrás, o
profeta Ezequiel falou da restauração de Israel a sua terra nos últimos dias.
Ezequiel falou de ossos secos voltando à vida. Nunca antes na história uma
nação foi destruída e espalhada por todo o mundo e então trazida de volta à
vida. É um milagre e um cumprimento da profecia Bíblica. Lemos em Ezequiel
37:11-12:
“Então me disse: Filho do homem,
estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se
secaram, e pereceu a nossa esperança; nós mesmos estamos cortados. Portanto
profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu abrirei os vossos
sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à
terra de ISRAEL”.
Note que o nome daquela terra é
ISRAEL, a terra que é tão freqüentemente chamada de “terra de Canaã” na Bíblia.
Deus diz que nos últimos dias ela será chamada de ISRAEL.
O nome Palestina era um nome regional
que foi imposto à área pelo Imperador Romano, Adriano, que suprimiu a Segunda
Revolta Judaica em 135 AD. Ele estava tão irado com os Judeus que queria
humilhá-los e enfatizar que a nação Judaica tinha perdido seu direito a uma
terra natal sob a dominação Romana. O nome Palestina era originalmente um
adjetivo derivado de Filistia, os arquiinimigos de Israel 1000 anos antes.
Adriano também mudou o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina segundo o nome
de sua família, Aelia. Ele também proibiu os Judeus de entrarem na cidade,
exceto no nono mês hebraico, Av, para lamentar sua destruição. Como ele era
considerado um deus no Império Romano, esta foi sua tentativa de quebrar a
aliança de Deus entre o povo Judeu e sua terra. Isso efetivamente declarou sua
autoridade pagã sobre Jerusalém, que havia sido o lugar da presença do Deus de
Israel. Até hoje, o nome Palestina voa na face de Israel e toda a questão pode
ser fervida a uma batalha religiosa (espiritual) por uma terra cujo destino
será decidido pelo Deus da Bíblia, já que esta é Sua terra (Levítico 25:23).
Yeshua (Jesus), ao descrever os
sinais do fim dos tempos, disse: “... Jerusalém será pisada pelos gentios, até
que os tempos dos gentios se completem” (Lucas 21:24b). Do tempo de Adriano até
1967, Jerusalém foi controlada por Gentios. Ela está agora de volta às mãos do
povo Judeu, o que é um sinal de que o Messias está prestes a vir para Sião.
Chave 10: O estrangeiro (aqueles fora da aliança) viverá entre vós e será tratado
com respeito.
“E edificarão (o povo da aliança de
Deus) os lugares antigamente assolados, e restaurarão os anteriormente
destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração.
E haverá estrangeiros, que apascentarão os vossos rebanhos; e estranhos serão
os vossos lavradores e os vossos vinhateiros” (Isaías 61:4-5). “Mas, se deveras
melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o
juízo entre um homem e o seu próximo; se não oprimirdes o estrangeiro, e o
órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes
após outros deuses para vosso próprio mal, eu vos farei habitar neste lugar, na
terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre” (Jeremias
7:5-7).
O “estrangeiro” nesses versos
incluiriam os Árabes Palestinos e outros povos não Judeus que vivem na terra.
Eles receberiam uma benção por viver e trabalhar na Terra de Israel, não na
Terra da Palestina. Por outro lado, Israel deveria tratá-los com respeito. Por
outro lado ainda, eles têm a responsabilidade de viver em paz, habitando sob as
leis da terra, reconhecendo a soberania daqueles a quem ela pertence.
Isso é o que Moisés pensou: “Um mesmo
estatuto haja para vós, ó congregação (de Israel), e para o estrangeiro que
entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim
será o peregrino perante o Senhor. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para
vós e para o estrangeiro que peregrina convosco” (Números 15:15,16).
Quando esse relacionamento é
quebrado, como tem acontecido hoje, então a crise se segue. As Escrituras têm
muito mais a dizer sobre a Terra na profecia, inclusive o fato de que Israel
passará por muitos outros testes antes que o Messias venha para totalmente
restaurar Israel como o cabeça de todas as nações.
Chave 11: O retorno do povo Judeu no final dos dias será iniciado por Deus, e seu
retorno sinalizará a restauração de uma terra estéril e destruída.
O profeta Isaías falou do plano de
Deus de trazer Seu povo de volta a Israel, dizendo: “E levantará um estandarte
entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá
congregará desde os quatro confins da terra” (Isaías 11:12).
Quando os Judeus começaram a voltar
das nações do mundo ao final do século passado, a terra estava estéril e
esparsamente habitada. Nos anos 1860, o autor Mark Twain viajou no que era
então uma atrasada região do Império Turco-Otomano, chamada de Palestina, e
descreveu a terra, desta forma: “Em lugar algum da devastação ao redor havia um
metro de sombra”. Ele chamou a terra de “uma terra assoladora, nua, sem
árvores”. Sobre a Galiléia ele disse: “Não há orvalho, nem flores, nem pássaros,
nem árvores. Há uma planície e um lago sem sombras, e além deles algumas
montanhas estéreis”. Seu resumo da Palestina: “De todas as terras que existem
com cenário espantoso, Eu acho que a Palestina deve ser a princesa. Os motes
são estéreis, de uma cor maçante, pouco pitorescos na forma. É uma terra
inútil, deprimente, desolada”.
