Ao Tempo e às Promessas Eternas
Ó tempo, mestre dos dias,
Que molda os passos e esconde memórias,
Quantos amigos, laços de outrora,
Perdidos nas sombras,
Vagando entre saudades e histórias?
As mãos que um dia apertamos,
Os risos que ecoaram como hinos,
Agora silenciados pelo vento
Que sussurra segredos ao infinito.
Mas ainda há promessas,
Plantadas no coração pelo eterno Amigo.
Sonhos — oh, sonhos! —
Que ergueram castelos nas manhãs da juventude,
Quantos caíram nas ruínas do cansaço,
Quantos foram rendidos ao esquecimento?
Mas Tu, Senhor, não te esqueces,
Tu guardas o futuro como jardim florido,
E regas a esperança
Com a chuva de Tua bondade.
A verdade, espelho que não mente,
Reflete o peso das mentiras que tememos.
Quantas vezes, Senhor,
O caminho fácil nos seduziu?
Mas Tua Palavra, lâmpada fiel,
Nos conduz pelas sendas da justiça,
E em Tua luz a alma se despoja
De todo engano que a vida teceu.
E o amor?
Ó amor que sofre, crê e espera,
Como um farol na tempestade,
Como chama que nunca se apaga,
Ainda resta em nós?
Ensina-nos, Deus de promessas,
A amar com o fervor do primeiro olhar,
A perdoar com a ternura
Do abraço que restaura.
Ó tempo, sopro breve,
Teus dias passam, mas a glória de Deus não fenece.
Hoje e sempre, Ele é o mesmo —
Fiel nas dores, firme nas quedas,
Redentor de toda memória,
Eterno Senhor de tudo o que permanece.
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