MEDITA NA PALAVRA - POR UM CRISTIANISMO DECENTE E INVESTIGATIVO

  Nos dias atuais, enfrentamos uma crescente preocupação com o meio ambiente e o impacto que nossas ações têm sobre a criação. As mudanças climáticas, o aquecimento global e desastres naturais, como enchentes, incêndios e tempestades, desafiam nossa forma de viver e geram questionamentos sobre o futuro. Esses sinais também nos lembram de algo maior: a esperança cristã da volta de Jesus e a promessa de um novo céu e uma nova terra. Neste contexto, há uma chamada para cuidarmos da criação de Deus com responsabilidade e aguardarmos a redenção que Ele trará. A Criação e Nosso Chamado ao Cuidado Desde o início, a Bíblia nos ensina que o mundo e tudo o que nele existe são obras do Criador. Em Gênesis 1 e 2, Deus cria cada detalhe da Terra, dos céus e das águas, e confia o cuidado dessa criação ao ser humano. Ao criar o homem e a mulher, Deus os chama a governar e cuidar de tudo o que Ele havia feito. Este chamado, muitas vezes ignorado, nos lembra de que somos guardiões da criação e que, com

Derramar-se em adoração é uma expressão profunda de amor e intimidade com o Pai. Assim como a criança que deseja estar perto, pegar as sandálias de Jesus e esconder para que Ele não vá, o coração se lança ao desejo de proximidade e afeto, buscando o toque, o abraço e a segurança em Seus braços. Essa é a postura da filha que, em sua simplicidade, se joga sem reservas na presença de Deus, ansiando por Sua companhia, por Suas palavras e por Sua paz. Imagine-se deitando no colo de Jesus, ouvindo o ritmo constante e suave do Seu coração, um som que acalma e traz a certeza de que Ele está perto, ouvindo e cuidando. Quando corremos para Ele, como uma criança corre para os braços de seu pai, encontramos um refúgio seguro e um amor que dissipa todo o medo, toda a ansiedade. É nesses momentos de entrega e dependência que nos tornamos verdadeiramente Seus. No ato de adorá-Lo assim, em total dependência e afeto, somos renovados. A adoração é um retorno ao coração do Pai, onde reconhecemos que noss

 A oração é um caminho de transformação profunda, onde experimentamos o amor incondicional de Deus, conhecemos seu perdão e sua graça, e nos unimos em intercessão pelo próximo. Orar é muito mais do que pedir algo; é uma comunhão com o Criador, que nos leva a entender a nossa posição como filhos amados. Em cada oração, abrimos nosso coração para sermos moldados pelo seu imenso amor e por sua presença constante. O amor de Deus é a base de toda nossa vida espiritual. Ele foi demonstrado de maneira incomparável na cruz, onde Jesus se entregou por nós, revelando uma compaixão infinita. Esse amor é incondicional e nos alcança independentemente de nossas falhas. Ele nos transforma e nos dá a identidade de filhos de Deus, proporcionando uma paz e segurança que nos sustentam em todas as circunstâncias. Quando oramos, lembramos desse amor, que nos consola e nos fortalece. Nossa resposta é viver esse amor, não apenas recebendo, mas também compartilhando-o com os outros. A intercessão, por exemplo

  A jornada de uma vida rendida a Deus é uma experiência profundamente transformadora, que começa no momento em que reconhecemos a magnitude do Seu amor e o quanto dependemos de Sua graça. Deus, em Sua infinita bondade, não exige que sejamos perfeitos para nos aproximarmos d'Ele. Ele conhece nossas limitações, nossas fraquezas e ainda assim nos acolhe com braços abertos, chamando-nos para uma relação de profunda intimidade e adoração. A cada dia, somos convidados a experimentar mais de Sua presença, não por nossas obras, mas pela misericórdia e pelo amor que Ele derrama sobre nós sem medida. Nosso ponto de partida é a adoração, um reconhecimento sincero de quem Deus é: santo, eterno e absolutamente fiel. Quando nos aproximamos d'Ele, percebemos que não há palavras capazes de expressar nossa gratidão por tudo que Ele tem feito. Ainda assim, o Senhor nos ouve e recebe nossa adoração, não por sua grandiosidade, mas pela sinceridade de nossos corações. Ele conhece cada anseio profu

O papel da igreja vai além de apenas reunir pessoas para adoração e ensino; ela é chamada para ser um instrumento de reconciliação entre a criação e o Criador. Essa reconciliação reflete o ministério de Cristo, que veio ao mundo para restaurar a relação entre Deus e a humanidade. Em 2 Coríntios 5:18-19, Paulo nos lembra dessa missão: "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação." A igreja, como corpo de Cristo, é chamada para levar essa mensagem de reconciliação ao mundo, mostrando o amor de Deus e promovendo a paz entre os homens e entre a criação e o Criador. Isso inclui: Proclamar a mensagem do evangelho – Compartilhar a boa nova de que, através de Jesus Cristo, todos podem se reconciliar com Deus. Viver como exemplos de reconciliação – Demonst

Na língua portuguesa, a oração é geralmente entendida como o ato de pedir ou solicitar. No entanto, o conceito judaico de oração é melhor compreendido através da palavra hebraica “tfilah” (תפילה). A raiz do verbo “lehitpalel” (להתפלל), que dá origem ao substantivo tfilah, significa autojulgamento ou introspecção. Em especial nas tradições hassídicas judaicas, tfilah é vista como uma introspecção que leva ao vínculo profundo entre a criatura e o Criador, da mesma forma que um filho se conecta com seu pai. Mistério da Oração Divina Não é de surpreender que quando o Cristo judaico foi questionado por seus discípulos sobre como deveriam orar, ele os ensinou a fazer suas petições, iniciando com o reconhecimento de Deus como “Pai nosso”. Antes disso, Jesus os advertiu a não usar repetições vãs, que caracterizavam práticas pagãs de oração. Em Isaías, encontramos um texto intrigante: “Eu os trarei ao meu santo monte e os alegrarei na casa da minha oração” (וְשִׂמַּחְתִּים בְּבֵית תְּפִלָּתִי).

A palavra hebraica " Avodah " é de uma riqueza significativa, unindo os conceitos de trabalho, adoração e serviço de forma intrínseca, refletindo o design original de Deus para a humanidade, conforme expresso em Gênesis 2:15: "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o cultivar e guardar". Neste contexto, a palavra "cultivar" deriva de "avodah", mostrando que o trabalho, desde o início, era visto como uma forma de adoração. Por Que Avodah Importa: Ao longo das Escrituras, a palavra "avodah" emerge com significados que, embora variados, estão sempre interligados, revelando uma profunda conexão entre o trabalho, a adoração e o serviço. Em Êxodo 34:21, Moisés, ao renovar a aliança com o povo de Israel, instrui: "Seis dias trabalharás (avodah)", ressaltando a importância do trabalho cotidiano como uma parte essencial da vida. Esse versículo não apenas reconhece a necessidade do labor humano, mas também eleva o