A descrição se encaixa na profecia de
Ezequiel das “montanhas estéreis de Israel” em Ezequiel 36:1-7. Entretanto,
Ezequiel segue dizendo: “Mas vós, ó montes de Israel, produzireis os vossos
ramos, e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel; porque estão prestes a
vir. Porque eis que eu estou convosco, e eu me voltarei para vós, e sereis
lavrados e semeados. E multiplicarei homens sobre vós, a toda a casa de Israel,
a toda ela; e as cidades serão habitadas, e os lugares devastados serão
edificados. E multiplicarei homens e animais sobre vós, e eles se
multiplicarão, e frutificarão. E farei com que sejais habitados como dantes e
vos tratarei melhor que nos vossos princípios; e sabereis que eu sou o Senhor.
E farei andar sobre vós homens, o meu povo de Israel; eles te possuirão, e
serás a sua herança, e nunca mais os desfilharás” (Ezequiel 36:8-12).
Verdadeiramente, o retorno dos Judeus
de mais de 100 nações do mundo é um milagre dos dias modernos. Grandes ondas de
imigrantes começaram a chegar nos anos 1880. Desde aqueles primeiros dias, os
desertos têm sido reflorestados, aos campos rochosos tornados férteis, os
pântanos drenados e plantados, os antigos terraços reconstruídos e as
arruinadas antigas cidades restabelecidas. Israel é agora uma nação com mais de
seis milhões de pessoas que exporta alimentos, que alardeia altos índices de
erudição, saúde, educação e bem estar, alta tecnologia e desenvolvimento
agrícola.
Chave 12: As Nações farão parte do retorno do povo e da restauração da terra.
O profeta Isaías de Israel disse:
“LEVANTA-TE, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor vai
nascendo sobre ti... Certamente as ilhas me aguardarão, e primeiro os navios de
Társis, para trazer teus filhos de longe, e com eles a sua prata e o seu ouro,
para o nome do Senhor teu Deus, e para o Santo de Israel, porquanto ele te
glorificou. E os filhos dos estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus
reis te servirão; porque no meu furor te feri, mas na minha benignidade tive
misericórdia de ti. E as tuas portas estarão abertas de contínuo, nem de dia
nem de noite se fecharão; para que tragam a ti as riquezas dos gentios, e,
conduzidos com elas, os seus reis. Porque a nação e o reino que não te servirem
perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas” (Isaías 60:1,9-12).
Em Romanos 11:11-14, Paulo ensina a
nós Cristãos que somos enxertados na oliveira, que são as alianças, promessas e
esperanças de Israel. Nós não sustentamos a árvore, mas ela nos sustenta, então
não deveríamos nos jactar contra o Seu povo, Israel. No verso 28, ele nos diz
que eles são amados por causa dos patriarcas. Sem a fidelidade do povo Judeu em
Israel, nós não teríamos nosso exemplo, nossa Bíblia, nosso Yeshua ou nossa
Salvação. Portanto, ele conclui que eles receberão “misericórdia pela
misericórdia [de Deus] a vós demonstrada” (Romanos 11:31).
Paulo ensina a nós Cristãos que temos
um débito a pagar para com o povo Judeu, abençoando-os de maneiras tangíveis.
Romanos 15:27 diz claramente:
“Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem
também ministrar-lhes os temporais”. Quão mais direto Deus pode ser com relação
à nossa relação Cristã com Israel e com o povo Judeu?
O Que Isso
Significa Para Nós?
O dia da restauração total de Israel
está próximo. O Messias tornará isso possível e viveremos todos em paz. Até que
ele venha, nós, que cremos que a Bíblia seja a Palavra de Deus e que todas as
promessas de Deus se cumprirão, devemos apoiar o direito de Israel à sua terra.
É um direito divino. Somos pacientes com aqueles que não crêem na Bíblia nem
aceitam o direito de Israel à terra. Ainda assim, com amor por todos, devemos
apoiar fortemente o direito de Israel. Não podemos fazer diferente e ter a
consciência limpa. Não podemos dizer de um lado que cremos que há um Deus que
revelou Sua perfeita vontade em Suas Santas Escrituras e, por outro lado, negar
a Israel seu direto à terra que Deus lhe prometeu.
Nosso compromisso com Israel foi
escrito pelo Salmista há muito tempo no Salmo 102:13: “Tu te levantarás e terás
piedade de Sião; pois o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já
chegou”. Este é esse tempo.
Novamente o Salmista nos exorta:
“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro
de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus
irmãos e amigos, direi: Paz esteja em ti. Por causa da casa do Senhor nosso
Deus, buscarei o teu bem” (Salmo 122:6-9).
Fonte: Por Clarence H. Wagner Jr. – www.bridgesforpeace.com
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